24.7.19

Ex-Votos - "Vai à Mão" (Cassete, 1991) Not On Label


Ex-Votos ‎– Vai Á Mão 
Label: Not On Label ‎– none
Format: Cassette
 Country: Portugal
Released: 1991
Genre: Rock Style: Post-Punk

Cassete rara de 1991







mp3 (faixa a faixa) disponível para envio, sob solicitação por email.




19.7.19

Pérolas e Preciosidades Portuguesas - José Valor - "Fonóplia"


José Valor
José Manuel da Cruz Cardoso
Músico português de Viseu que fez parte das bandas dos anos 80:
Bastardos do Cardeal, Centro De Pesquisas Ruido Branco, Lucretia Divina, Major Alvega
(b. 06.01.1964 / d. 05.12.2004 - R.I.P.)

Editou a solo duas cassetes, pela editora Laboratório:
Fonóplia e Fonóplia 2 (ambas em 1990)

Fica aqui a Fonóplia








15.7.19

Pérolas e Preciosidades - Ocaso Épico (cont.)



Artigo que saiu no jornal LP
páginas 22 e 23
Nº ?
Data ?


Jornal LP
Nº ????
Data ????
Página 22 e 23 

OCASO ÉPICO

Esta é uma realidade completamente ficcionada e os nomes de pessoas não foram alterados, contendo uma visão puramente emocional e especulativa, sobre o assunto.
Trata-se duma cassete, contendo material sonoro, capaz de vos surpreender, tal como me sucedeu a mim.
É do amanhã que a coisa trata.
Preso por ter cão e preso por não o ter, o projecto musical de Carlos Farinha tem sido, em meu entender, tomado como uma abordagem leviana das mais actualizadas correntes musicais de vanguarda.
Um olhar ao passado, aponta para uma personalização constante do percurso musical do colectivo Ocaso Épico.
A escola musical da corrente de que Farinha Master, outro dos alter-egos por que é conhecido o músico, pode reconhecer-se como a música saloia de vanguarda.
De Farinha e de todas as suas propostas já não há que esperar surpresas. Quer dizer, não havia até esta cassete me ter vindo parar às mãos. Deixo para discussões posteriores, vínculo especulativo desta afirmação.
A surpresa foi gerada nos quase sessenta minutos de aventura auditiva, impregnados de calor, sangue e nervos, enfim, como uma viagem que se inicia relutante e se acaba a voltar a fita para trás num incandescente desejo de ouvir de novo. Façam de conta que estão a sintonizar uma qualquer estação radiofónica marroquina – aqui, rádio macau – e predisponham-se então a viajar comigo.

O DESCONCERTANTE “MUITO OBRIGADO” DEU EM “DESPERDÍCIOS”

O chefe do estabelecimento prisional de Lisboa saúda-vos!
Depois, enquanto a fita passa, o chefe discursa. Marcial.
Ao longe, um réptil ácido geme. Alto.
Sejam bem-vindos. Outro gemido.
Palo alto-falante, percebe-se que a vida treme, algures filtrada em ruídos tecnológicos. Sintetizadores. Acordes repetidos com uma sabedoria e corrosiva ironia.
No entanto, bate um coração. Com pressa.
Primeira surpresa – a electrónica finalmente torna-se visceral. Ao estímulo sonoro, corresponde imediatamente uma resposta sensorial não intelectualizada. Ao coração acontece bater. Apressado.
Intervenção do locutor de serviço para anúncio das horas e respectivo discurso balofo… the more you live, the more you love. Pois. E quanto mais amas, mais aprendes.
Intervenção do convidado, aparecendo de surdina pelo canal esquerdo… e por isso voltas sempre. Masoquista.
Farinha tem sempre voltado. Sempre insistido. Mesmo depois de conhecer como irmãs, as ruas da amargura do isolamento, da ignorância e do desprezo.
“Muito Obrigado” foi a experiência que traçou o início da música saloia de vanguarda. Não entendam como leviano ou menos sério, este conceito. A designação tem sido ostentada pelo próprio líder dos Ocaso Épico. E é de facto, uma escola.
“Desperdícios” será, se chegar a ver edição, a sequência lógica e certeira do colectivo que o ano passado se estreou em disco grande. Todas as propostas esboçadas em “Muito Obrigado”, espraiam-se em flagrantes desperdícios, mais sérios, é claro e mais musicais.
Tão grave a surpresa que tive, que durante algum tempo, pus de parte “Disintegration”, dos The Cure.
“Desperdícios, a música tem delirantes momentos de arrebatamento. Mas acaba por ser isso mesmo, um desperdício: quem irá comprar os seus discos? Talvez as mesmíssimas pessoas que adquiriram o primeiro disco daquele colectivo.
Final da faixa. Entra de novo o locutor – no ar – cursor em baixo.
O homem está farto de levar lambadas…
Grita. Mas não é o grito habitual. O homem grita um lamento. Tapa o nariz com dois dedos e bate com a mão em gume na garganta. Qual é o mesmo exacto da formulação do primeiro vocábulo – surgiu do grito, da dor – qual a passagem do ligeiro distender dos músculos até à gestualização da primeira gargalhada. Nada é explicado nesta teia de sonorizações repetidas mimeticamente. Que magia poderá ter uma flauta ilustrando um lamento. Melodias paralelas. Inexistência quase total de harmonias.
Ocaso Épico, um caso brilhante de aprendizagem.

