29.2.12

Zeuhl - Parte 3 - O Legado (sub-parte 4/5)


Resonance II

Uma banda obscura com pitada de Zappa numa fusão instrumental com temperos Zeuhl, tudo isto misturado com folk e arranjos estranhos. O seu álbum faz jus ao título “Todas as Direcções”...
TOUTES DIRECTIONS (LP: Cabana CA 94272) 9-15/4/84 1985
Jean Wittman (bateria, percussão), Yannick Dungler (baixo), Alain Fabre (guitarra, sintetizador), Richard Chapoy (saxofones, sintetizador).


Shub Niggurath

Entre as bandas mais inovadoras e originais a emergir do Zeuhl, os Shub Niggurath, que tiraram o seu nome dos textos do escritor de novelas de terror H. P, Lovecraft, para além de utilizarem a excuridão da sua literatura como inspiração para as suas letras e inventividade musical bizarra.
A questão é, quantas bandas conhece você com um escocês no saxofone soprano e no trombone? Na música dos Shub Niggurath, o bizarro casa-se inesperadamente com uma música que podemos comparar à dos Magma, era UDU WUDU, a que a banda juntava outros sons como uma mistura esquisita de Stravinsky e King Crimson, era Fracture, para além de várias outras espécies de elementos. A sua cassete de início (que era para ser apenas uma demo) impressionou tanto toda a gente, que a editora especializada Musea pretendeu de imediato lançar um álbum. LES MORTS SON VITE foi uma lufada de ar fresco na altura, quando a boa música começava a rarear, assinalando o nascimento de uma nova onda de Zeuhl que provocou ondas de choque em todo o mundo.
Infelizmente, assim que a sua fama se começou a espalhar, a banda começou a separar-se, primeiro o baterista saiu, depois o guitarrista, seguindo-se Ann Stewart. Um novo baterista com a intensidade feérica de Franck Coulaud submergiu-os, e assim uma mudança no seu estilo musical tornou-se inevitável. Decidiram tornar-se mais avantgarde, o que surpreendeu tudo e todos, especialmente devido ao facto de a sua nova vocalista, Sylvette Claudet ter um estilo mais compatível com o jazz. Ainda eram Zeuhl no seu âmago, mas sem muitas das estruturas usuais do rock e jazz, os Shub Nigguarth tardios são um grupo desafiante, e uma ilha no meio do oceano musical da altura.
SHUB NIGGURATH (MC: SN 6153) 198?
LES MORTS VONT VITE (LP: Musea FGBG 2002) 3/86 1986 (CD: Gazul GA 8613.AR) «2 faixas de bónus» 1997
LIVE (MC: Auricle AMC 035) 13/1/89 1989
C’ÉTAIENT DE TRÈS GRANDS VENTS (CD: Musea FGBG 4042.AR) 11/90-1/91 1991
Alain Ballaud (baixo), Franck Coulaud (bateria), Franck W. Fromy (guitarra, bateria, electrónica), Jean-Luc Hervé (pianos, órgão, harmonium), Ann stewart (vozes), Véronique Verdier (trombone, percussão), Sylvette Claudet (voz), Michel Kervinio (bateria), Jean-Pierre Lourdeau (voz), Edward Perraud (bateria).


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Sleaze Art

Originalmente um simples encontro de cinco baixistas, concretamente Alain Ballaud (Shub Niggurath) e Kaspar T. Toeplitz (Clystere), tocavam a música Zeuhl da forma mais livre do planeta. As raízes podem ser encontradas nos trabalhos experimentais de baixo de Jannick Top e Bernard Paganotti, apesar de nos Sleaze Art o elemento musical ser muito minimal.
SLEAZE ART (MC) 1987
A DEMI-MORT / HALF ALIVE (MC: Underground SUB 15) 1988 1989
ILLUMINATION ROUNDS (CD: Vice V1) 19??
Alain Ballaud (baixo), Christos Carras (baixo), Pierre Quesnay (baixo), Pierre-Gédéon Monteil (baixo), Kaspar T. Toeplitz (baixo).


St.-Erhart

Muito mais uma banda típica do Progressivo Francês do que a maioria das bandas aqui, eles apresentam tiques notáveis de Magma e um estilo suave e espacial.
PAPRIKA (LP: Omega Studio OM 67020) 11/80 1981
Philippe Geiss (saxofones tenor/alto/soprano, maracas), Emmanuel Sejourné (pandeireta, marimba, piano, campainhas), Claude Boussard (baixo), Gilles Fontan (bateria, campainhas, triângulo, vibrapalmas), mais convidados.


Bernard Szajner

Um sintesista, hoje em dia mais conhecido como designer da harpa-laser (utilizada nos concertos de Jarra), gravou originalmente um álbum como “Zed” em que fundia música complexa, sintetizada por um sequenciador, com características Zeuhl e aparecendo como um género muito original. Foi um sucesso, e assim, depois, ele começou a editar álbuns sob o seu próprio nome. Alterando o assunto a tratar da ficção científica para um conceito anti-encarceramento de apoio à Amnistia Internacional, o que lhe trouxe resultados um pouco medianos, com o lado A, apesar disso, ainda impressionante. O anterior cantor dos Magma, Klaus Blasquiz, adicionou vocalizações processadas esquisitas e gargarejos em ambos estes álbuns.
Não completamente Zeuhl, o álbum seguinte de Szajner, SUPERFICIAL MUSIC, foi uma extraordinária mistura e desconstrução de VISIONS OF DUNE, envolvendo loops, fitas magnéticas a correr a uma velocidade errada, etc. Depois disso, mais uma mudança de carreira para tentar ser uma espécie de Gary Numan francês!
Zed – VISIONS OF DUNE (LP: Initial Recording Co. IRC 003) 1979 (CD: Spalax 14547) 1999
SOME DEATHS TAKE FOREVER (LP: Pathé 2C 070-14863) 1980 (Initial Recording Co. IRC 005) 1980 (CD: Spalax 14545) 1999
SUPERFICIAL MUSIC (LP: Initial Recording Co. IRC 008) 1981
Bernard Szajner (sintetizadores, vocoder, sequenciador), Colin Swinburne (guitarra), Clement Bailly (bateria), Hanny Rowe (baixo), Klaus Blasquiz (voz), Annanka Raghel (voz) + Pierre Chavez (guitarras), Marc Geoffroy (pianos, sintetizador), Bernard Paganotti (baixo), Michael Quatermain (voz), Alain Aguis (saxofone), Michael Rabinowitz (baixo).


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Transit Express


Uma banda obscura de jazz-rock e progressivo que muitas vezes flirtou com o Zeuhl, através de arranjos estilizados segundo aquele género musical. A sua mistura complexa de estilos progressivos foi sempre tipicamente francesa, mas eles estiveram no seu melhor e duma forma mais Zeuhl e jazzy (tipo ZAO e Potemkine) quando o violinista David Rose se lhes juntou no seu terceiro álbum.
De relativo interesse: De regresso, os membros dos Transit Express também tocaram na banda de David Rose (muito na veia de Didier Lockwood) e havia outra banda interconectada, chamada Blue Rose (que não ouvi) que pode ser digna de nota.
PRIGLACIT (LP: RCA Balance FPL1 0089) 7/75 1975
OPUS PROGRESSIF (LP: RCA Balance FPL1 0130) 1976
COULEURS NATURELLES (LP: RCA Balance PL 37020) 1977
Dominique Bouvier (bateria, percussão), Jean-Claude Guselli (baixo), Christian Leroux (guitarras), Serge Perathoner (teclados, sintetizador), David Rose (violino).


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Ulan Bator

Formados como o grupo de “extreme noise” Miss Marvel, cerca de 1993, os Ulan Bator desenvolveram uma música híbrida com contornos grunge e post-wave/new-wave.
Depois fundiram todos os estilismos Zeuhl, criando uma mistura feérica cheia de mudanças surpreendentes dentro do género musical em apreço neste artigo. Depois de um envolvimento com uma versão dos anos 90 dos Heldon, as edições mais recentes dos Ulan Bator foram surpreendentemente numa outra direcção, completamente diferente!
ULAN BATOR (CD: DSA CDSA54038) 1995
EP (CDEP: DSA CDSA54043) 1996
Amaury Cambuzat, Olivier Manchon, Franck Lantignac


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Pwd: SirensSound.blogspot.com





25.2.12

Zeuhl - Parte 3 - O Legado (sub-parte 3/5)


Musique Noise

Diz-se que “o plagiarismo é a melhor forma de lisonja” – ou algo de parecido, e os Musique Noise bem se esforçaram por plagiar o som dos Magma de tal forma que até os ultrapassaram. Tocavam com elementos de jazz complexos e vozes operáticas, que colocavam sobre uma estrutura rítmica com muitas alterações repentinas e mudanças de tom, adicionando modernas técnicas de produção dos anos 80, actualizando assim o som dos seventies.
FULMINES REGULARS (LP: Musea FGBG 2028) 7 + 10/88 1989
Isabelle Bruston (vozes), Jean-Philippe Gallet (vozes, saxofone), Frédéric Huynh (baixo), Denis Levasseur (piano, sintetizadores), Cornélia Schmid (vozes), Philippe Zarka (bateria, percussão, voz).


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Neo Museum

Alan Terrill (que escreve frequentemente na Audion) disse que os Neo Museum “tocam um jazz-rock inteligente, similar ao dos Hellebore” o que é, em parte, verdade, excepto de que eles são muito menos radicais, e também guiados pelos estilismos Zeuhl e RIO, o baixo e a bateria ao estilo Magma e o saxofone mais na senda do som instrumental primevo de Frank Zappa.
NOUVELLES ETHNOLOIQUES DE L’OSCUR MUSEUM (LP: AYAA dt 0586) 2+11+12/85 1986
Alain Casari (saxofone alto), Antoine Gindt (guitarra, baixo, piano), Daniel Koskowitz (bateria), + Jacques Veille (trombone), Pascal Sieger (sax sopranino), Jérôme Bourdellon (clarinete baixo, flauta), Raoul Binot (sax tenor)


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Orient-Express

Nas franjas do Zeuhl encontramos este duo experimental (com a participação der Pascale Jakubowski, também dos Delta 4) que tocavam uma música que ia da new wave, em direcção às de texturas Zeuhl, conduzida pelo soberbo baixo de Erik Baron, que funcionava como base para os talentos do multi-instrumentista Pascale.
COCKTAIL MOLOTOV (MC: Musique en Chantier MC 002) 1987
Erik Baron (baixo), Pascale Jakubowski (piano, voz, clarinete baixo), mais convidados.

