21.7.20

novas de Portugal por Portugueses: Tau Tau by Calhau!


Multidisciplinary Portuguese artists Calhau! return in 2020 with a new album and their first release on Discrepant.

It’s quite possible you’ve never heard about them. They’re not that famous in Portugal or anywhere. Calhau! is formed by couple Alves von Calhau and Marta von Calhau, not their real names, but they’re their real names in the artistic reality Calhau! have been working in the last 15 years. But now that you’ve read their name, you must dig in. They’re one of a kind.

They’re not musicians, painters, illustrators, sculptures, visual artists or performers. They’re all the above but without manifesting their work specifically in any of them. While listening to “Tau Tau” – or any of their other releases – that translates quite well: their sound is quite visual, the voices translate into movement and the arbitrary use of sounds reveal a strong sensibility to the architecture of aesthetic.

“Tau Tau” manifests the voice element in Calhau!’s music as their main element. It’s been present in previous releases, but it’s the centerpiece here. All the words/phrases you hear are wordplays, with Portuguese words and their sounds, but also associations and co-relations. It’s done with purpose and meaning, it’s tailored work that carries meaning and – like in “BÓFIACULT” – a social critique.

The sounds and how Marta plays with her voice expose some other areas of work in Calhau!’s domain, like their continued interest in Portuguese folk traditions, not just with music/sound but also with objects. Objects that, ultimately, you can listen in “Tau Tau”. If you’re a fan of both our “Antologia De Música Atípica Portuguesa” compilations (they’ve of contributed with one track for our first volume “O Trabalho”), you’ll find “Tau Tau” as a good complement of how 21st century musicians understand and recreate Portuguese folklore.
 

credits

released March 6, 2020

Composed & Performed by Von Calhau
Bag Pipes by Vasco Alves
Mastered & Cut by Rashad Becker










14.7.20

Livros sobre música que vale a pena ler - Cromo #80: David Stubbs - "Mars By 1980 - The Story Of Electronic Music"


autor: David Stubbs
título: Mars By 1980 - The Story Of Electronic Music
editora: Faber & Faber
nº de páginas: 430
isbn: 978-0571-35129-9
data: 2019, paperback
(1ª Edição de 2018)





David Stubbs
Mars By 1980 – The Story Of Electronic Music
Faber & Faber
ISBN 978-0571-35129-9
430 páginas
UK £12.99

First published in 2018
By Faber and Faber Limited
Bloomsbury House
74-77 Great Russell Street
London WC1B 3DA
This paperback edition published in 2019
Typeset by Ian Bahrami
Printed in the UK by CPI Group (UK), Croydon CRO 4YY

All rights reserved
© David Stubbs

David Stubbs é um escritor e jornalista de música britânico. A par de Simon Reynolds, foi um dos co-fundadores da revista de Oxford, a Monitor, antes de ingressar na equipa da Melody Maker. Mais tarde, trabalhou para a NME, Uncut e Vox, bem como para a The Wire. Tem trabalhos publicados no The Times, no Sunday Times, no Spin, no Guardian, no Quietus e na GQ. Escreveu vários livros, entre eles “Future Days: Krautrock and the Building of Modern Germany” e “Fear of Music: Why People Get Rothko but Don’t Get Stockhausen”, um estudo comparativo sobre o música e a arte de vanguarda do século XX. Vive em Londres.

NINETEENTH- AND TWENTIETH-CENTURY MUSICAL TECHNOLOGY: A TIMELINE

1876 O fonógrafo, inventado por Thomas Edison, permitindo a gravação e reprodução mecânica do som, originalmente gravado em folhas de papel de alumínio enroladas  num cilindro rotativo.
1895 A pianola, ou piano tocador, inventada por Edwin S. Votey. Capaz de tocar música pré-programada em papel perfurado. Sai de produção após o crash bolsista de Wall Street de 1929, mas é reavivado no final da década de 1930 e posteriormente pelo compositor americano Conlon Nancarrow.
1906 O Telharmonium, desenvolvido por Thaddeus Cahill. O triodo, o primeiro amplificador eletrônico utilizável, é inventado por Lee de Forest. Tal representa o nascimento da era eletrónica.
1910 O pintor futurista Luigi Russolo desenvolve os intonarumori, máquinas geradoras de som destinadas a adicionar novos sons ao léxico dos sons disponíveis para fazer música no século XX, como exposto em seu manifesto Art of Noises, de 1913.
1916 O pintor cubo-futurista Vladimir Baranoff-Rossiné constrói seu piano optofónico, um instrumento 'sinestésico', no qual sons e padrões rotativos são accionados a partir de um teclado, criando uma combinação de música e cor, como sonharam compositores como Alexander Scriabin, por exemplo.
1917 É construído o primeiro theremin, nome posto em homenagem ao seu inventor, o soviético Leon Theremin. Contendo duas antenas de metal, gera sons sem que a mão do músico toque no instrumento.
1928 Maurice Martenot inventa as ondas Martenot, um instrumento semelhante ao theremin. Usado por Edgar Varèse em Ecuatorial.
1930 Mais uma invenção soviética: o variofone, inventado por Evgeny Sholpo, um sintetizador óptico que usa ondas sonoras transcritas em discos de papelão, fazendo o movimento sincronizado com filme/fita de 35mm.
1935 O Magnetophon, o primeiro gravador de fita magnética, desenvolvido por Fritz Pfleumer, é demonstrado no Berlin Radio Show.
1940 O "Sintetizador de voz", desenvolvido por Karl Wagner e precursor do vocoder / codificador de voz.
1941 O Ondioline, inventado por Georges Jenny e popularizado pelo seu colega francês, Jean-Jacques Perrey, no início dos anos 50. Um teclado elétrico, o som do Ondioline pode ser modificado deslocando-o manualmente de um lado para o outro, criando uma gama de efeitos de vibrato mais diversificados do que as ondas Martenot.



