Mondo Bizarre
Revista / Magazine
A4 - papel de jornal - a corres capa e contracapa
48 páginas
Publicação Trimestral
Distribuição Gratuita
Ano VII
Nº 25
Março de 2006
POP DELL’ARTE
Arriba Avanti?
Há um grupo de admiradores que “ainda tem um sonho a dois” com os Pop Dell’Arte, quando aguarda que o longamente esperado (e prometido) regresso aos álbuns de originais seja um dia realidade. Entretanto, os novos fãs têm agora um documento fundamental para que conheçam a mais interessante das aventuras pop nacionais, numa altura em que esta celebra duas décadas de fascínio (e de muita diletância).
Na história da música popular não é propriamente hábito que uma compilação de êxitos, passe o eufemismo, saia numa fase activa e empenhada do artista em questão. Na verdade, porém, tudo indica que é desta que os Pop Dell’Arte readquiriram a vitalidade de outros tempos, demonstrando um empenho notável, facilmente testemunhável nos grandiosos concertos que a banda tem dado recentemente. Por outro lado, uma visão mais desapaixonada dirá que a compilação é ela própria um objecto essencial para que possam ser marcados mais concertos, para que através deles se adquira ritmo, para que se retome em definitivo a revolução pop que o grupo iniciou há vinte anos. E do lado do público que perdeu o acesso aos álbuns e maxis, entretanto desaparecidos dos escaparates, mesmo depois das reedições fugazes de “Free Pop” e “Arriba Avanti Pop Dell’Arte”, também se agradecerá que se possa chegar aos temas que aparecem em “POPlastik”. Nem que seja por um curto espaço de tempo, até este “POPlastik” desaparecer de novo de circulação, todos ficarão a ganhar.
Num esforço relativamente tímido para fazer deste disco mais do que uma “mirada al passado”, há três temas novos, que pouca justiça ainda farão em relação ao que se deve ou não esperar destes Pop Del’’Arte actuais. Dois desses inéditos, “(J’ai Oublié) All My Life” e “No Way Back” (versão de um êxito da house de Chicago dos anos 80), estão claramente ligados às pistas de dança, algo que esperaríamos mais por volta de um álbum como “Ready Made” e menos nesta altura em que os concertos até têm um cunho vincadamente rock. Mais bem conseguido, “Stranger Than Summertime” aponta por seu turno para o lado mais soturno dos Pop Dell’Arte, com o som sensual de um contrabaixo a conduzir os nossos sentidos por ambientes escuros e fumarentos. Na escolha dos clássicos, houve uma clara aposta nos singles e maxis da primeira fase dos Pop Dell’Arte, posteriormente recolhidos em “Arriba Avanti…”, que é aqui quase integralmente recuperado , e uma distribuição equilibrada por cada um dos álbuns, não faltando uma referência por ventura excessiva, por ser mais recente, ao EP “So Goodnight”. E, calro, cada um dos fãs de há longo tempo terá sempre a sua objecção particular ao alinhamento. Aqui, por exemplo, lamenta-se a falta de “Juramento Sem Bandeira”, manifesto idealista aclamado pelas vozes unidas, como num aparente pacto de sangue, de João Peste e Adolfo Luxúria Canibal, as duas figuras mais marcantes do underground do rock lisboeta que na segunda metade dos anos 80 montava quartel em Campo de Ourique. Significava muito do que os Pop Dell’Arte, João Peste e a Ama Romanta foram e, espera-se, serão
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