Potemkine

Assim designados face à nave de guerra Russa (gostaria de saber porquê?), os Potemkine foram inovadores únicos nos caminhos explorativos do jazz-rock francês, apesar de certamente inspirados originariamente nos Soft Machine. Formados pelos irmãos Goubin (Phillipe e Charles) e Doudou Dubiusson, a banda foi muito estável (acrescentando um novo Goubin nos teclados), basenado-se muito em Zeuhlismos e retorcendo-os para formar uma música com criatividade própria.
Como era o seu single de estreia, nada podemos dizer. Há até quem diga que não existe, sequer! O seu LP de estreia, adequadamente intitulado FOETUS, é formado por formas de jazz gelado, como uma espécie de ZAO com sedativos, com muitas das características que normalmente associamos com a cena de Canterbury. Pareceria que depois de trabalhar com Verto depois disto (ver abaixo) os limpou grandemente, e com um trio exacto surgiram depois com a obra-prima do Zeuhl, TRITON, uma condensação das ideias de Jannick Top, que ele raramente conseguiu pôr em prática devido à falta de amplitude de espaço suficiente nos Magma. Aqui recompô-las em forma de rock e jazz furioso, riffs complexos, motivos/refrões e solos, ligados de um modo inexplorado, excepto nos mais recentes trabalhos de Univers Zero e Present. Outras gravações desta época foram editadas no álbum do festival CRAC! (acho que é uma bootleg), o que provou que eles eram mesmo capazes de tocar uma música tão complexa ao vivo.
Cerca de 6 meses depois (eles tomaram consciência de terem sido apelidados de copistas pelos media), transformaram completamente a sua música, mudando para um jazz-rock francês muito mais leve, com uns toques funky. O terceiro irmão Goubin também esteve envolvido nesta fase, e penso que foram as suas raízes jazz que tomaram conta do leme. NICOLAS, de 1978, é um bom álbum para os fans do jazz-rock de origem francesa.
Não sei se existem mais alguns álbuns, mas sei que continuaram a tocar ao vivo, e que fizeram uma tournée em Janeiro de 1989, tocando sobretudo temas de TRITON .
Rictus/Mystère (7”) 1974
FOETUS (LP: Pôle 0010) 1976
TRITON (LP: Voxigrave V30/ST7162) 3/77 1977
NICOLAS II (LP: Pjaeton 7801) 1/78 1978
Phillipe Goubin (percussão, piano, voz), Charles Goubin (guitarras, piano, campainhas, vozes), Michel Goubin (pianos, sintetizadores, voz), Doudou Dubiusson (baixo, flexatone, claves, voz), mais convidados.


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Jean-Paul Prat’s “Masal”

Mais um baterista modelado por Christian Vander: Jean-Paul Prat foi o cérebro por detrás dos Masal, que em 1975 deram o seu melhor para alcançar um sucesso semelhante aos Magma. Depois de uma série de formações Jean-Paul decidiu prosseguir a solo com um projecto a que chamou de MASAL e editou um LP. É uma daquelas excentricidades Zeuhl, que por vezes soa como um álbum de prog-rock alemão dos finais dos anos 70 misturado com jazz-rock americano, sendo também muito inspirado pela música dos Magma. (particularmente devido ao baixo e à bateria, o riffing feérico e as texturas densas)e, como tal, permanece único.
MASAL (LP: Stand-By SB 83121) 7/82 1984 (CD: Musea FGBG 4155.AR) «4 faixas de bónus» 1995
Jean-Paul Prat (bateria, piano, voz), Hervé Gourru (baixo), Jean-Jacques Willig (piano, sintetizadores), Viviane Galo (piano, voz9, Norbert Galo (guitarra), Alain Escure (guitarra), Carlo Grassi (guitarra), Eric Duval (percussão), Gérard Geoffrey (flautas), Richard Heritier (saxofones, flauta), Georges Rolland (saxofones), Richard Negro (trompete), Gilles Morard (trombone), Bernard Morard (coro).


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Rahmann

De muitos pontos de vista os Rahmann encaixam muito mais na cena de jazz-rock tipicamente francesa dos anos 70 do que no Zeuhl., apesar do facto de serem formados por um Argelino! Interessantemente, a história da banda envolve o suporte dos Magma em numerosas ocasiões, com vários membros a tentarem chegar aos padrões dos Magma ao longo dos anos. Possivelmente eles conseguiram relacionar-se com a família Magma, quando Gérard Prevost (ex-ZAO) se lhes juntou por um período, em Maio de 1979. Estilisticamente também se aproximaram do rock progressivo sinfónico, à lai dos Asia Minor e dos Camel.
RAHMAN (LP: Polydor 2393 252) 2/77-5/78 1980 (CD: Musea FGBG 4261.AR) «4 faixas de bónus» 1998
Mahamad Hadi (guitarras, oud, bouzouki, snitra), Amar Mecharaf (bateria, percussão), Michel Rutigliano (pianos, ARP), Gérard Prevost (baixos), Louis-César Ewande (percussão), mais convidados.

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pwd: sakalli





24.2.12

Zeuhl - Parte 3 - O Legado (sub-parte 2/5)


Eider Stellaire

Originariamente conhecidos como “Astarte” nos anos 70, eles começaram sendo uma forma avantgarde do Zeuhl, tornando-se depois em Eider Stellaire, quando o baterista Michel Le Bars tomou conta da banda. Ele obviamente, imitando Christian Vander, tomou conta dos destinos da banda, concebendo uma nova mudança no modelo Zeuhl.
Expandindo-se até sete membros, e em paralelo com os Shub Niggurath (alguns deles faziam parte das duas bandas) eles editaram um álbum inicial subintitulado como “o álbum dos Magma que os Magma nunca fizeram2. Os Magma responderam a isto com Mekanik Zain ou De Futura, mas Eider Stellaire tinham mesmo um excelente guitarrista com a precisão e o fogo de John McLaughlin. Furiosamente criativo, trovejante (isto é, com riffs poderosos) e com duas vozes femininas (não usando palavras), é tudo uma mistura de solos estonteantes e loucura! Pelo menos durante um álbum, os Eider Stellaire foram os reis do Zeuhl. É uma pena que esse álbum permaneça tão obscuro.
Como sabemos por experiência, quase todas as bandas que nascem tão brilhantemente no seu primeiro álbum, fraquejam depois, e o seu segundo álbum, sem título, é extremamente meloso e langoroso em comparação com o primeiro. Mais original e experimental, talvez, mas menos coeso e explosivo. Com o seu terceiro álbum, foi dado um passo atrás na direcção do Zeuhl rock, liderados de novo pela guitarra de Delchat, eles quase chegavam lá mas 8tanto quanto sei) a banda separou-se antes do álbum estar acabado.
EIDER STELLAIRE (LP: K001) 5/81 1981
EIDER STELLAIRE (LP: K002) 1986
EIDER STELLAIRE 3 (LP: Musea FGBG 2009) 1988
Jean-Claude Delachat (guitarra), Patrick Singery (baixo), Pierre Gerard-Hirne (piano, órgão), Michel Le Bars (bateria), Véreonique Perrault (piano eléctrico), Franck Coullaud (percussão), Isabelle Nuffer (piano eléctrico), TRX5 (corneta), etc. E convidados.


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Eskaton


Uma das primeiras bandas Zeuhl não relacionadas com os Magma, e que causaram furor, foram os Eskaton. Eles apresentaram, na realidade, um novo ângulo de ataque a este género musical, no seu EP de estreia, cruzando o som Magma, era KOHNTARKOSZ, com uma música feérica, quase ritualística. O duo de vozes femininas, multi-teclados e guitarras estridentes, teciam uma música complexa e original. Especialmente evidente foi o facto de os Eskaton continuarem a forçar e traçar o seu próprio caminho, tornando-se mais electrónicos e menos Zeuhl no seu álbum de 1982, FICTION. A banda manteve a sua boa forma nos finais dos anos 80, gravando um outro álbum em 1985, chamado I CARE, que, no entanto, permanece não editado!
Le Chant De Terre/If (7”: MPA E 01) 4/79 1979
ARDEUR (LP: MPA E 38001) 8/80 1980
4 VISIONS (MC: Eurock EDC 05) 1979 1981 (CD: APM 9511) «1 faixa de bónus» 1995
FICTION (LP: MPA E 38301) 9/82 1983
André Bernardi (baixo), Gérard Konig (drums), Alain Blésing (guitarra), Gilles Rozenberg (voz, órgão, sintetizador), Eric Guillaume (piano seléctrico), Marc Rozenberg (voz, piano, sintetizador), Paule Kleynaert (voz), Amara Tahir (voz), mais convidados.


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Frank W. Fromy

O baixista dos Shub Niggurath tentou forçar os elementos Zeuhl para um lado mais clássico e avantgarde, surgindo, por via disso, com um som austero e estranho, completamente inclassificável.
QUATRE AXES MUTANTS (LP: Musea Parallèle MP 5002) 1989
Lucie Ferrandon (voz), Marie Faure (piano), Marie-Pascale Jallot (viola), Danièle Dumas (sax soprano), Sylvie Jerusalem (tuba), Pierre Quesnay (baixo), Pierre G. Monteil (baixo), Alain Ballaud (baixo), Alain Mouray (bateria, percussão), Laurence Kopelovitch (voz), Frank W. Fromy (voz, efeitos), Claire Dizmier (sax alto), Bernard Guerin (sax barítono), Guillaume Wapoel (viola), Françoise Sachse (viola), Sylvain Dupasquier (violoncelo).


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Hiatus

Um daqueles estranhos híbridos entre o jazz experimental e fusões-rock progressivas, o seu LP foi mais tarde reeditado pela Cryonic (casa-mãe dos Art Zoyd e de outros, na altura) e soa muito bem, apesar de ser muito mais um álbum de jazz do que de Zeuhl propriamente dito.
AVANT-DEMAIN (LP: HI 5893) 1984
Stéphane Deschamps (teclados), Abdoulaye Fall (sax tenor), Pascal Gutman (baixo), Franck Marsicano (guitarra), Jean-François Riviere (bateria)



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Honeyelk

Directamente para a zombar das vocalizações “Kobian”, os Honeyelk eram exploradores adeptos do som dos Magma da era de Kobaia até Wurdah Itah, com um bom baixo troante, multi-instrumentos de sopro e de teclados, uma pitada giraça de jazz (mas não jazz-rock) com uma estranha utilização do ritmo e da forma. Eles editaram um álbum de baixo custo autoproduzido que possui um estilo e charme únicos.
Em 1979, contudo, eles levaram bastante tempo para o compor, com a sua história a ir até às bandas pop dos anos 60, e tentarem fazer um intervalo em Inglaterra em numerosas ocasiões, pelo que a sua música também caminhou para influências prog-rock, facção Canterbury (evidentes no material de bónus do cD), alcançando uma mistura única de estilos que foi muito mais longe do que o próprio Zeuhl de per-se.
STOYZ VI DOZÉVÉLOY (LP: Oxygene OXY 047) 9/79 1980 – reeditado como:
EN QUÊTE D’Un MONDE MEILLEUR... (CD: Musea FGBG 4153.AR) «4 faixas de bónus» 1995
William Grandordy (pianos, sintetizadores), Gérard Blanc (baixo, voz), Pierre Yves Maury (clarinete, sax tenor), Christian Blanc (bateria, percussão, voz), Frank Louisolo (guitarras).