FARINHA MASTER LEVA-NOS À CERTA

Já ninguém (quer dizer, eu) já não acreditava que a música deste colectivo, por vezes meras experiências esboçadas em intenções-performance, pudessem constituir surpresa, só por si.
Em “Desperdícios” a música desliga-se finalmente da performance, da relação directa como o espectador e torna-se brilhante. Brilhante na maneira como torna acessível a linguagem musical, normalmente hermética, do projecto liderado por Farinha Master.
Brilhante na facilidade de colagem de elementos ideológicos, apenas pela pesquisa de sons humanos, algumas vezes traduzidos em linguagem memorizada por máquinas.
Brilhante, porque tudo isso se torna lógico.
Tudo cola. As peças condizem umas com as outras. Pelas razões contrárias, creio que David Bowie falhou a sua mais recente experiência, Tin Machine.
Ocaso Épico – pensava já num caso arrumado. Ouvia com a curiosidade do exótico. Ia ver com a sensação do pitoresco. “Desperdícios” deu-me uma lambada. Bem feito.
Carlos Farinha vive de dependências. Formalizadas no conjunto das personagens-músicos que o acompanham.
Se antes, (e “Muito Obrigado” é disso um bom exemplo), a música dos Ocaso Épico era funcional e actuante sobretudo no contacto directo com o espectador, neste caso de “Desperdícios” faz-se notar finalmente o colectivo, indirecto.
Pode ser que tudo saia da cabecinha do veterano aglutinador master Farinha, mas o discurso musical das diversas personalidades está lá. Distinto. Cada personalidade, cada músico, dispõe duma atitude emocional, duma intrincada rede de estímulos precisos que dão identidade e ao mesmo tempo unidade ao colectivo. O somatório das atitudes conjuntas fornece finalmente um resultado, uma obra singular pelo emaranhado de estados de espírito, a necessitar de resposta imediata. Situação que até aqui só tinha sentido durante os concertos – as “bocas”, a provocação directa era outra das dependências de que este colectivo necessitava para mexer a máquina. “Desperdícios” distanciava-se.
A música cria, só por si, referências miméticas. Farinha gostava (gosta) de ser provocado. O colectivo provoca. Farinha não é agressivo. O colectivo é. Em “Desperdícios”, finalmente o público, (eu, ouvinte) fui provocado. Significante e significado encontram finalmente expressão na música dos Ocaso Épico. O diálogo existe. O espectáculo é, passa a ser a situação “ao vivo”, sozinho, em casa…
Final de emissão. Aqui rádio macau, directamente de Agadir. Boa noite…

TEMPORIZAÇÕES COM…

Nesta nova fase da vida dos Ocaso Épico (fase editorial), continuam a frequentar-se as escolas minimais-repetitivas, da música serial, das diferentes abordagens de música contemporânea, aliadas a um personalizado dramatismo lusófono (sobretudo patente no discurso ideológico de Carlos Farinha), ou como lhe queiram chamar, mas o que de mais importante se respira é a fundamentação duma antiga brincadeira do líder Farinha – a música saloia de vanguarda que eu definiria, com alguma leviandade, como a síntese entre as escolas citadas e um certo tom brejeiro, muito querido do mentor deste projecto.
Querido Farinha. Quem te viu e quem te vê. Já ninguém dava nada por ti e vê só o que fizeste.
Dei três passos à caranguejo e meia dúzia de cangaru, com coice de burro, a colmatar.
Isto é a mais surpreendente ponte sobre o Guadiana que podiam ter inventado.
“Desperdícios” faz renascer a esperança numa verdadeira música moderna portuguesa, para lá dos rebanhos intelectuais, dedicando-se a ser simplesmente diferente.
É nessa diferença que o colectivo Ocaso Épico se assume como único no nosso país. Mesmo que essa diferença torne infinitamente pequena, a distância entre outros projectos análogos.
“Desperdícios” é um trabalho incomum.
Mesmo muito incomum.