1944 Halim El-Dabh produz The Expression of Zaar, a primeira peça conhecida de música electroacústica em fita magnética.
1946 A 'Orchestra Machine' foi desenvolvida por Raymond Scott, que não queria trabalhar mais com músicos humanos, se possível. Mais tarde, ele prossegue esse objectivo com o Clavivox.
1947 O Clavioline, um teclado elétrico com um oscilador de tubo de vácuo, é inventado pelo engenheiro francês Constant Martin. Aparece no hit de 1961 de Del Shannon, "Runaway", e durante a década de 1960 é amplamente utilizado pelo jazzman Sun Ra.
1952 O sintetizador RCA, também conhecido como 'Victor', desenvolvido por Herbert Belar e Harry Olson, foi concebido e finalmente instalado na Universidade de Columbia em 1957. Apesar da popularidade inicial das complexas sequências notacionais de que é capaz, além das de qualquer instrumento acústico, o instrumento caiu em ruína e foi usado pela última vez em 1977.
1955 ‘Selective Synchronus Recording”, desenvolvido pela Ampex, introduz a possibilidade de overdubbing de áudio, que o guitarrista Les Paul desenvolve para criar gravações de oito pistas.
1957 É apresentado o sintetizador ANS, desenvolvido por Evgeny Murzin entre 1937 e 1957. O computador é baptizado em homenagem ao compositor Alexander Scriabin. Eduard Artemyev usa-o extensivamente nas suas partituras para os filmes de Andrei Tarkovsky, incluindo Solaris.
1959 A bateria eletrônica DA-20, desenvolvida por Keiko (mais tarde conhecida como Korg). Possui um sistema de disco rotativo com uma escolha de sons.
O mellotron, desenvolvido pela empresa Mellotronics, fundada por Frank, Norman e Les Bradley, o líder de banda Eric Robinson e o mágico David Nixon. Baseia-se num instrumento anterior que foi desenvolvido e baptizado em homenagem ao californiano Harry Chamberlin. O mellotron é popularizado pelos Beatles, principalmente em 'Strawberry Fields Forever'.