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Mosaic

Não muito Zeuhl, mas ao fim e ao cabo esse género será onde se encontram as suas raízes, pois anteriormente o seu nome escrevia-se, em estilo “Kobaiano”, Mozaik, com a trema no i. Esta é uma das bandas underground realmente criativas, que na altura que editaram um LP mudaram muito e desenvolveram o seu estilo único de música. Todos os elementos Zeuhl estão contidos na sua música, mas totalmente transformados em algo novo. Possuem aquele lado esquisito proto new-wave (como os Archaia) com Jannick Top (tornado High Hopper) ao leme com aquele seu estilo de baixo tipo esfiapado, e uma inventividade radical intensiva, quase ao estilo dos Henry Cow, de tal forma que muitas das faixas se aventuram ainda por outros géneros inesperados. Um único e raro clássico.
ULTIMATUM (LP: Ekimoz 441 5278) 1978
Jye Esko (guitarras, sintetizadores, voz), P.L.M.G. (baixos, violoncelo, sintetizadores, percussão, guitarra acústica, voz), Hubert de Nampcel (bateria, percussão), Yves Brebion (piano, guitarra acústica).





22.2.12

Zeuhl - Parte 3 - O Legado (sub-parte 1/5)


Zeuhl – Parte 3 – O Legado

Importante: como o Zeuhl é um conceito muito abstracto, e de forma alguma uma das categorias mais fáceis de definir, recomendamos vivamente que antes de ler o presente artigo, leia os dois artigos precedentes sobre este assunto. Então, depois, tudo fará muito mais sentido.

Habitualmente associamos um estilo musical com uma moda, e frequentemente na história, com a herança musical e cultural de um país, ou, de forma mais óbvia, apenas com a sua linguagem. Mas, nenhum destes é o caso do Zeuhl. É um género que é vazio de referências culturais. Aconteceu mais por acidente do que por outra razão, devido à experimentação, e o mergulho de músicos únicos (todos juntos) que fizeram emergir algo de completamente novo. Pode parecer bizarro (e improvável), mas é possível criar algo novo que não é identificável com um país, apesar de isso ser o menos bizarro com o Zeuhl, onde a linguagem e influências por detrás do género musical são completamente alienígenas da cultura nacional. o Zeuhl, apontando para os seus pioneiros Magma e todos os seus projectos paralelos e derivados, tornou-se um idioma musical novo, identificável como, mas não tipicamente, Francês. Claro, como é sempre o caso, ninguém na França percebeu que este movimento existia sequer, até que um jornalista lhe deu um nome.
O resultado de abrir as portas a uma nova forma de expressão, fez surgir um enorme lote de bandas novas que tentaram levar o género cada vez mais além. Algumas limitavam-se a copiar os seus mentores, outras tomavam a iniciativa de explorar novas vias, aprofundando o conceito do Zeuhl, abarcando uma mais vasta gama de músicas. As margens do género foram sempre muito móveis, partindo do rock e jazz mais convencionais, misturados com o (também difícil de definir) rock de câmara, o RIO, como explorado por exemplo pelos Art Zoyd ou Univers Zero. Mas isso é outra história. Neste artigo tentaremos dar uma perspectiva, alargada a 33 bandas francesas e artistas que bordejaram o género.

Abus Dangereux

Na margem do Zeuhl, esta banda jazz-rock (depois conhecida apenas por Abus), liderada pelo guitarrista Pierre Jean Gaucher, pegou no som funky dos Magma do final dos anos 70 e misturou-o com o som típico do jazz de fusão francês. A música dos Abus Dangereux será mais apelativa aos apreciadores de jazz do que aos que preferem sons mais experimentais e progressivos.
LE QUATRIÈME MOUVEMENT (LP: AJ Records 3021) 12/79 1980
BIS (LP: Eleanore EL 31482) 2/82 1982
HAPPY FRENCH BAND (LP: Metro JB 105) 9-10/83 1983
LIVE (LP: Metro JB 106) 1985
JAZZ ‘N’ ROLL (LP/CD: Metro JB 107) 1986
Pierre Jean Gaucher (guitarras), Eric Bono (pianos, sintetizadores), Laurent Kzrewina (saxofones), Alain Mourey (bateria), Pascal Gaillard (baixo), Sylvie Voise (voz), Caitriona Walsia (voz), Dan Ken (pandeireta), Armaud Jarlan (percussão), Nigel Warren Green (violoncelo).


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Altais

Dos grupos mais tardios do Zeuhl, eles foram, em contrapartida, dos que mais captaram a atenção internacional na altura. Isso passou-se, obviamente, devido ao seu EP, que era uma derivação muito sobreposta dos Magma, utilizando vocalizações indistinguíveis no género, e fortemente baseado no baixo e na bateria. A sua originalidade principal era a utilização dos sintetizadores duais, ultrapassando assim os Eskaton, e uma pitada de agressividade post-punk. Um ponto engraçado é que algumas das vocalizações (feitas na sua própria linguagem) conseguem soar realmente engraçadas nos ouvidos de outras nacionalidades!
Altais/Promenade.../Gravitation Zero (12” EP: Altais 1021) 1986
Sandrine Fugère (voz), Philippe Goudier (voz, percussão), Patrick Joliot (bateria, percussão), Isabelle Nuffer (voz, piano, sintetizador), Michelle Puttland (sintetizador), Jean-Marie Sadot (baixo)


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Michel Altmeyer & Troll

Existindo desde os inícios dos anos 70, os Troll permaneceram muito como uma banda de “circuito secundário” ao longo da sua história, apesar de poderem ser considerados como influentes e seminais. O seu álbum original é bastante obscuro, mas nessa altura eles contavam com os préstimos do guitarrista Jean-Pascal Boffo, muito inspirado na música dos Genesis, de modo que não o podemos considerar como Zeuhl. As únicas gravações dos Troll com as quais contactei são de encarnações posteriores da banda. Ao longo dos anos existiram várias versões dos Troll, muitas das quais contando com a inclusão de músicos da família Magma. Mas apenas Michel permaneceu como elemento da banda original, e assim o álbum editado pela Musea foi posto à venda sob o seu nome.
TROLL (LP) 19??
TROLL, VOL. 2 (LP: Musea FGBG 2010) 11/86+12/87 1988
Michel Altmayer (bateria, teclados, vozes, baixo), + Bernard Paganotti, Francis Moze, Stella Vander, Guy Khalifa, Klaus Blasquiz (todos dos Magma), Yvon and Alain Guillard (ex-Weidorje), e outros.


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Archaia

Apesar de vívidos fans dos Magma, surpreendentemente, os Archaia nem sempre praticavam o som Zeuhl de per si, pois possuíam inúmeras outras influências, e uma grande capacidade e vontade de serem originais. Integravam os cantos e os elementos rítmicos como base (similarmente a uma das bandas inglesas da época, os Metabolist), mas misturavam isso com toda a espécie de ideias extravagantes. Usavam a electrónica como os Heldon, Zed, Arachnoid ou Eskaton. O seu álbum auto-produzido constituiu-se como uma obrigatoriedade para os fans do género Zeuhl menos ortodoxos.
ARACHAIA (LP: Archaia 77.976) 8/77 1977 (CD: Soleil Zeuhl 01) «3 faixas de bonus» 1998
Pierrick Le Bras (guitarra, teclados, voz), Michel Munier (baixo), Philippe Bersan (voz, teclados, percussão).


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Bedjabetch

Os Bedjabetch tocavam ao vivo um rock instrumental de pendor jazzístico com um estilo único, com alguma pitada de ZAO, e elementos mais típicos de space-prog francês (isto é, Gong, Clearlight, Nei, etc.) comparável ao trabalho a solo de Joel Drugenot.
SUBREPTICEMENT (LP: AWA BB 006) 1979


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Serge Bringolf & Strave

Reputadamente envolvido, a certa altura, com os Magma (apesar de não ter evidências que suportem isso), o baterista Bringolf foi inspirado musicalmente tanto pelo clássico (finais dos anos 60 / inícios dos 70s) Miles Davis. O toque metálico do jazz do seu álbum duplo de estreia era, obviamente, uma dedicação aos Magma, apesar da sua focagem e elementos de funk dos finais dos 70s o tornarem diferente. Sempre a melhorar, a cada novo álbum, o som de Strave desenvolveu-se. Isto deveu-se, em parte, devido ao guitarrista Alain Eckert (também dos Art Zoyd) e a um som rock mais robusto. Todas as suas edições são muito obscuras.
STRAVE (2LP: Omega Studio OM 67016) 1980
VISION (LP: Omega Studio OM 67028) 7/81 1981
AGBOVILLE (LP: Omega Studio OM 67044) 1983
LIVE (LP: RBO R 1.383 D) 26/3/82 1983
Sege Bringolf (bateria), Philippe Geiis (sax), D. Petithory (trompete), B. Eck (tuba), Alain Eckert (guitarra), Claude Boussard (baixo), Mano Kuhn (voz), Alain Lecointe (baixo), Emmanuel Séjourné (pandeireta), Francis Bourrec (sax), Thierry Eckert (baixo), etc.


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André Ceccarelli


Um músico jazz-funk que flirtou com os estilismos Zeuhl nos finais dos anos 70, tendo sido também músico convidado de muitas bandas que se moviam nas fronteiras da música de inspiração Zeuhl. Também é muito conhecido como músico de sessão.