João Pedro Costa









Discussão sobre este concerto neste post do facebook:
https://www.facebook.com/groups/79267872910/permalink/10157106128627911/
atenção: é necessa´rio aderir ao grupo Ocaso Épico para ter acesso ao conteúdo da discussão




10.7.19

Memorabilia: Audion #46 (feat.) Karlheinz Stockhausen


Revista / Fanzine
Audion
Nº 46
Verão de 2002
44 páginas A4 (A3 dobrado e agrafado ao meio) - brochado
Muito boa apresentação
Capa e Contracapa a 2 cores Creme / Preto
Interior a Preto e Branco




Índice



Chris Conway assiste...

3 Concertos de Stockhausen

Karlheinz Stockhausen Electronic Festival
no Barbican Centre, Londres
13 a 18 de Outubro de 2001

Decidi tratar-me bem e assistir a um fim de semana completo de Karlheinz Stockhausen. Tinha falhado o Hymnen, devido a estar a trabalhar na altura, mas havia ainda muito para ouvir. Para começar, o foyer tinha uma instalação sonora pelo membro dos Can, o Irmin Schmidt, aqui com o Kuomo. Sons electrónicos filtrados sobre um enorme número de altifalantes, espalhados por todo o espaço, o que realmente funcionava beme colocava os espectadores na onda para o festival. Também tinham o filme "In Absentia", pelos Quay Brothers com música (Zwei Paare) do Stockhausen (recentemente exibido na BBC) em loop permanente, numa sala pequena, o que era excelente - Eu vi-o uma série de vezes enquanto esperava pelos espectáculos. Raramente tenho visto filme e música tão bem combinados entre si.

Fui a três concertos em dois dias...

Cenas Da Luz
Não era para ter ido ver este espectáculo, mas estava sem nada para fazer e em Londres... e o bilhete era barato, apenas 6£. Também queria ver o génio do trompete, Markus Stockhausen, pois já não o via actuar há algum tempo, e sou grande fan. Karlheinz Stockhausen apareceu e deu uma explicação sobre o que iríamos assistir - vestido num fato branco e algumas hesitações no seu inglês, mas as suas notas foram importantes para interpretar o que iríamos ver e ouvir.
A primeira peça era para um solo de entrada de Markus, Entrance and Formula, pequenas peças da obra THURSDAY FROM LIGHT. Markus estava vestido de uma forma negligente em veludo azul e com uma camisola com o símbolo do Michael estampado. Alternando 4 diferentes silêncios obtendo um belo efeito. Depois foi a vez da peça para piano Klavierstuck X, que não conseguiu manter o meu interesse por muito tempo. Consigo perceber o ponto em utilizar as cordas sustenidas e em grupo, mas penso que a duração foi demasiado longa e, talvez apenas para mim, pareceu-me um pouco datado. Depois do intervalo veio então o grande tratado da tarde - Mission e Ascension para trompete e trompa tocados por Markus e uma muito bela Barbara Bouman. Estas peças são também de THURSDAY FROM LIGHT e eu estava familiarizado com elas através da edição de MICHAEL REISE para a ECM. Os protagonistas tocaram as partes à medida que tocavam a música e houve uma grande interacção entre eles, o que encantou a audiência. A última peça era estilisticamente não muito dissimilar pois também era para trompa (tocada por Suzanne Stevens) e flauta (Kathinka Pasveer) e era de MONDAY FROM LIGHT. De novo os intérpretes apareceram com vestimentas exóticas e tocaram e actuaram as várias partes através da música. Eu cometi o erro de não ter lido antecipadamente o programa acerca desta peça o que tornou muito difícil o acompanhamento da história.

