29.2.12

Zeuhl - Parte 3 - O Legado (sub-parte 4/5)


Resonance II

Uma banda obscura com pitada de Zappa numa fusão instrumental com temperos Zeuhl, tudo isto misturado com folk e arranjos estranhos. O seu álbum faz jus ao título “Todas as Direcções”...
TOUTES DIRECTIONS (LP: Cabana CA 94272) 9-15/4/84 1985
Jean Wittman (bateria, percussão), Yannick Dungler (baixo), Alain Fabre (guitarra, sintetizador), Richard Chapoy (saxofones, sintetizador).


Shub Niggurath

Entre as bandas mais inovadoras e originais a emergir do Zeuhl, os Shub Niggurath, que tiraram o seu nome dos textos do escritor de novelas de terror H. P, Lovecraft, para além de utilizarem a excuridão da sua literatura como inspiração para as suas letras e inventividade musical bizarra.
A questão é, quantas bandas conhece você com um escocês no saxofone soprano e no trombone? Na música dos Shub Niggurath, o bizarro casa-se inesperadamente com uma música que podemos comparar à dos Magma, era UDU WUDU, a que a banda juntava outros sons como uma mistura esquisita de Stravinsky e King Crimson, era Fracture, para além de várias outras espécies de elementos. A sua cassete de início (que era para ser apenas uma demo) impressionou tanto toda a gente, que a editora especializada Musea pretendeu de imediato lançar um álbum. LES MORTS SON VITE foi uma lufada de ar fresco na altura, quando a boa música começava a rarear, assinalando o nascimento de uma nova onda de Zeuhl que provocou ondas de choque em todo o mundo.
Infelizmente, assim que a sua fama se começou a espalhar, a banda começou a separar-se, primeiro o baterista saiu, depois o guitarrista, seguindo-se Ann Stewart. Um novo baterista com a intensidade feérica de Franck Coulaud submergiu-os, e assim uma mudança no seu estilo musical tornou-se inevitável. Decidiram tornar-se mais avantgarde, o que surpreendeu tudo e todos, especialmente devido ao facto de a sua nova vocalista, Sylvette Claudet ter um estilo mais compatível com o jazz. Ainda eram Zeuhl no seu âmago, mas sem muitas das estruturas usuais do rock e jazz, os Shub Nigguarth tardios são um grupo desafiante, e uma ilha no meio do oceano musical da altura.
SHUB NIGGURATH (MC: SN 6153) 198?
LES MORTS VONT VITE (LP: Musea FGBG 2002) 3/86 1986 (CD: Gazul GA 8613.AR) «2 faixas de bónus» 1997
LIVE (MC: Auricle AMC 035) 13/1/89 1989
C’ÉTAIENT DE TRÈS GRANDS VENTS (CD: Musea FGBG 4042.AR) 11/90-1/91 1991
Alain Ballaud (baixo), Franck Coulaud (bateria), Franck W. Fromy (guitarra, bateria, electrónica), Jean-Luc Hervé (pianos, órgão, harmonium), Ann stewart (vozes), Véronique Verdier (trombone, percussão), Sylvette Claudet (voz), Michel Kervinio (bateria), Jean-Pierre Lourdeau (voz), Edward Perraud (bateria).


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Sleaze Art

Originalmente um simples encontro de cinco baixistas, concretamente Alain Ballaud (Shub Niggurath) e Kaspar T. Toeplitz (Clystere), tocavam a música Zeuhl da forma mais livre do planeta. As raízes podem ser encontradas nos trabalhos experimentais de baixo de Jannick Top e Bernard Paganotti, apesar de nos Sleaze Art o elemento musical ser muito minimal.
SLEAZE ART (MC) 1987
A DEMI-MORT / HALF ALIVE (MC: Underground SUB 15) 1988 1989
ILLUMINATION ROUNDS (CD: Vice V1) 19??
Alain Ballaud (baixo), Christos Carras (baixo), Pierre Quesnay (baixo), Pierre-Gédéon Monteil (baixo), Kaspar T. Toeplitz (baixo).