Clystere

Não estritamente Zeuhl, mas relacionado, os Clystere foram uma banda livre, um duo formado por um guitarrista e um baixista, que ultrapassaram as criações esquisitas de Jannick Top, e que se relacionaram com os Shub Niggurath e os Sleaze Art.
DAEMONI, ETIAM VERA DICENTI; NON EST CREDENUM (MC: Clystere) 1987
Frank W. Fromy (guitarra), Kaspar T. Toeplitz (baixo)

Dün

Tão Zeuhl como de outro tipo de fusões, os Dün agradaram, todavia, a muita gente dentro do género.
EROS: (LP: Sabathé SAB 001) 1981 (CD: Soleil Atreides 03) «4 bonus tracks» 2000
Laurent Bertaud (bateria), Jean Geeraerts (guitarras), Bruno Sabathé (piano, sintetizador), Pascal Vandenbulke (flautas), Alain Termol (percussão), Thierry Tranchant (baixo)


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21.2.12

NWW List: Cromo #40 - Cupol - "Like This For Ages"


Um 12" de 1980, da era post-punk, na sua variante mais experimental e electrónica, com elementos dos Dome e dos Wire, só para vos situar um pouco. Uma faixa pequena, de cerca de 4 minutos, a rodar em 45 rpm e outra imensa, de cerca de 20 minutos, instrumental e experimental, repetitiva mas sem ser sensaborona, a rodar a 33 rpm.



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19.2.12

Listas do FM - Cromo #8: Os Melhores Álbuns de Rock Progressivo


Progressivos anos 70 (nas suas múltiplas vertentes: electrónica, jazz, folk ou simplesmente inclassificável)

Ouvidos na íntegra:

AFFINITY

Affinity (Repertoire, 1970) – 7

AKSAK MABOUL (Bél./USA/Ingl.)

Un peu de l' Âme des Bandits (Atem/Crammed, 1979) – 9

AMAZING BLONDEL

Evensong (Edsel, 1970) – 7
Fantasia Lindum (Edsel, 1971) – 8
England (Edsel, 1972) – 8
Blondel (Edsel, 1973) – 8

ANGE (Fra.)

Le Cimetière des Arlequins (Philips, 1973) – 7
Au-delà du Délire (Si-Wan, 1974) – 8

ARBETE & FRITID (Sué.)

Deep Woods (col.) (Resource, 1970-1979, 1993) – 7

AREA (Itá.)

Arbeit Macht Frei (Cramps, 1973) - 9
Caution Radiation Area (Cramps, 1974) – 9
Crac! (Cramps, 1975) – 8
Maledetti (Maudits) (Cramps, 1977) – 8
1688 - 1978, Gli de se ne Vanno, Gli Arrabbiati Restano! (CGD, 1978) – 7

ARMAGEDDON

Armageddon (1975) - 7

ART BEARS

Hopes and Fears (Ré, 1978) – 10
Winter Songs (Ralph, 1979) – 8

ARTI & MESTIERI (Itá.)

Tilt (Vinyl Magic, 1974) – 8
Giro di Valzer per Domani (Vinyl Magic, 1975) – 8

ARZACHEL

Arzachel (1969) - 6

ART ZOYD (fra.)

Musique pour L' Odyssée (Mantra, 1979) – 8

AUDIENCE

The House on the Hill (Charisma, 1971) – 7

AYNSLEY DUNBAR RETALIATION (THE)

The Aynsley Dunbar Retaliation (One Way, 1970) – 7

BALLETTO DI BRONZE (IL) (Itá.)

Ys (Polydor, 1972) – 7

BARCLAY JAMES HARVEST

Barclay James Harvest (BGO, 1970) – 6
Once again (1971) - 7

BEGGARS OPERA

Act One (Repertoire, 1970) – 6
Waters of Change (Repertoire, 1971) – 8
Pathfinder (Repertoire, 1972) – 7

BEN

Ben (Repertoire, 1971) – 8

BLODWIN PIG

Ahead Rings out (BGO, 1969) – 8
Getting to this (BGO, 1970) – 8

BOB DOWNES OPEN MUSIC

Electric City (1970) - 6

BO HANSSON (Sué.)

Lord of the Rings (Edsel, 1970) – 6
Magician's Hat (Resource, 1972) – 8
Attic Thoughts (Silence/Resource, 1975) – 7

BRIDGET ST.JOHN

Jumblequeen (BGO, 1974) – 8

BURNIN' RED IVANHOE (Din.)

W. W. W. (Repertoire, 1971) – 8

CAMEL

Camel (Camel Productions, 1973) – 7
Mirage (Deram, 1974) – 8
Rain Dances (Deram, 1977) – 8

CANNED HEAT

Future Blues (BGO, 1970) – 8

CARAVAN

Caravan (HTD, 1969) – 8
If I Could do it all over again, I'd do it all over you (Deram, 1970) – 9
In the Land of Grey and Pink (Deram, 1971) – 10
Waterloo Lily (Deram, 1972) – 8
For Girls who Grow Plump in the Night (Deram, 1973) – 7
Cunning Stunts (Deram, 1974) – 6
Blind Dog at St.Dunstans (HTD, 1976) – 6

CARPE DIEM (fra.)

En Regardant Passer le Temps (Musea, 1975) – 8
Cueille le Jour (Musea, 1977) – 8

CATAPILLA

Changes (Repertoire, 1972) – 7

CAT STEVENS

Mona Bone Jakon (Island, 1971) – 7

CELESTE (Itá.)

Principe di un Giorno (Vinyl Magic, 1976) – 8

CLAIRE HAMILL

October (Blueprint, 1973) – 8

CLARK-HUTCHINSON

A=MH2 (1970) – 7

CLEARLIGHT (Fra.)

Clearlight Symphony (Virgin, 1975) - 8
Clearlight Symphony II (Mantra, 1975) – 7 (Claearlight Symphony - nova versão, c/ mat. original)
Forever Blowing Bubbles (Virgin, 1976) – 7

CLIMAX BLUES BAND (THE)

Plays on (C5, 1969) – 7

CLOUDS

The Clouds Scrapbook (BGO, 1969) – 7
Watercolour Days (1971) – 6

CMU

Open Spaces (See for Miles, 1971) – 8
Space Cabaret (1973) – 8

COLOSSEUM

Those who are about to Die Salute you (Essential, 1969) – 8
Valentyne Suite (Essential, 1969) – 10
Daughter ot Time (Essential, 1970) – 7

COMUS

First Utterance (BGO, 1971) – 9

CONVENTUM (Bél.)

A L'Affût d'un Complot (Kozak, 1977) – 8
Le Bureau Central des Utopies (Kozak, 1979) – 8

CRESSIDA

Cressida (Repertoire, 1970) – 8
Asylum (1971) – 6

CURVED AIR

Airconditioning (Warner Bros., 1970) – 8
Second Album (Warner Bros., 1971) – 8
Phantasmagoria (Warner Bros., 1972) – 10
Aircut (1973) – 7

DAEVID ALLEN (Austrál.)

Banana Moon (Spalax, 1971) – 8
Now is the Happiest Time of your Life (Decal, 1977) – 8
N' Existe pas! (Spalax, 1978) – 8

DANDO SHAFT

Dando Shaft (Repertoire, 1971) – 8

DASHIELL HEDAYAT (Fra.)

Obsolete (Mantra, 1971) – 8

DAVE GREENSLADE & PATRICK WOODROFFE

The Pentateuch of the Cosmogony (BGO, 1979) – 6

DAVID BEDFORD

The Rime of the Ancient Mariner (Virgin, 1975) – 7

DAVID VORHAUS

White Noise 2 - Concerto for Synthesizer (Virgin, 1975) – 8

DEDALUS (Itá.)

Dedalus (Vinyl Magic, 1973) – 8

DONOVAN (Escó.)

Sunshine Superman (BGO, 1967) – 8
A Gift from a Flower to a Garden (BGO, 1968) – 8
HMS Donovan (BGO, 1971) – 8

DR. STRANGELY STRANGE

Heavy Petting (1970) – 6

EAST OF EDEN

Mercator Projected (Si-Wan, 1969) – 9
Snafu (Si-Wan, 1970) – 10

EGG

Egg (Deram, 1970) – 7
The Polite Force (Deram, 1970) – 10
The Civil Surface (Virgin, 1974) – 8

EMERSON, LAKE AND PALMER

Emerson, Lake and Palmer (Castle Communications, 1970) – 8
Tarkus (Castle Communications, 1971) – 9
Trilogy (Castle Communications, 1972) – 8

ESKATON (Fra.)

4 Visions (Ad Perpetuam Memoriam, 1979) – 7

ETRON FOU LELOUBLAN (Fra.)

Batelages (Musea, 1977) – 9
Les Trois Fous Perdegagnent – 8

FAIRFIELD PARLOUR

From Home to Home (Repertoire, 1970) – 8

FAMILY

Fearless (Essential, 1971) – 8

FOCUS (Hol.)

In and out of Focus (EMI, 1970) – 7
Moving Waves (EMI, 1972) – 8
Focus 3 (EMI, 1973) – 7

FOREST

Forest (BGO, 1969) – 7
Full Circle (1970) – 7

FRANCO BATTIATO (Itá.)

Clic! (Artis, 1974) – 8

FUCHSIA

Fuchsia (1971) – 7

GENESIS

From Genesis to Revelation (1969) - 7
Trespass (Virgin, 1970) – 8
Nursery Cryme (Virgin, 1971) - 10
Foxtrot (Virgin, 1972) – 9
Selling England by the Pound (Virgin, 1973) – 9
The Lamb Lies down on Broadway (Virgin, 1974) – 10

GENTLE GIANT

Gentle Giant (Vertigo, 1970) – 9
Acquiring the Taste (Vertigo, 1971) – 10
Three Friends (Line, 1972) – 10
Octopus (Vertigo, 1972) – 8
In a Glass House (The Road Goes on Forever, 1973) – 9
The Power and the Glory (The Road Goes on Forever, 1974) – 8
Free Hand (One Way, 1975) – 8
Interview (Terrapin, 1976) – 7

GERRY RAFFERTY

Can I Have my Money back? (Ariola, 1971) – 7

GILGAMESH

Gilgamesh (Spalax, 1975) – 8

GILLI SMYTH

Mother (Spalax, 1978) – 7

GNIDROLOG

Lady Lake (Si-Wan, 1972) – 7

GONG (Fra./Austrá./Ingl.)

Magick Brother, Mystic Sister (Spalax, 1969) – 7
Camembert Electrique (Spalax, 1971) – 8
Continental Circus (Mantra, 1972) – 6
Radio Gnome Invisible, Part 1: The Flying Teapot (Spalax, 1973) – 9
Radio Gnome Invisible, Part 2: Angel's Egg (Virgin, 1973) – 10
You (Virgin 1974) – 9
Shamal (Virgin, 1975) – 8

GRACIOUS

Gracious (Repertoire, 1970) – 8
This is…Gracious!! (1972) – 6

GREATEST SHOW ON EARTH (THE)

Horizons (1970) – 7

GREENSLADE

Bedside Manners are Extra (Warner Bros., 1973) – 7

GREGORY ALLAN FITZPATRICK (Sué.)