Música Electrónica
Nessa mesma noite com apenas um pouquinho de tempo para beber uma vodka ou duas no bar, começou a performance de música electrónica, de um dos primeiros "estudos" de Karlheinz Stockhausen, de 1953, até Telemusic, de 1996. O Professor Stockhausen (quase parecendo um cientista) introduziu a primeira peça Electronic Study I (ele veio cá abaixo, saindo da mesa de mistura, para introduzir cada peça). Foi a primeira peça totalmente sintetizada a ser feita apenas a partir de ondas sinusoidais. Para mim foi mais de interesse académico assim como o Electronic Study II, que foi diferente devido à utilização de novas escalas e envelopes musicais. Foi interessante ouvir a explicação acerca das técnicas e do que está por trás do resultado final.
Depois foi a vez de uma peça que eu há muito andava à procura de ouvir ao vivo - Gesang Der Junglinge onde os sons electrónicos se misturam com uma voz juvenil e a primeira peça onde Karlheinz utilizou arranjos sonoros espaciais - de modo que os sons flutuavam à volta de toda a sala. Karlheinz recomendou a todos que fechassem os olhos quando ouvem música espacial e WOW! Confesso que subestimei o efeito 3D. Depois foi a vez de Telemusik, que utiliza world music como fonte sonora parcial e um anel de moduladores que fez, para muitos, um zunido de frequências - também usou o efeito espacial o que foi maravilhoso.
Depois do intervalo chegou o tempo de apresentar o mais pesado Kontakte, que tomou conta de toda a segunda parte. Utilizou pulsos electrónicos como a sua fonte de material e usou também efeitos rotacionais que Karlheiz Stockhausen gravou com um altifalante rotativo rodeado de microfones. Quanto à música achei-a um pouco seca, mas os seus efeitos 3D foram incríveis e têm de ser ouvidos para se acreditar. Ouvir um som de besouro a andar dentro da tua cabeça no sentido dos ponteiros do relógio, enquanto um som de um zumbido roda no sentido contrário é uma experiência realmente incrível.
Karlheinz foi muito simpático e desta forma consegui um autógrafo como um verdadeiro e triste fan. Também conheci o Markus que estava na audiência e obtive o seu álbum de duetos ao vivo CLOSE TO YOU (que é excelente e obtenível a partir do seu website www.markusstockhausen.com). Ele contou-me que não tinha planos para mais trabalhos com Terje Rypdal e que o último álbum que gravaram juntos foi todo gravado á primeira numa única sessão toda de seguida. Também não tem planos imediatos para um álbum futuro com o seu irmão Simon, o que é uma pena pois eles fazem grande música em conjunto. Um bom dia de audições e aquele buzzing está ainda dentro da minha cabeça a rodar, a rodar...

Sexta-Feira Da Luz
Há alguns anos eu fui ver THURSDAY FROM LIGHT na ópera e nunca mais o esqueci. Eu não gosto, em geral, do som da voz operática e fiquei agradavelmente surpreendido e não sendo muito estridente e não muito longe da ópera Kilingon. Foi uma performance quasi-concerto da obra e por isso os coros de adultos e crianças estavam pré-gravados em fita magnética. Os personagens principais desempenaram os seus papéis (soprano, baixo e barítono mais trompa e flauta) sobre um fundo de sons electrónicos e sons das cenas. Eu conhecia bem os sons de fundo pois tenho o CD de ELECTRONIC MUSIC AND SOUND SCENES FROM "FRIDAY FROM LIGHT". Mais uma vez, estava totalmente impreparado para os efeitos 3D, que transformam radicalmente a música. Os "sons de cena" que tinham lugar a cada 5 ou 10 minutos mais ou menos apareceram e ajudaram a marcar o ritmo de progressão da peça - na qual vozes são moduladas com outros pares de coisas (fotocópia / máquina de escrever, cão / gato, etc.). A única coisa estranha foi que com as cenas das crianças e com o coro final sem estar em palco, isso significou que uma boa parte da ópera que estava a ser apresentada não estava no palco, e assim foi-nos dito para fecharmos os olhos e usarmos a nossa imaginação. Eu não me importei, pois como disse, gosto da música e estava a curtir o som 3D, mas imagino que deveria ter sido bastante curioso para aqueles que são novições na audição das obras de Karlheinz Stockhausen. As cenas finais, quando todas as cenas sonoras estavam a tocar em simultâneo sobrepondo-se por todos os cantos, foi de cortar a respiração e fez-em compreender o quanto Karlheinz compõe no espaço. O stereo parece-em maçador a partir de agora.
No átrio encontrei-me com Irmin Schmidt que é uma pessoas simpática. Cometi alguns ligeiros erros (pois não estou familiarizado com o trabalho dos Can) por isso quando ele disse que era dos Can, eu percebi que ele tinha dito que era de Cannes - ele pareceu ficar curioso com a minha resposta de que devia ser um lugar adorável. A conversa mudou depois. Ele tem um álbum novo com o Kumo "Masters of Confusion", que é um álbum ao vivo. Em resumo, passei uns belos dias na terra da electrónica - havia montes de outras coisas a acontecerem no festival mas o que relatei foi o que vi - louvor para o Barbican por este programa aventureiro e por ter trazido Karlheinz Stockhausen e a sua equipa de volta a estas paragens.