1964 O Ace Tone R1 Ás do Ritmo, desenvolvido por Ikutaro Kakehashi.
O sintetizador Moog, inventado por Robert Moog, é lançado. Demonstrado pela primeira vez no Monterey Pop Festival em 1967, ele transcende seu status de novidade inicial para se tornar parte integrante do mobiliário eletrónico.
1970 O ARP-600, desenvolvido por Alan R. Pearlman e Dennis Colin, uma versão simplificada do ARP-500. Pete Townshend foi um dos primeiros a adoptá-lo, mas é Stevie Wonder quem faz uso extensivo e popular do instrumento, com a assistência de Bob Margouleff e Malcolm Cecil.
1973 O Yamaha GX-1, um acessório de prog-rock usado por Emerson, Lake e Palmer, entre outros, e mais tarde por Aphex Twin na faixa ‘GX1 Solo”, depois que ter adquirido o instrumento que estava na posse do, entretanto, falecido Mickie Most.
1979 O Casio VL-1, lançado em junho de 1979, um sintetizador digital disponível por apenas US $ 69,95.
O Fairlight CMI, um teclado de setenta e três notas, formado por uma unidade central com dois drives de leitura de disquetes de oito polegadas, um teclado alfanumérico, um monitor monocromático e uma caneta de luz para fins de edição gráfica. O primeiro instrumento a incluir samplagem / amostragem digital.
1980 A bateria eletrónica analógica Roland TR-808, popularizada pela Yellow Magic Orchestra no seu álbum BGM de 1980, mas descontinuada em 1983. Gozou de uma prolongada vida “post-mortem”, tanto nas bibliotecas de som (library music) como também como um instrumento valioso em segunda mão, e é particularmente popular no hip hop.
O Yamaha GS-1, o primeiro sintetizador digital. Mais caro que o Casio VL-1, ele torna-se um recurso popular e omnipresente na música pop dos anos 80, desde os Talking Heads aos Duran Duran.
1981 A Roland TB-303 Bass Line, mais tarde um elemento-chave no som acid house. No entanto, a sua primeira utilização é feita pelos Heaven 17, em 'Let Me Go', e não aparece em nenhum sucesso até que os Orange Juice o aplicam em 'Rip It Up', de 1983.
O Toshiba LMD-649, o primeiro sampler digital, amplamente utilizado no disco Technodelic, da Yellow Magic Orchestra.
1982 O Roland Jupiter-6, um dos primeiros sintetizadores MIDI, posteriormente popularizado por Blue, Inner City, Human League e Orbital, entre outros.
1984 O primeiro computador Macintosh da Apple, posteriormente utilizado por músicos, sob a forma de laptop, como instrumento musical.
Sound Designer, desenvolvido pelos estudantes de Berkeley, Evan Brooks e Peter Gotcher. Mais tarde rebaptizado para Pro Tools.
1985 O computador Atari ST, projetado por Shiraz Shivji, cuja imagem pode ser encontrada no álbum de Fatboy Slim, You have a Long Way, Baby, no qual o Atari é utilizado de forma extensiva.
1995 O Doepfer A-100, um sistema sintetizador modular analógico introduzido pelos fabricantes alemães Doepfer. Este sistema "montado em rack" permite que diferentes empresas integrem os seus módulos nos sistemas umas das outras sob o padrão "Eurorack".
1999 Criação do Ableton Live, uma estação de áudio digital que também pode ser usada durante a performance. Começa a ser utilizada em 2001.


 A MARS BY 1980 PLAYLIST
23 Skidoo, ‘Just Like Everybody’
A Guy Called Gerald, ‘ Voodoo Ray’
Luke Abbott, ‘Modern Driveway’
The Advidory Service, ‘Civil Defence Is Common Sense’
Laurie Anderson, ‘O Superman’
Aphex Twin, ‘Didgeridoo’
The Art of Noise, ‘Close (to the Edit)’
Edward Artemiev, ‘Dedication to Andrei Tarkovsky’
Robert Ashley, Your Money My Life Goodbye
Autechre, ‘Second Scepe’
Arseny Avraamov (arr. Miguel Molina), Symphony of Sirens




Afrika Bambaataa and the Soulsonic Force, ‘Looking for the Perfect Beat’
Basic Channel, Arrange and Process (various artists)
William Basinski, The Disintegration Loops
Luciano Berio, Ommagio a Joyce
Boards of Canada, Geogaddi
David Bowie, ‘Beauty and the Beast’
Gavin Bryars / Alter Ego / Philip Jeck, The Sinking of the Titanic
The Bug, ‘Superbird’
Burial, Untrue
Cabaret Voltaire, The Voice of America, ‘Slugging fer Jesus’
John Cage, ‘Williams Mix’
Can, ‘Moonshake’
Carter Tutti Void, ‘f=(2.7)’
Suzanne Ciani, Concert at Phill Niblock’s Loft
Dave Clarke, Live at Lowlands Festival
Cluster, ‘Rosa’ (from Zuckerzei)
Coil, ‘Sex with Sun Ra’
Holger Czukay, Movies
D.A.F., Gold und Liebe
Daft Punk, Homework, ‘Digital Love’
Miles Davis, ‘Yesternow’ (from Jack Johnson), ‘He Loved Him Madly’ (from Live/Evil)
De La Soul, ‘Eye Know’
Deadmau3, ‘The Veldt’
Deathprod, Morals and Dogma
Depeche Mode, ‘A Pain that I’m Used To’ (Jacques Lu Cont remix)
Delia Derbyshire and Barry Bermange, ‘There Is a God’
J Dilla, Donuts
Terrence Dixon, From the Far Future
Todd Dockstader, EightElectronic Pieces
Einstürzende Neubaute, ‘Engel der Vernihtung’
Halim El-Dabh, The Expression of Zaar
Brian Eno, Music For Airports, On Land
Faust, Faust, Faust So Far
Fennesz, ‘Rivers of Sand’
Luc Ferrari, Music Promendade
Foul Play, ‘Open Your Mind’
John Foxx, London Overgrown
Front 242, ‘Headhunter’