Snorungarnas Symfoni (MNW, 1976) – 7
Bildcircus (MNW, 1978) – 8

GROUNDHOGS

Thank Christ for the Bomb (BGO, 1970) – 8
Split (BGO, 1971) – 7
Hogwash (BGO, 1972) – 8

GRYPHON

Gryphon (Canyon International, 1973) – 8
Midnight Mushrumps (Canyon International, 1974) – 10
Red Queen to Gryphon Three (Canyon International, 1974) – 10
Raindance (Canyon International, 1975) – 8
Treason (Harvest, 1977) – 8

GUY EVANS, DAVID JACKSON, HUGH BANTON & NIC POTTER

The Long Hello (Zomart, 1973) – 8

HANNIBAL

Hannibal (Green Tree, 1970) – 8

HAPPY THE MAN (EUA)

Beginnings (Cuneiform, 1975) – 8

HARMONIUM (Can.)

Si on Avait besoin d' une Cinquième Saison (Polygram, 1975) – 7

HATFIELD AND THE NORTH

Hatfield and the North (Virgin, 1973) – 10
The Rotter's Club (Virgin, 1975) – 8

HAWKWIND

Hawkwind (EMI Premier, 1970) – 7
In Search of Space (EMI Premier, 1971) – 8
Hall of the Mountain Grill (EMI Premier, 1974) – 7
Warrior on the Edge of Time (Dojo, 1975) – 8

HELDON (Fra.)

Un Rêve sans Conséquence Spéciale (Cuneiform, 1976) – 9
Interface (Spalax, 1977) – 8

HENRY COW

The Henry Cow Leg End (Recommended, 1973) – 10
Unrest (Recommended, 1974) – 8
In Praise of Learning (East Side Digital, 1975) – 9
Henry Cow Concerts (East Side Digital, 1976) – 7
Western Culture (Broadcast, 1979) – 9

HIGH TIDE

Sea Shanties (1969) – 7

HUGH HOPPER

1984 (Cuneiform, 1972) – 9

INCREDIBLE STRING BAND (THE) (Esc.)

5000 Spirits or the Cayers of the Onion (Elektra, 1967) – 8
The Hangman's Beautiful Daughter (Elektra, 1968) – 10
Wee Tam (Elektra, 1968) - 8
The Big Huge (Elektra, 1968) – 8
Changing Horses (Hannibal, 1969) – 8
I Looked up (Hannibal, 1970) – 7
Be Glad for the Song Has no Ending (Edsel, 1970) – 9
Liquid Acrobat as Regards the Air (Island, 1971) – 9
Earthspan (Island, 1972) – 8

ISOTOPE

Isotope (1974) - 8

JADE WARRIOR

Last Autumn's Dream (Line, 1972) – 7
Floating World (Island, 1974) – 7
Waves (Island, 1975) – 8
Kites (Island, 1976) – 8
Way of the Sun (Island, 1978) – 8

JAN DUKES DE GREY

Sorcerers (1969) – 7

JEAN -PHILIPPE GOUDE (Fra.)

Drones (Musea, 1979) – 8

JETHRO TULL

This Was (Chrysalis, 1968) – 8
Stand up (Chrysalis, 1969) – 8
Benefit (Chrysalis, 1970) – 8
Aqualung (Chrysalis, 1971) – 9
Thick as a Brick (Chrysalis, 1972) – 9
A Passion Play (Chrysalis, 1973) – 9
War Child (Chrysalis, 1974) – 8
Minstrel in the Gallery (Chrysalis, 1975) – 8
Songs from the Wood (Chrysalis, 1977) – 8
Heavy Horses (Chrysalis, 1978) – 7

JODY GRIND

One Step on (Green Tree, 1969) – 7

JOHN & BEVERLEY MARTYN

Stormbringer (Island, 1970) – 9
The Road to Ruin (Island, 1970) – 7

JOHN CALE & TERRY RILEY

Church of Anthrax (Columbia, 1971) – 7

JOHN GREAVES & PETER BLEGVAD

Kew. Rhone (Voiceprint, 1977) – 8

JOHN MARTYN

Bless the Weather (Island, 1971) – 8
Solid Air (Island, 1973) – 9
Inside out (Island, 1973) – 9

JOHN MAYALL

Bare Wires (London, 1968) – 9
Blues from Laurel Canyon (Deram, 1968) – 10

JON ANDERSON

Olias of Sunhillow (Atlantic, 1976) – 8

KEVIN AYERS

Joy of a Toy (BGO, 1970) – 9
Shooting at the Moon (BGO, 1971) – 10
Whatevershebringswesing (BGO, 1972) – 8
Bananamour (BGO, 1973) – 8
The Confessions of Dr. Dream (BGO, 1974) – 9
Sweet Deceiver (BGO, 1975) – 7
Yes, We have no Mañanas, so get your Mañanas Today (BGO, 1976) – 7
Rainbow Takeaway (BGO, 1978) – 7

KHAN

Space Shanty (Mantra, 1972) – 8

KING CRIMSON

In the Court of the Crimson King (EG, 1969) – 10
In the Wake of Poseidon (EG, 1970) – 9
Lizard (EG, 1970) – 10
Islands (EG, 1971) – 8
Larks' Tongues in Aspic (EG, 1973) – 9
Starless and Bible Black (EG, 1974) – 8
Red (EG, 1974) – 9

KINGDOM COME

Kingdom Come (Blueprint, 1972) – 8
Journey (Voiceprint, 1973) – 8

LADY JUNE

Linguistic Leprosy (See for Miles, 1974) – 8

LARD FREE (Fra.)

Lard Free (Spalax, 1973) – 8
I'm around about Midnight (Spalax, 1975) – 8

LINDA HOYLE

Pieces of me (1971) – 7

LINDISFARNE

Nicely out of Tune (Charisma, 1970) – 8
Fog on the Tyne (Charisma, 1971) – 8

LIVING LIFE (Itá.)

Let: From Experience to Experience (Mellow, 1978) – 8

MAGMA (Fra.)

Magma (Seventh, 1970) – 10
1001º Centigrades (Seventh, 1971) – 10
Mekanïk Destruktïw Kommandöh (Seventh, 1973) – 8
Köhntarkösz (Seventh, 1974) – 9
Üdu Wudü (Charly, 1976) – 9
Attahk (Charly, 1976) – 7

MAGNA CARTA

Seasons (Vertigo, 1970) – 10
Songs from Wasties Orchard (Repertoire, 1971) – 8
Lord of the Ages (Vertigo, 1973) – 8

MARK-ALMOND

Mark-Almond (1971) – 8

MATCHING MOLE

Matching Mole (CBS, 1972) – 8
Matching Mole's Little Red Record (CBS, 1972) – 9

MATTHEWS SOUTHERN COMFORT

Matthews Southern Comfort (1970) – 7
Second Spring (Lineca, 1970) – 8

MAY BLITZ

The 2nd of May (Repertoire, 1971) – 6

McDONALD & GILES

McDonald and Giles (1970) – 8

MEDICINE HEAD

New Bottles, Old Medicine (1970) – 6

MELLOW CANDLE

Swaddling Songs (Si-Wan, 1972) – 8

MICHAEL McGEAR

Woman (Edsel, 1972) – 7

MIKE OLDFIELD

Tubular Bells (Virgin, 1973) – 7
Hergest Ridge (Virgin, 1974) – 8
Ommadawn (Virgin, 1975) – 8
Incantations (Virgin, 1978) – 8

MOODY BLUES (THE)

A Question of Balance (Threshold, 1970) – 8
Every Good Boy Deserves Favour (Threshold, 1971) – 7

MOVING GELATINE PLATES (Fra.)

Moving Gelatine Plates (Musea, 1970) – 8
The World of Genius Hans (Musea, 1971) – 10

MUFFINS (THE) (EUA)

Chronometers (Cuneiform, 1976) – 9

NATIONAL HEALTH

National Health (Spalax, 1977) – 9
Of Queues and Cures (Spalax, 1978) – 9

NED LAGIN (EUA)

Seastones (Rykodisc, 1975) – 8

NEIL ARDLEY

Kaleidoscope of Rainbows (1975) – 8

NEKTAR

Remember the Future (1974) – 7

NICK DRAKE

Five Leaves Left (Island, 1970) – 8
Bryter Layter (Hannibal, 1970) – 8
Pink Moon (Hannibal, 1972) – 8

NICO

Desertshore (Reprise, 1971) – 8
The End... (Island, 1974) – 8

NUCLEUS

Elastic Rock 2xCD (BGO, 1970) – 8
We'll Talk about it later (1971) – 8
Solar Plexus (1971) – 8


PATRICK MORAZ (Bél.)

The Story of i (Charisma, 1976) – 7

PAZOP (Bél.)

Psychillis of a Lunatic Genius (Musea, 1972) – 8

PEKKA POHJOLA (Finl.)

Pihksilmä Kaarnakorva (Love, 1972) – 9
Harakka Biailopokku (1974) –9

PENGUIN CAFE ORCHESTRA

Music from the Penguin Café (Editions EG, 1976) – 9

PETE BROWN & PIBLOKTO

Things May Come and Things May Go But the Art School Dance will last forever (Repertoire, 1970) – 7
Thousands on a Raft (Repertoire, 1970) – 7

PETER GABRIEL

Peter Gabriel (Charisma, 1977) – 8
Peter Gabriel (Charisma, 1978) – 7

PETER HAMMILL

Fool's Mate (Charisma, 1971) – 8
Chameleon in the Shadow of the Night (Charisma, 1973) – 9
The Silent Corner and the Empty Stage (Charisma, 1974) – 10
In Camera (Charisma, 1974) – 10
Nadir's Big Chance (Charisma, 1975) – 8
Over (Charisma, 1977) – 10
The Future now (Charisma, 1978) – 9
PH 7 (Charisma, 1979) – 8

PETE SINFIELD

Still (1973) – 7

PHIL MANZANERA

1695 - Diamond Head (EG, 1975) – 8

PHIL MANZANERA/801

Listen now (Polydor, 1977) – 8

PICCHIO DAL POZZO (Itá.)

Picchio Dal Pozzo (Si-Wan, 1976) – 9

PINK FLOYD

The Piper at the Gates of Dawn (EMI, 1967) – 8
A saucerful of Secrets (EMI, 1968) - 8
Ummagumma (EMI, 1969) – 10
Atom Heart Mother (EMI, 1970) – 10
Meddle (EMI, 1971) – 8
Obscured by Clouds (EMI, 1972) – 7
Wish you Were here (EMI, 1975) – 7
The Wall (EMI, 1979) – 9

PREMIATA FORNERIA MARCONI (Itá.)