The Audion #46 Top 10 New Releases
Arkham - Arkham (Cuneiform) CD
Embryo - Live 2001, Vol 1 (Schneeball / Indigo) CD
Eruption - Lava (Auricle) CDR
Fred Frith - Accidental (Fred R´R) CD
Goblin - Nohosonno (Cinevox) CD
The Muffins - Bandwith (Cuneiform) CD
NeBeLNeST - Nova Express (Cuneiform) CD
Rouge Ciel - Rouge Ciel (Monsieur Fauteux) CD
Univers Zero - Rhythmix (Cuneiform) CD
Volcano the Bear - Guess The Birds (Beta Lactam Ring) 10"






8.7.19

Folclore Impressionista - Campos Espectrais Vol. II (novos portugueses)












1.7.19

Memorabilia: Audion #47 (feat.) Nurse With Wound + Italian Rock: (Nouva Idea / New Trolls family tree)


Revista / Fanzine
Audion
Nº 47
Outono de 2002
40 páginas A4 (A3 dobrado e agrafado ao meio) - brochado
Muito boa apresentação
Capa e Contracapa a cores
Interior a Preto e Branco






Alan Apanha Alguns Nurses Perdidos!
Encontros casuais e automáticos com os Nurse With Wound, Alice The Goon & The Man With The Woman Face



As edições dos Nurse With Wound parecem aparecer em todos os formatos e tamanhos nestas dias, e também em diferentes estilos. Como sempre, Seteve Stapleton & Co., continua a sacar novos truques para fora das suas capas. O problema é, para mim pelo menos, que com tantas edições (não é uma queixa) absorver completamente tanta coisa de forma a que se possam fazer as críticas/recensões de forma competente. São precisas dezenas de escutas para conseguir desenvencilhar uma maneira de julgar um álbum e o que dizer dele. E, raramente uma edição dos Nurse With Wound é uma coisa simples de descrever! Habitualmente sendo arte-sonora (sound-art), em oposição a música normal, palavras descritivas de significado compreensível podem ser difíceis de conseguir.
Com uma tal matriz confusa de  de edições, é fácil ficarmos perdidos nela, e (que horror) perder alguma coisa importante. Assim, vamos andar um pouco para trás. As minhas mais recentes críticas de trabalhos de edições dos Nurse With Wound aqui na Audion, foram: WHO CAN I TURN ON TO STEREO (#37), ACTS OF SENSELESS BEAUTY (#38), A MISSING SENSE (#39) e AN AWKWARD PAUSE (#43); vamos em tão ver o que está em falta...
Bem, em primeiro lugar, há o reempacotado, remixado, remasterizado, e em versão extendida do primeiro trabalho dos Nurse With Wound (CHANCE MEETING OF A SEWING MACHINE... o qual não soa de todo bem para os meus ouvidos. Falando com Steve Stapleton ao telefone, ele disse "não foi possível de todo alterar alguma coisa nele, pois as fitas magnéticas multipista não existem", contudo, eu não fiquei convencido, visto que muitas das partes instrumentais estão muito vívidas e "trazidas para a frente da palete sonora", com o som a ser muito mais preciso e limpo. Pessoalmente, eu prefiria muito mais o LP ou CD originais, apesar do bónus da novela que se tinha com a leitura da "Nurse With Wound List".
Também remisturado e extendido foi THUNDER PERFECT MIND, remasterizado para ser editado como LP duplo (Streamline 1020) com uma faixa extra adicionada, e também editado pela United Dairies no formato CD (UD 040CD). No caso deste álbum, temos a razão oposta para preferir o original, pois este não soa tão limpo. Uma grande parte da clareza da mistura original perdeu-se, que uma boa parte daquilo que soava como instrumentos reais soa agora muito FM, muito digital. Eu devo-me estar a tornar um tipo muito exigente no que concerne a este tipo de coisas, pois não gosto também da faixa extra, "Miss Ticker".
No que parece ser um estábulo sem fim de remarketing está também a colecção estranha THE SWINGING REFLECTIVE (United Dairies UD 069CD) 2CD que é composto por um turbilhão que nos conduz a todas as coisas que não são exactamente Nursey! Colaborações com: Diana Rodgerson, Tony Wakeford, Legendary Pink Dots, Foetus, Current 93, Stereolab, William Benntt, Aranos, Coil, Wallis/Bogg, etc., misturas e remisturas, incluindo uma série de raridades, apesar de pouco essenciais para o já comprometido coleccionador dos NWW; será mais para o iniciado e raridades!

Mas agora o material real. Veremos que existem montes de novas boas edições dos Nurse With Wound a sair por aí...

NURSE WITH WOUND
FUNERAL MUSIC FOR PEREZ PRADO
(United Dairies UD 098CD) CD 78m
Uma série de miudezas a retalho, parcialmente composto pelos EPs YAGGA BLUES e SORESUCKER para aqueles que já os têm em CD, tendo como extras montes de outro material. Uma ideia estranha, na verdade. Gosto realmente da pequena inserção vocal entre os dois Yagga's "A nondescript man gets pregant and is consumed by a planet" - muito esquisito, ao estilo de David Lynch!
Funeral Music For Perz Prado (versão completa) por sua vez, é na verdade muito Aeolina String Ensemble, muito atmosférico ao estilo dos Ash Ra Tempel num território muito modo glissando estático, e não faz mais nada durante mais de 20 minutos realmente fixes. I Am The Poison parece inalterado em relação ao original, enquanto o seu lado B Journey Through Cheese é estendido consideravelmente em duração... bateria metálica, brocas, kjunk, kjunk, bang... e assim continua e continua... Realmente desafiador!