St.-Erhart

Muito mais uma banda típica do Progressivo Francês do que a maioria das bandas aqui, eles apresentam tiques notáveis de Magma e um estilo suave e espacial.
PAPRIKA (LP: Omega Studio OM 67020) 11/80 1981
Philippe Geiss (saxofones tenor/alto/soprano, maracas), Emmanuel Sejourné (pandeireta, marimba, piano, campainhas), Claude Boussard (baixo), Gilles Fontan (bateria, campainhas, triângulo, vibrapalmas), mais convidados.


Bernard Szajner

Um sintesista, hoje em dia mais conhecido como designer da harpa-laser (utilizada nos concertos de Jarra), gravou originalmente um álbum como “Zed” em que fundia música complexa, sintetizada por um sequenciador, com características Zeuhl e aparecendo como um género muito original. Foi um sucesso, e assim, depois, ele começou a editar álbuns sob o seu próprio nome. Alterando o assunto a tratar da ficção científica para um conceito anti-encarceramento de apoio à Amnistia Internacional, o que lhe trouxe resultados um pouco medianos, com o lado A, apesar disso, ainda impressionante. O anterior cantor dos Magma, Klaus Blasquiz, adicionou vocalizações processadas esquisitas e gargarejos em ambos estes álbuns.
Não completamente Zeuhl, o álbum seguinte de Szajner, SUPERFICIAL MUSIC, foi uma extraordinária mistura e desconstrução de VISIONS OF DUNE, envolvendo loops, fitas magnéticas a correr a uma velocidade errada, etc. Depois disso, mais uma mudança de carreira para tentar ser uma espécie de Gary Numan francês!
Zed – VISIONS OF DUNE (LP: Initial Recording Co. IRC 003) 1979 (CD: Spalax 14547) 1999
SOME DEATHS TAKE FOREVER (LP: Pathé 2C 070-14863) 1980 (Initial Recording Co. IRC 005) 1980 (CD: Spalax 14545) 1999
SUPERFICIAL MUSIC (LP: Initial Recording Co. IRC 008) 1981
Bernard Szajner (sintetizadores, vocoder, sequenciador), Colin Swinburne (guitarra), Clement Bailly (bateria), Hanny Rowe (baixo), Klaus Blasquiz (voz), Annanka Raghel (voz) + Pierre Chavez (guitarras), Marc Geoffroy (pianos, sintetizador), Bernard Paganotti (baixo), Michael Quatermain (voz), Alain Aguis (saxofone), Michael Rabinowitz (baixo).


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Transit Express


Uma banda obscura de jazz-rock e progressivo que muitas vezes flirtou com o Zeuhl, através de arranjos estilizados segundo aquele género musical. A sua mistura complexa de estilos progressivos foi sempre tipicamente francesa, mas eles estiveram no seu melhor e duma forma mais Zeuhl e jazzy (tipo ZAO e Potemkine) quando o violinista David Rose se lhes juntou no seu terceiro álbum.
De relativo interesse: De regresso, os membros dos Transit Express também tocaram na banda de David Rose (muito na veia de Didier Lockwood) e havia outra banda interconectada, chamada Blue Rose (que não ouvi) que pode ser digna de nota.
PRIGLACIT (LP: RCA Balance FPL1 0089) 7/75 1975
OPUS PROGRESSIF (LP: RCA Balance FPL1 0130) 1976
COULEURS NATURELLES (LP: RCA Balance PL 37020) 1977
Dominique Bouvier (bateria, percussão), Jean-Claude Guselli (baixo), Christian Leroux (guitarras), Serge Perathoner (teclados, sintetizador), David Rose (violino).


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Ulan Bator

Formados como o grupo de “extreme noise” Miss Marvel, cerca de 1993, os Ulan Bator desenvolveram uma música híbrida com contornos grunge e post-wave/new-wave.
Depois fundiram todos os estilismos Zeuhl, criando uma mistura feérica cheia de mudanças surpreendentes dentro do género musical em apreço neste artigo. Depois de um envolvimento com uma versão dos anos 90 dos Heldon, as edições mais recentes dos Ulan Bator foram surpreendentemente numa outra direcção, completamente diferente!
ULAN BATOR (CD: DSA CDSA54038) 1995
EP (CDEP: DSA CDSA54043) 1996
Amaury Cambuzat, Olivier Manchon, Franck Lantignac


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Pwd: SirensSound.blogspot.com





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