Storia di un Minuto (RCA, 1972) – 8
Photos of Ghosts (RCA, 1973) – 8
L' Isola di Niente (BMG Ariola, 1974) – 9

PRETTY THINGS

S. F. Sorrow (Edsel, 1968) - 8
Parachute (Edsel, 1970) – 7

PROCOL HARUM

Shine on Brightly (1969) – 7

PULSAR (Fra.)

The Strands of the Future (Musea, 1976) – 8
Halloween (Musea, 1977) – 8

QUELLA VECCHIA LOCANDA (Itá.)

Quella Vecchia Locanda (Vinyl Magic, 1972) – 7
Il Tempo della Gioia (RCA, 1974) – 8

RACCOMANDATA RICEVUTA RITORNO (Itá.)

Per…Un Mondo di Cristallo (Foni Cetra, 1972) – 7

RAW MATERIAL

Time is... (Repertoire, 1971) – 7

RENAISSANCE

Renaissance (Repertoire, 1969) – 7
Prologue (Repertoire, 1972) – 8
Ashes are Burning (Repertoire, 1973) – 7
Turn of the Cards (Repertoire, 1974) – 8
Scheherazade and other Stories (HTD, 1975) – 7

RICHARD PINHAS (Fra.)

Rhizosphere (Cuneiform, 1977) – 8
Iceland (Cuneiform, 1979) – 8

RICHARD AND LINDA THOMPSON

Hokey Pokey (Hannibal, 1974) – 8
I Want to See the Bright Lights Tonight (Island, 1974) – 10
Sunnyvista (Hannibal, 1979) – 7

RICHARD THOMPSON

Starring as Henry the Human Fly (Hannibal, 1972) – 7

RICK WAKEMAN

The Six Wives of Henry VIII (A&M, 1973) – 8

ROBERT CALVERT

Captain Lockheed and the Starfighters (BGO, 1974) – 8
Lucky Streif and the Long Ships (BGO, 1975) – 8

ROBERT WYATT

The End of an Ear (Columbia, 1971) – 8
Rock Bottom (Virgin, 1974) – 10
Ruth is Stranger than Richard (Virgin, 1975) – 8

ROBIN WILLIAMSON

Myrrh (Edsel, 1972) – 8

ROBIN WILLIAMSON & HIS MERRY BAND

American Stonehenge (Edsel, 1978) – 8

RON GEESIN

As he Stands (See for Miles, 1973) - 7

RON GEESIN & ROGER WATERS

Music from the Body (Harvest, 1970) – 7

ROXY MUSIC

Roxy Music (Virgin EG, 1972) – 10
For Your Pleasure (Virgin EG, 1973) – 10
Stranded (Virgin EG, 1973) – 10
Country Life (Virgin EG, 1974) – 8
Siren (Virgin EG, 1975) – 8

ROY HARPER

Stormcock (Science Friction, 1971) – 8
Valentine (Science Friction, 1974) – 8
Bullinamingvase (Science Friction 1977) – 9

RUNNING MAN (THE)

The Running Man (Repertoire, 1972) – 6

SAMMLA MAMMAS MANNA (Sué.)

Måltid (Silence, 1973) – 8
Schlagerns Mystik (Silence, 1978) – 9

SECOND HAND

Death May be your Santa Claus (See for Miles, 1971) – 9

SLAPP HAPPY

Slapp Happy (Virgin, 1974) – 8
Desperate Straights (1975) c/HENRY COW – 10

SOFT MACHINE (THE)

Soft Machine (1968) – 9
Volume Two (1969) - 10
Third (Columbia, 1970) – 10
Fourth (Columbia, 1971) – 7
Fifth (Columbia, 1972) – 7
Six (Columbia, 1973) – 8
Seven (Epic, 1973) – 8
Bundles (See for Miles, 1975) – 7
Softs (See for Miles, 1976) – 7

SPARKS (EUA)

Propaganda (Island, 1974) – 7
Indiscreet (Island, 1975) – 8

SPIRIT (EUA)

Twelve Dreams of Dr. Sardonicus (Epic Legacy, 1970) – 9
Future Games (Great Expectations, 1977) – 8

SPIROGYRA

St. Radigunds (Repertoire, 1972) – 8
Old Boot Wine (Repertoire, 1972) – 8
Bells, Boots and Shambles (Repertoire, 1973) – 8

STACKRIDGE

Stackridge (Edsel, 1971) – 9
(Have no Fear, I just Need your) Friendliness (Edsel, 1972) – 9
The Man in the Bowler Hat (Edsel, 1974) – 9

STEAMHAMMER

Reflection (1969) – 7

STEVE HACKETT

Voyage of the Acolyte (Charisma, 1975) – 8

STEVE HILLAGE

Fish Rising (Virgin, 1975) – 8

STORYTELLER

Storyteller (Wooded Hill, 1970) – 7

STRAWBS

From the Witchwood (A&M, 1971) – 9
Grave New World (A&M, 1972) – 9
Bursting at the Seams (A&M, 1973) – 8
Hero and Heroine (A&M, 1974) – 7
Ghosts (A&M, 1974) – 7

SYD BARRETT

The Madcap Laughs (Capitol, 1970) – 8
Barrett (EMI, 1970) – 7

T.2

It'll all Work out in Boomland (World Wide, 1970) – 9

TASAVALLAN PRESIDENTTI (Finl.)

Milky Way Moses (Love, 1974) – 8

TEA & SYMPHONY

An Asylum for the Musically Insane (Si-Wan, 1969) – 7

TEN YEARS AFTER

A Space in Time (BGO, 1971) – 6

TERRY RILEY

A Rainbow in Curved Air (Columbia Rewind, 1971) – 10
Persian Surgery Dervishes (Mantra, 1972) – 8

THIRD EAR BAND

Third Ear Band (BGO, 1970) – 7
Music from MacBeth (BGO, 1972) – 8

TIM BLAKE

Crystal Machine (Mantra, 1977) – 7

TIR NA NOG

Tir Na Nog (BGO, 1971) – 8
A Tear and a Smile (Edsel, 1972) – 7
Strong in the Sun (Edsel, 1973) – 7

TITUS GROAN

Titus Groan (See for Miles, 1970) – 7

TOM NEWMAN

Faerie Symphony (1970) – 8

TONTON MACOUTE

Tonton Macoute (Repertoire, 1971) – 7

TRADER HORNE

Morning Way (See for Miles, 1970) – 8

TRAFFIC

John Barleycorn must Die (Island, 1970) – 8

TUDOR LODGE

Tudor Lodge (Si-Wan, 1971) – 8

TYRANNOSAURUS REX

A Beard of Stars (A&M, 1970) – 7

UNIVERIA ZEKT (Fra.)

Les Unnamables (Musea, 1971) – 7

URBAN SAX (Fra.)

Urban Sax (EPM, 1977) – 8
Urban Sax 2 (1978) – 8

VAN DER GRAAF GENERATOR

The Aerosol Grey Machine (Repertoire, 1969) - 8
The Least we Can do is Wave to each other (Charisma, 1969) – 10
H to He who am the only one (Charisma, 1970) – 10
Pawn Hearts (Charisma, 1971) – 10
Godbluff (Charisma, 1975) – 10
Still Life (Charisma, 1976) – 10
World Record (Charisma, 1976) – 8
The Quiet Zone/The Pleasure Dome (Charisma, 1977) – 8

WEIDORGE (Fra.)

Weidorge (Musea, 1978) – 7

WHITE NOISE

An Electric Storm (Island, 1969) – 10

WHO (THE)

Who’s next (Polydor, 1971) – 8

WIGWAM (Finl.)

Tombstone Valentine (Love, 1970) - 8
Being (Love, 1973) – 8
Nuclear Nightclub (Virgin, 1975) – 8

WISHBONE ASH

Wishbone Ash (1970) - 7

WOLF

Canis Lupus (1973) – 7
Saturation Point (1973) – 7

YES

Time and a Word (Atlantic, 1970) – 7
The Yes Album (Atlantic, 1971) – 9
Fragile (Atlantic, 1971) – 7
Close to the Edge (Atlantic, 1972) – 9
Tales from Topographic Oceans 2xCD (Atlantic, 1973) – 9
Relayer (Atlantic, 1974) – 9
Going for the One (Atlantic, 1977) – 7
Tormato (Atlantic, 1978) – 7

YOCHKO SEFFER (Fra.)

Ghilgoul (Musea, 1978) – 7

ZAO (Fra.)

Shekina (Musea, 1975) – 8
Kawana (Musea, 1976) – 8

Z N R (Fra.)

Barricade 3 (Recommended, 1977) – 9
Traite de Mecanique Populaire (Torak, 1977) – 8

Entre parênteses, a seguir ao título: editora da reedição em CD e data de edição original. Quando não consta o nome da editora é porque o disco não faz parte da minha colecção.

Alguns discos fundamentais do Progressivo foram gravados ainda nos anos 60, daí a sua inclusão nesta lista. Outros apenas indirectamente se relacionam com o progressivo (Nick Drake, Sparks, etc)

Não foram considerados álbuns de bandas folk como Fairport Convention, Pentangle, Steeleye Spanm Spriguns, Malicorne, Mélusine, la Bamboche, etc que serão objecto de outra lista.

+ (não ouvidos na íntegra, c/* - os mais interessantes)