ALICE IN THE GOON
(United Dairies UD 081) CD/LP 30m
Se voltarmos atrás, à Audion #33, eu queixei-me que o "ALICE IN THE GOON EP... tinha desaparecido antes que alguém soubesse sequer que ele existia" e na Audion #34 revelei o motivo "Editado para um festival em França como uma edição extremamente limitada (um 12" de apenas um lado), foi feito para aborrecer os fans dos Nurse With Wound, pois é o seu melhor registo de há anos a esta parte. Um passo à frente em relação a Cooloorta Moon e tripando em terrenos mais cósmicos..."
Agora em CD (o vinil acho que está esgotado) toda a gente pode descobrir esta pequena maluquice: [I don't want to have] Easy Listening Nightmares (9´28) viaja para longe com um sax granuloso e groove jazzístico, enquanto efeitos fora do contexto voam á volta (muito Cooloorta) e é-nos assim reassegurado por quma qualquer donzela peculiar que "É tão fácil, querido, é tão fácil!" - sim, é - o meu tipo de música lounge! Prelude To Alice The Goon (12'51") é mais uma divertida, se não demasiado excêntrica, ela é o prelúdio para o último MAN WITH THE WOMAN FACE de muitas maneiras, com o seu revolteio dronístico em fundo, com guitarras abafadas ao fundo, conduzidas por por um ritmo percussivo que forma um quadro infeccioso, com o arrefecimento por vozes femininas bonitas e frágeis mutiladas.
Não damos nenhuma informação acerca de como é a faixa extra, de bónus, mas com apenas 7'25" ela poderia ter sido muito mais longa, com um sentido de vocalizações e vibrações cósmicas de som contido como o dos inícios dos Ash Ra Tempel, apesar de se notar logo que é distintivamente Nursey, ela actua como um coda para a calma.

SANTOOR LEENA BICYCLE
(United Dairies UD 053CD) CD 63m
Criado para uma exposição de arte, esta colaboração com Aranos, aparecece-nos ensanduichada entre duas peças de arte, com um programa da exposição em 3 dobras, tudo num saco de plástico resselábvel. Foram editadas apenas 50 cópias, vendidas a pelo menos £24,00 - e por isso teria de ser bom, e era!
Um pot-pourri total dos estilos dos Nurse, e mais, ele é um disco decididamente mais excêntrico para agradar também aos fans mais antigos do som dos NWW, mas com lotes de novas ideias a saltarem dele, desde o belo, ao trivial e totalmente insano, e ao cegamente entorpecente para os ouvidos. Um álbum impossível de recensear e criticar, na realidade, e completamente esgotado e fora de circulação nos dias de hoje.

MAN WITH THE WOMAN FACE
(United Dairies UD 0102) CD/LP 38m
Um novo álbum do corrente duo que compõe os NWW, designadamente Steven Stapleton e Colin Potter, este é um disco que de certeza vos irá surpreender e deliciar a todos.
Logo desde o início de Beware The African Moquito [Ring The Doorbell, Put You To Sleep] sabes que estás imerso por 13'14" de algo muito diferente, um novo Nurse With Wound: silêncio, para drone, rabiscos, "vrrt vrrt k-tunnn..." a escorrer, figas, "tilintares, gaguejos, boing bong..." drone "Espera só um segundo" (repete alguém como refrão), apenas aos 11 minutos recebemos o prometido enxame de insectos besourais. Enigmático, criativo, surpreendente, é tudo isso e muito mais. Uma espécie de visão estática dos terrenos pisados por SPIRAL INSANA.
Ag Canadh Thuds Sa Speir (8'37") tem um tom de zoada frugal que cresce, modifica-se (dobra-se e circula sobre si próprio) mudando completamente aos 5 minutos, quando entra um ritmo rock, cai, explode, faz!!!, antes de um pouco de rock psicadélico se ir sumindo para dar lugar a um violino a ser arranhado, rabiscos, buzzes, plonks, um violoncelo do avesso, e depois pára, mesmo antes de nós já estarmos à espera de tudo ficar completamentre freked-out. Uma pena.
Finalmente, White Light From The Stars In Your Mind [A Paramechanical Development] (15'48") título bem colocado tomar o texto de fundo de Kotrill de Pôle e de Paramechanical World dos Amon Düü (mas não nesta ordem), unificando estes textos num contexto totalmente diferente, como que crescendo parado, muito musical (para Nurse With Wound, entenda-se), crescendo numa batida percussiva, inchando com o seu decurso com banhos de electrónica, sons de órgão dispersos (muito "Wired") e arrebatamentos de cantos étnicos, morrendo à medida que o texto "Withe light.." é repetido sobre um sintetizador imitando umas cordas suspensas.
Uma edição brilhante, e muito diferente, surpreendente, de facto - sobre a qual quase toda a gente comenta "é um bocado curta, não é?" Bem, é melhor uma pequena jóia do que um grande balde de merda, digo eu!