The Future Sound of London, ‘Papua New Guinea’
Gas, Königsforst
Godley and Crème, ‘Under Your Thumb’
Goldie, ‘Jah the Seventh Seal’ (from Inner City Life)
Manuel Göttsching, E2-E4
Laurel Halo, ‘Jelly’
Herbie Hancock, Sextant
Harmonia, “Sehr Kosmisch’
Heaven 17, ‘(We Don’t Need This) Fascist Groove Thang’
Tim Hecker, Ravedeath, 1972
Matthew Herbert, One Pig
Holly Herndon, Movement
Human League, ‘The Dignity Of Labour’, ‘Love Action’
Humanoid, ‘Stakker Humanoid’
Janet Jackson, Rhythm Nation 1814
Japan, ‘Life in Tokyo’
Philip Jeck, ‘Fanfares’
Joy Division, Closer
Leyland Kirby, ‘Stralauer Peninsula’
KLF, Chill Out
Kode 9 + the Spaceape, ‘Ghost Town’
Kraftwerk, Autobahn, Trans-Europe Express, The Man-Machine, Computer World
LA Style, ‘James Brown Is Dead’
Ladytron, ‘Playgirl’
Thomas Leer, Four Movements EP
Letherette, Space Cuts
Liaisons Dangereuses, ‘Los Ninos del Parque’
György Ligeti, ‘Artikulation’
Madlib, ‘Shadows of Tomorrow’
Mantronix, ‘Megamix (in Full Effect 1988)’
Matmos, The Civil War
John Maus, We Must Become the Pitiless Censors of Ourselves
Derrick Mat, ‘It Is What It Is’
Joe Meek, ‘I Hear a New Worl’
Merzbow, Merzbient
Metamono, ‘Warszawa’
M.I.A., ‘Born Free’
Jeff Mills, ‘Cubango’
Janelle Monáe, The ArchAndroid
Luigi Nono, Ommaggio a Emilio Vedova
Gary Numan, ‘Cars’
Pauline Oliveros, ‘Bye Bye Butterfly’
Daphne Oram, Four Aspects
The Orb, ‘A Huge, Ever Growing Pulsating Brain that Rules from the Centre of the Ultraworld’
Edith Pade, ‘Faust’
Man Parrish, ‘Hip-Hop Be Bop (Don’t Stop’
Annette Peacock, ‘I’m the One’
Pere Ubu, ‘Non-Alignment Pact’
Lee ‘Scratch’ Perry, ‘Soul Fire’
Pet Shop Boys, ‘Rent’
Henri Pousseur and Michael Butor, Paysages Planetaires
Prince, ‘If I Was Your Girlfriend’
Jamie Principle, ‘Baby Wants to Ride’
Pyrolator, ‘Happiness’
Éliane Radigue, Trilogie de la mort
Steve Reich, ‘Come Out’
Robert Rental and the Normal, Live at West Runton Pavilion
Porter Ricks, ‘Port Gentil’
Roxy Music, ‘Virginia Plain’
Rufige Kru, ‘Ghosts of My Life’
George Russell, Electronic Sonata for Souls Loved by Nature
Pierre Schaeffer and Pierre Henry, Orphée
Conrad Schnitzler, ‘Fata Morgana’
Paul Schütze, ‘Tears’
Raymond Scott, ‘Lightworks’
Scritti Politti, Cupid & Psyche 85
Scuba, ‘Adrenalin’
DJ Shadow, Entroducing
Skinny Puppy, ‘Harsh Stone White’
Soft Cell, ‘Memorabilia’
Mark Stewart, ‘Forbidden Colour’
Karlheinz Stockhausen, Gesang der Jünglinge, Kontakte, Hymnen
Morton Subotnick, ‘Silver Apples of the Moon’
Suicide, ‘Frankie Teardrop’ 8from Suicide), ‘Touch Me’
Donna Summer, ‘I Feel Love’
Sun Ra, Media Dreams, ‘I’ll Wait for You’
Supercollider, ‘Gravity Rearrangin’
Tangerine Dream, Zeit
Telex, ‘Moscow Discow’
This Heat, ’24 Track Loop’
Throbbing Gristle, ‘Tesco Disco’, ‘Discipline’
Underground Resistance, ‘Afrogermanic’
Edgar Varèse, Déserts, Poème électronique
Video-Aventures, ‘Tina’ (from Musiques pour garcons et filles)
Ricardo Villalobos, ‘Bank Brotherhood’
White Noise, An Electric Storm
Stevie Wonder, Music of My Mind, Innervisions
Iannis Xenakis, Orient/Occident
Xhin, ‘Vent’
Yello, You Gotta Say Yes to Another Excess
Yellow Magic Orchestra, Technodelic
Young Gods, ‘Jimmy’
Zapp, ‘Computer Love’
Zomby, Where Were U in ’92?







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