Andy MacKay: In Search of Eddie Riff (1974) *
Aquila: Aquila
Atomic Rooster: Death walks behind you (1970) *
Alan Bown (The): Listen (1970)
Bakerloo: Bakerloo
Battered Ornaments: mantle Piece (1969)
Black Widow: Black Widow (1970)
Blonde on Blonde: Rebirth (1970)
Centipede: Septober Energy (1971) *
Chris Squire: Fish out of Water (1975)
Claire Hamill: One House left Standing (1971)
Clear Blue Sky: Clear Blue Sky (1971)
Clifford T. Ward: Home Thoughts from Abroad (1973)
Curved Air: Midnight Wire (1975)
Decameron: Third Light (1975)
Deep Purple: Deep Purple in Rock (1970)
Dr.Z: Three Parts to my Soul (1971)
Every Which Way: Every Which Way (1970)
Free: Fire and Watwer (1970)
Fruup: Future Legends (1973)
Fruup: Prince of Heaven’s Eyes (1974)
Fusion Orchestra: Skeletons in Armour (1973) *
Gilgamesh: Another Fine Tune you’ve got me into (1978)
Gravy Train: Gravy Train (1970) *
Gravy Train: ballad of a Peaceful Man (1971)
Greatest Show on earth (The): The Going’s Easy (1970) *
Greenslade: Grenslade (1973)
Help Yourself: Help Yourself (1971)
High Tide: High Tide (1970)
Ian Matthews: If yow Saw through my Eyes (1971) *
If: If (1970) *
Incredible String Band (The): “U” (1970) *
Isotope: Illusion (1974)
Isotope: Deep End (1976) *
Jackson Heights: King Progress (1970)
Jonesy: Growing (1973) *
Keef Hartley Band: Little Big Band (1971)
Killing Floor: Out of Uranus (1970)
Man: Man (1970)
Manfred Mann Chapter Three: Manfred Mann Chapter Three (1969) *
Manfred Mann Chapter Three: Manfred Mann Chapter Three, vol. 2 (1970) *
Manfred Mann’s Earthband: Solar Fire (1973)
May Blitz: May Blitz (1970)
Nektar: Journey to the Centre of the Eye (1972)
Nektar: A Tab in the Ocean (1974)
Nice (The): Five Bridges Suite (1970)
Nice (The): Elegy (1971)
Nirvana: Local Anaesthetic (1971)
Nucleus: Belladonna (1972)
Nucleus: Labirynth (1973)
Patto: Patto (1970)
Plainsong: In Search of Amalia Earhart (1972) *
Procol Harum: Grand Hotel (1973)
Quatermass: Quatermass (1970)
Quiet Sun: Mainstream (1975)*
Quintessence: Quintessence (1970)
Ramases: Space Hymns (1971)
Rare Bird: As your Mind Flies by (1970) *
Refugee: Refugee (1974)
Rock Workshop: Rock Workshop (1970) *
Room: Pre-Flight (1970) *
Sallyangie: Children of the Sun (1968)
Savoy Brown: Raw Sienna (1970) *
Skin Alley: Skin Alley (1969)
Spontaneous Combustion: Spontaneous Combustion (1972)
Spring: Spring (1971)
Steve Howe: Beginnings (1975)
String Driven Thing: The Machine that Cried (1973)
Supertramp: Indelibly Stamped (1971)
Tempest: Tempest (1973)
Uriah Heep: Salisbury (1971)
Warm Dust: Peace for our Time (1971) *
Wild Turkey: Battle Hymn (1971)
Wishbone Ash: Pilgrimage (1971)
Wishbone Ash: Argus (1972)

+

sob investigação e c/boas referências

Aardavark, A-Austr, Accolade, Andromeda, Andwella’s Dream, Andy Roberts, Arcadium, Asgard, Back Door, Blossom Toes, Bramstoker, Bread, Love & Dreams, Byzantium, Jimmy Campbell, Capability Brown, City Waites,
C.O.B., Cosmic Eye, Daylight, J. S. D. Band, Design, Esperanto, Gile’s Farnabys Dream Band, Gary Farr, Fields
Frogmorton, Galliard, Gothic Horizon, Hedgehog Pie, Home, Julian’s Treatment, Madrigal, Marsupilami, Tony McPhee, Morgan, Motherlight, Natural Acoustic Band, Northwind, Oak, Oberon, Principal Edwards Magic Theatre
Renia, Andy Roberts, Samurai, Seventh Wave, Siren, Still Life, Solid Gold Cadillac, Roger Ruskin Spear, Sun Also Rises, Swan Arcade, Synthanesia, Tear Gas, Toe-Fat, Tractor, Unicorn, Vulcan’s Hammer, Way We Live (The), Web (The), Wooden O, Zygoat

Nota: nesta última relação constam, paradoxalmente, bandas folk que eu próprio adoraria conhecer (Bread, Love & dreams, C.O.B., Natural Acoustic Band, The City waites, JSD Band, Swan Arcade...) dentro do espírito do Progressivo.

saudações

FM




17.2.12

NWW List: Cromo #39 - David Cunningham - "Grey Scale"


Quem não se lembra dos Flying Lizzards, e da sua obra-prima homónima de 1979, que incluía o êxito "Money". David Cunningham era o homem por detrás desse grupo e antes, em 1977, editou a solo este "Grey Scale" onde já se adivinhavam os sues dotes de compositor e, sobretudo, produtor, tendo posteriormente vindo a trabalhar com inúmeros outros grupos, como os This Heat, só para citar um dos preferidos aqui de casa.
Apreciem o talento precoce de David, escutando atentamente este álbum.



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14.2.12

Livros sobre música que vale a pena ler (e que eu tenho, lol) - Cromo #12: Luís Pinheiro de Almeida e João Pinheiro de Almeida (Direcção) - "Enciclopédia da Música Ligeira Portuguesa"


autor: Luís Pinheiro de Almeida e João Pinheiro de Almeida (Direcção)
título: Enciclopédia da Música Ligeira Portuguesa
editora: Círculo de Leitores
nº de páginas: 412
isbn: 972-42-1660-8
data: Julho de 1998


sinopse:
Também por meio de canções pode ser contada a história de povos e países. Se, nesta matéria, a França é uma regra e um exemplo, por ser pátria de cantores e autores que fizeram a crónica viva do seu tempo, Portugal não é propriamente uma excepção.
Com efeito, é possível reconstituir os momentos angulares do percurso colectivo dete país de canções que, em fases históricas bem determinadas, operaram as sínteses fundamentais, registando e transmitindo a alegria, a tristeza, o sonho, o medo ou a vocação da quimera.
Desde os fados de inspiração anarco-sindicalista do princípio de século até ao canto de intervenção que precedeu e se sucedeu à Revolução do 25 de Abril, passando pela música ligeira de inspiração italiana, francesa ou latino-americana que marcou as décadas de 40, 50 e 60, longo, diversificado e complexo foi o caminho percorrido, ao longo destas quase dez décadas, pela música portuguesa não erudita. Muitas canções fizeram a época, não só por terem correspondido ao gosto que nelas foi predominante, mas também porque contribuíram para se deixar feito o registo da nossa História.
Com a sua breve duração, que raramente excede os três minutos, a canção, em Portugal como no mundo, é, talvez, o principal suporte da cultura de massas. Após a II Guerra Mundial, e mais acentuadamente a partir de meados dos anos 60, a utilização generalizada dos giradiscos permitiu a largas camadas das populações urbanas, sobretudo as mais jovens, terem acesso a formas de expressão musical ligeira que eram, ao mesmo tempo, emblema e símbolo de formas colectivas de ser e de estar.
Portugal, obviamente, não escapou a esta regra, mesmo considerando o facto de, durante quase cinco décadas, ter vivido em regime de ditadura. A canção, no nosso país, fez política mesmo quando afirmou a pés juntos a sua liminar recusa de qualquer forma de intervenção cívica. A canção fez história, mesmo quando se recusou a aceitar que a tenha feito. A canção transformou-se em suporte sensível da nossa memória e do nosso imaginário, mesmo quando, reivindicando a humildade e a modéstia da sua dimensão cultural, quis ser somente efémera, fugaz e condenada ao esquecimento. A canção, afinal, tomou sempre partido, mesmo quando, por omissão ou dissimulação, fingiu não o tomar, porque, como bem assinala a etnomusicóloga Victoria Sau, «historicamente, as canções não são só documentos vivos, sinceros e palpitantes, de factos ocorridos, mas também reflectem os estados de boa ou má vizinhança entre as pessoas ou as regiões». Ou seja, a canção toma sempre partido, mesmo quando aqueles que a criam e difundem supõem ou defendem o contrário.
Se canções como «Angola é Nossa» ou «Grândola Vila Morena», em campos políticos e ideológicos diametralmente opostos, constituem momentos referenciais da intervenção política através da música, muitas outras houve e há que, sem nunca terem incorporado nos seus textos qualquer expressa referência política, contribuíram para perpetuar estados de espírito e situações sociais que uns pretendiam ver mudados e outros não.
Situado no extremo ocidental de um continente a transbordar de História, de cultura e de memória, Portugal ficou imune às influências estéticas e de gosto provenientes de outros países. Fomos claramente influenciados pela canção romântica italiana, pela música de opereta francesa e alemã, pelo reportório sentimental de países como a Venezuela, o Brasil ou o Uruguai. Muitos cantores e autores portugueses interpretaram e criaram canções seguindo, mais ou menos assumidamente, figurinos estrangeiros. A verdadeira canção portuguesa foi apenas a matriz tradicional, a canção etnográfica, o canto nascido da memória da terra, que através das exemplares recolhas de Michel Giacometti e Fernando Lopes-Graça, tanto veio a influenciar a prática musical de cantores e de grupos surgidos após o 25 de Abril, confirmando o que diz o musicólogo espanhol Felipe Pedrell, quando defende que «todas as canções são inspirações sucessivas de uma inspiração primeira, que foi a canção natural».
Mas nem sempre só estas influências são dignas de registo. Também a canção de texto francesa marcou profundamente o trabalho criador de cantores-autores que se afirmaram na segunda metade da década de 60, trilhando o caminho aberto por José Afonso. Do mesmo modo, a música pop anglo-americana daquela década foi determinante para trabalho de grupos que, em Portugal, cantavam à maneira dos Beatles, dos Searchers, dos Beach Boys, dos Rolling Stones ou dos Credence Clearwater Revival. Já em meados da década de 80, o pop-rock da mesma origem influenciou todo o movimento do chamado rock português.
Imunes não ficámos também à influência da obra de grandes cantores-autores brasileiros, de Tom Jobim a Chico Buarque de Holanda, passando por Caetano Veloso ou Ivan Lins. De igual modo nos influenciou a canção latino-americana de texto de um Daniel Viglietti ou de um Atahualpa Yupanki, ou a música da Trova Nueva, de Cuba.
Quer isto dizer que nunca vivemos isolados, mesmo quando eram parcos os sons e as notícias que nos chegavam do mundo à nossa volta. Também, em matéria de música, sempre fomos de algum modo cosmopolitas, seguindo modas, copiando figurinos, imitando modelos, à semelhança do que aconteceu na literatura, no cinema, no teatro ou nas artes plásticas. Desse modo, ganhámos muito mais do que perdemos. Enriquecemo-nos em vez de nos despojarmos. E, mesmo quando aparentemente comprometemos a nossa identidade, ganhámos em visão do mundo e em maturidade.
Português mesmo ficou apenas o fado, forma de folclore urbano que, à semelhança do tango argentino, elegeu como temas centrais o ciúme, a tristeza, a nostalgia, o desamparo, a noite, a traição, a pobreza e a viagem, ou não fossem ambos produtos culturais de zonas portuárias onde os sentimentos-limite e as grandes inquietações ancestrais atormentam quem chega e quem parte, abrindo-se aos ventos do mundo. Ao fado, como ao tango, poderá aplicar-se aquilo que Lorde Byron um dia escreveu sobre a felicidade e a memória: «A memória de uma felicidade já não é felicidade; a memória de uma dor ainda é uma dor.»
A enciclopédia que agora se publica vai permitir fazer um balanço, ainda que não exaustivo, do que foram estas décadas ditas por música, do que tem sido este povo traduzido em canções, do que tem sido a nossa história transformada em letra e música.
Se se perguntar a alguém qual a forma de expressão artística que, de forma mais imediata, associa a um momento crucial da sua vida, é quase certo que escolherá a canção. Talvez por ser mais simples, mais impressiva, mais emotiva, mais susceptível de abrir sulcos na areia fina da memória. Os filmes sobre a Guerra do Vietname são sempre pontuados pelas canções da época, sejam elas dos Bufallo Springfields ou dos Jefferson Airplane. Também as de José Afonso, dos Sheiks ou mesmo de António Calvário ou de Madalena Iglésias ficariam indelevelmente ligadas aos filmas que, em Portugal, fossem capazes de evocar as guerras do Ultramar.
Sem discriminações, este ambicioso e vasto trabalho de equipa vai constituir-se como um instrumento de trabalho para sociólogos, musicólogos, historiadores da cultura ou mesmo investigadores literários. Com as suas 400 entradas, vai ajudar-nos a ganhar distância crítica relativamente a uma forma de expressão musical que se assume como o registo ao mesmo tempo transitório e perene do que tem sido a História deste país, neste século, contada através do som dos fadistas, dos cantores de intervenção, dos guitarristas, dos cantores e músicos rock, dos cantores românticos, dos cantores de feira, dos cantores de emigração e de tantos outros que fizeram da canção a sua forma singular de estar no mundo, independentemente de critérios valorativos de natureza estética, ideológica ou cultural.
Amália Rodrigues, José Afonso, Hermínia Silva, Alfredo Marceneiro, Carlos Paredes, Rui Veloso, Pedro Abrunhosa, Carlos Ramos, Estevâo Amarante ou Tony de Matos são hoje nomes referenciais de um longo percurso colectivo que, à margem do espartilho dos preconceitos, contribui para que compreendamos com maior clareza quem fomos, o que quisemos, o que sonhámos, o que sofremos e o que construímos ou destruímos ao longo de quase dez décadas de História contemporânea. Esta Enciclopédia da Música Ligeira Portuguesa será, seguramente, sob a exemplar coordenação de Luís Pinheiro de Almeida, crítico sério estudioso do fenómeno musical ligeiro e popular, um livro de referência que a cada passo se abrirá ante os nossos olhos, carregados de som e de sentido, para melhor nos apercebermos de que Portugal se disse também a cantar