AUTOMATING, VOLUME ONE
(United Dairies UD 053CD) CD 51m
AUTOMATING, VOLUME TWO
(United Dairies UD 054CD) CD 51m
Originalmente, Steve tinha a intenção de reeditar os dois LPs / volumes AUTOMATING (colecções de contribuições para compilações) como um duplo CD, incluindo como bónus AUTOMATING, VOLUME THREE, o qual incluiria "tudo de A New Dress para a frente", isto citando o próprio. Mas isso não aconteceu, principalmente porque os NWW deixaram de colaborar muito em contribuições para compilações, e assim (então e a s outras edições que incluíam avulsos) não havia material suficiente para um verdadeiro VOLUME THREE. Assim, em vez disso temos dois CDs, cada qual com uma faixa de bónus (editada atrás em Outubro de 2000) uma editada há algum tempo, e a segunda editada em Julho de 2002. Eu já fiz as críticas respectivas anteriormente, aqui na Audion. Assim, não irei entrar em grande detalhe...
O VOL. I junta: Duelling Banjos (a versão remisturada das duas faixas "Registered Nurse"), Stick That Chick And Feel My Steel Through Your Last Meal (de THE FIGHT IS ON), Nana Or A Thing Of Uncommon Nonsense (de THE ELEPHANT TABLE ALBUM), Fashioned To A Device Behind A Tree (de FUR ILSE KOCH), I Was No Longer His Dominant (de AN AFFLICTED MANS MUSICA BOX), Ciconia (de MASSE MENSCH), e o bónus de Automating (de BORN OUT OF DREAMS, se bem me lembro).
O VOL. 2 abre com A Strange Play Of The Mouth (vocalizações estranhas, de IN FRACTURED SILENCE), Elderly Man River / Dance Of Fools (completamente excêntrica, de DEVASTATE TO LIBERATE, e COULD YOU WALK ON THE WATERS, por qualquer motivo que desconheço colocadas aqui juntas numa só faixa), Lonely Poisonous Mushroom (uma colaboração de The Local Band, Nurse With Wound e os Organum, de FREEDOM IN A VACUUM), Lea Tantaaria (aqui creditada como Wolfli, de NECROPOLIS, AMPHIBIANS AND REPTILES, do qual Great-God-Father-Nieces ainda permanece un-Automated), Human Human Human (num registo muito Negativland doentio, de THE PORTABLE ALTAMONT, do qual Psychedelic Underground e Scapegoat aparecem somente algures no CD), e o bónus de A New Dress (de A BEAD TO A SMALL MOUTH).
Tratam-se ambas de excelentes colecções, boas introduções à diversidade da obra do grupo, e ideal para fans e coleccionadores.

outros trabalhos de...
TIBET & STAPLETON
OCTOPUS
(Durtro 044CD) CD 77m
Uma vez perguntei às pessoas da World Serpent se o então apenas em vinyl MUSICALISCHE  KURBS HUTTE veriam algum dia a luz do dia em CD. Como versão alternativa de MUSICAL PUMPKIN COTTAGE, certamente merecia uma edição em CD. Apesar disso, o que apareceu foi esta mistura, um disco que vem com uma faixa nunca publicada, e uma outra que não é na verdade um trabalho conjunto de Tibet e Stapleton.
Track 1: I Left Her For A Cartoon Octopus possui tons intensos, sonoridades filtradas, modulações de ondas quadradas, pode ser indutora de náuseas se tocada com o volume muito elevado! Os 16'58" são um exagero de uma ideia que deveria apenas durar 2 ou 3 minutos. Faixa 2: The Fire Of The Mind que tinha aparecido anteriormente como bónus de um livro publicado por David Tibet. Na verdade um trabalho da Aeolian String Ensemble, é excelente, mas parece um pouco deslocada neste contexto deste álbum. As faixas 3 e 4 (41'23") são as excelentes MUSICALISCHE KURBS HUTTE das quais pode ler a crítica que fiz na Audion #36!
Este é um trabalho de grande valor, uma espécie de fecho de uma trilogia, mas na realidade, eu tê-la-ia editado sem a faixa de abertura.