José Jorge Letria
Cascais, Julho de 1995




11.2.12

NWW List: Cromo #38 - Cro Magnon - "Orgasm"


Álbum que podemos enquadrar no movimento do rock progressivo que por terras de sua majestade despontou nos finais dos anos 60 e inícios dos 70s. Mas este é um progressivo muito especial, mais ainda se tivermos em atenção a data da sua feitura, 1968. Muita da música incorpora ainda alguns dos tiques que haveriam de fazer furor apenas alguns anos mais tarde, tais como a inclusão maciça de electrónica, a utilização do "noise" industrial antes de se começar sequer a pensar nisso, além de tópicos rigorosamente heavy/black metal, também ainda em gestação.
Um álbum inovador de pioneiros da música do século 20. A ouvir sem qualquer tipo de hesitação.



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9.2.12

Listas do FM - Cromo #7: Os Melhores Álbuns de Krautrock


Discografia KRAUTROCK ANOS 70

Os álbuns seguintes foram ouvidos na íntegra e classificados de 0 a 10:

ACHIM REICHEL

Ehrolung (1975) - 8

ADELBERT VON DEYEN

Sternzeit (1978) - 5

AGITATION FREE

Malesch (1972) - 7
2nd (1973) - 8
Last (1976) - 8

AMON DÜÜL II

Phallus Dei (1969) - 8
Yeti 1970) - 10
Tanz der Lemminge (1971) - 9
Carnival in Babylon (1972) - 7
Wolf City (1972) - 10
Vive la Trance (1973) - 7

ANNEXUS QUAM

Osmose (1970) - 7
Beziehungen (1976) - 6

ASH RA TEMPEL/ASHRA

Ash Ra Tempel (1971) - 6
Schwingungen (1972) - 6
Seven up (1972) - 6
Join inn (1972) - 6
Starring Rosi (1973) - 7
Inventions for Electric Guitar (1974) - 8
Le Berceau de Cristal (1975) - 7
New Age of Earth (1976) - 8

BETWEEN

Dharana (1977) - 7

BRAINSTORM

Smile a while (1972) - 8

BRÖSELMASCHINE

Bröselmaschine (1971) - 5

CAN

Monster Movie (1969) - 8
Soundtracks (1970) - 8
Tago Mago (1971) - 9
Ege Bamyasi (1972) - 10
Future Days (1973) - 10
Soon over Babaluma (1974) - 8
Landed (1975) - 7
Unlimited Edition (1976) - 9
Flow Motion (1976) - 7
Saw Delight (1977) - 6

CLUSTER (& KLUSTER)

Klopfzeichen (1971) - 6
Zwei Osterei (1971) - 6
Cluster (1971) - 8
Cluster II (1972) - 9
Zuckerzeit (1974) - 10
Sowiesoso (1976) - 8
Grosses Wasser (1979) - 8

CLUSTER & ENO

Cluster & Eno (1977) - 8
After the Heat (1978) - 8

CONRAD SCHNITZLER

Blue Glow (1979) - 8

CORNUCOPIA

Full Horn (1973) - 9

COSMIC JOKERS (THE)

The Cosmic Jokers (1974) - 6
Galactic Supermarket (1974) - 6
Planeten Sit-in (1974) - 7

DOM

Edge of Time (1972) - 7

DZYAN

Time Machine (1973) - 8
Electric Silence (1974) - 8

EDGAR FROESE

Aqua (1974) - 7
Ypsilon in Malaysian pale (1975) - 7

EILIFF

Eiliff (1971) - 8

EMBRYO

Opal (1970) - 7
Embryo' s Rache (1971) - 8

EMTIDI

Saat (1972) - 7

EROC (JOACHIM H. EHRIG)

Eroc (1975) - 8

FAUST

Faust (1971) - 10
So Far (1972) - 10
The Faust Tapes (1973) - 10
Faust IV (1973) - 8

GILA

Free Electric Sound (1971) - 8

GILLE LETTMANN

Gilles Zeitschiff (1974) - 7

GROBSCHNITT

Rockpommel's Land (1977) - 6

GURU GURU

UFO (1970) - 7
Hinten (1971) - 8
Guru Guru (1973) - 8
Tango Fango (1976) - 5

HANS JOACHIM ROEDELIUS

Jardin au Fou (1978) - 7

HARMONIA

Musik von Harmonia (1974) - 9
DeLuxe (1975) - 10
Tracks & Traces (1976) c/Brian Eno - 8

HÖLDERLIN

Hölderlins Traum (1972) - 7

HOLGER CZUKAY

Canaxis (1969) - 7
Movies (1979) - 8

KLAUS SCHULZE

Irrlicht (1972) - 9
Cyborg 2xCD (1973) - 8
Picture Music (1974) - 7
Black dance (1974) - 6
Timewind (1975) - 9
Moondawn (1976) - 8
Mirage (1977) - 10
Body Love, Vol.2 (1977) - 7
X (1978) - 9

KRAFTWERK

Kraftwerk (1970) - 9
Kraftwerk 2 (1971) - 8
Ralf & Florian (1973) - 9
Autobahn (1974) - 10
Radio Activity (1975) - 8
Trans Europe Express (1977) - 8
The Man Machine (1978) - 8

LA DÜSSELDORF

La Düsseldorf (1976) - 8
Viva (1978) - 6


MICHAEL ROTHER

Flammende Herzen (1977) - 8
Sterntaler (1977) - 7
Katzenmusik (1979) - 7

MYTHOS

Mythos (1972) - 6
Dreamlab (1975) - 5

NEU!

Neu! (1972) - 9
Neu! 2 (1973) - 8
Neu! '75 (1975) - 9

NOVALIS

Banished Bridge (1973) - 7
Novalis (1975) - 6

ORGANISATION (proto-Kraftwerk)

Tone Float (1970) - 5

OUT OF FOCUS

Wake up (1970) - 5

PARZIVAL

Legend (1971) - 8

PELL MELL

Marburg (1972) - 7

PETER MICHAEL HAMEL

The Voice of Silence (1973) - 7
Nada (1977) - 7

POPOL VUH

Affenstunde (1971) - 8
In den Gärten Pharaos (1972) - 7
Hosianna Mantra (1973) - 8
Brüder des Schattens Söhne des Lichts (1978) - 7

PYROLATOR

Inland (1979) - 8

RELEASE MUSIC ORCHESTRA

Life (1974) - 8
Garuda (1975) - 8

SAND

Golem (1974) - 8

SERGIUS GOLOWIN

Lord Krishna Von Goloka (1973) - 6

TANGERINE DREAM

Electronic Meditation (1970) - 7
Alpha Centauri (1971) - 7
Zeit (1972) - 8
Atem (1973) - 7
Phaedra (1974) - 10
Rubycon (1975) - 9

WALLENSTEIN

Blitzkrieg (1972) - 7
Mother Universe (1972) - 7
Cosmic Century (1973) - 6
Stories, Songs & Symphonies (1975) - 7

WALTER WEGMÜLLER

Tarot (1973) - 7

WITHÜSER & WESTRUPP

Trips + Träume (1971) - 6
Der Jesus Pilz (1971) - 7

XHOL

Motherfuckers GmbH & Co. (1972) - 6

YATHA SIDHRA

A Meditation Mass (1973) - 7

+ (não ouvi, mas com boas referências na enciclopéia A CRACK IN THE COSMIC EGG)

AERA, BRAINTICKET, BRAVE NEW WORLD, COZMIC CORRIDORS, CREATIVE ROCK, WOLFGANG DAUNER, DUDE DURST, EDEN, EJWUUSL WESSAHQQAN, ELECTRIC CIRCUS, ELECTRIC SANDWICH, EPIDERMIS, ET CETERA, EXMAGMA, EX OVO PRO, GÄA, GALACTIC EXPLORERS, GOMORRHA, IBLISS, ISLAND, KALACAKRA, JÜRGEN KARG, ROLAND KAYN, KOLLEKTIV, KRAAN, LAVA, LILIENTAL, MASCHINE Nr.9, McCHURCH SOUNDROOM, METROPOLIS, MOTHERHOOD, NINE DAYS WONDER, OM, OPEN MUSIC, OS MUNDI, PLANES, RHYTHMUS-ARP-ENSEMBLE, SAHARA, SATIN WHALE, SUBJECT ESQ., THIRSTY MOON, TOMORROW’S GIFT, VIRUS, WIRED, ZYMA




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