MUSIC FOR THE HORSE HOSPITAL
CURRENTE 93: .... 41m
SOUNDS FROM THE HORSE HOSPITAL
NURSE WITH WOUND: SALT 62m
(Pan Durtro 001/2) 2Cd
Com exactidão, para que serve esta edição eu não sei dizer, excepto que é uma espécie de documento de uma performance numa galeria. O design sonoro parece ser para uma instalação, não música para ouvir normalmente em casa, por isso é estranho que tenha sido sequer editado.
O disco dos Current 93 soa como se não fosse dos C93, pois nunca ouvimos nada deles parecido com isto, com o úncio factor reconhecível a ser as palavras de abertura e fecho do próprio David Tibet, "Alpha" e "Omega". No meio, é tudo muito neo-clássico, barroco-futurista, La Monte Young, muito tipo John Cale ou Tony Conrad, violinos, com um piano ao jeito de Pascal Comelade, aqueles meandros com diferentes arpeggios entralaçados pela música fora. Existe e muda, mas não vai a lado nenhum.
O SALT dos Nurse With Wound faz ainda menos, menos que SOLILOQUY... até, pois parece apenas um tom enriquecido de sintetizador digital (uma mistura de um sopro de órgão, cordas e tons de ondas quadradas) colocados com filtros e deixados parados no tempo. Parece que não há mais nada, na forma de uma real performance, em toda a peça, excepto que opera mudanças subtis (filtros aleatórios ligados ao arpeggiador podem fazer isso) mas de modo quase imperceptível as ondas tendem a crescer e mover-se de tempos a tempos, mas não mais que isso. Isto já existe há muito.
Para sons ambientais numa galeria de arte moderna, consigo imaginar que esta música funcione bem. Gostaria de saber como soam a tocar em simultâneo?

Para além destes discos saíram também uma série de outras edições...

No capítulo da esquisitice temos o álbum promovido como "a primeira colaboração entre os Current 93 e os Nurse With Wound", intitulado BRIGHT YELLOW STARS, que eu não classifico de todo. As razões porque os créditos são dados como Current 93 e Nurse With Wound, não sei, especialmente porque ambos os donos dos projectos trabalharam em conjunto em dezenas de ocasiões! A mim soa-me só a C93. É aparentemente um trabalho inspirado pela experiência de quasi-morte vivida por David Tibet, aquando de uma ruptura do seu apêndice, e por isso é muito pessoal, mas que me espanta não ser dado como um álbum de apenas David Tibet.
Ainda mais estranho é o caso da edição creditada como sendo dos The Sonic Catering Band, ARTIFICIAL ADDITIVES (Peripheral Conserve PH-06) o qual é também um esforço de colaboração ou um álbum de vários artistas. Abre com os próprios The Sonic Catering Band, com uma peça muito ao jeito de Steve Roach, na veia de de Four Organs, seguida por um par de faixas que misturam músicos industrial-synth e techno. A faixa 5, creditada a Clear Spot, é uma excelente peça de krautrock género freak-out. Mas, de maior interesse para aqui é a faixa atribuída Nurse With Wound, Hindu Monastery Breakfast (8'37") e tocada por S. Stapleton, P. Vastl e M. Waldron (assim é lá dito), que se parece com o fundo musical da música I Was No Longer Hi Dominant, dos Nurse With Wound, encimada por ruídos originários de utensílios de cozinha a serem "tocados" por alguém. Interessante, mas gostaria de saber se é uma peça inédita dos Nurse With Wound, ou alguém a fazer uma reconstrução / remistura.?

Para pôr os pontos nos ii sobre o que foi editado na United Dairies, eis abaixo uma lista condensada...
UD 00CD NWW: Ladie's Home Tickler
UD 01CD NWW Chance Meeting...
UD 02 Lemon Kittens: We Buy... (CD)
UD 03CD NWW: To The Quiet Men...
UD 04CD NWW: Merzbild Schwet
UD 05 The Bombay Ducks: Dance Music
UD 06 Hoisting The Black Flag
UD 07 Lemon Kittens: Cake Beast, 12" EP
UD 08 NWW: Insect And Individual Silenced
UD 09CD NWW: 150 Murderous Passions
UD 010 Musique Concret: Bringing Up Baby
UD 011CD Operating Theatre: Rapid Eye...
UD 012 An Afflicted Mans Music Box
UD 013CD NWW: Homotopy To Marie
UD 014 Asmus Tietchens: Formen Letzer...
UD 015 In Fractured Silence
UD 016 Nihilist Spasm Band: 1x-x=x (CD)
UD 017 Diana Rogerson: The Inevitable...
UD 018 H.N.A.S.: Melchior
UD 019 NWW: Automating, Volume One (CD)
UD 020 NWW / Organum: A Missing Sense / Rasa
UD 021 Chrystal Belle Scrodd: Belle De Jour
UD 022 Current 93: In Menstrual Night (CD)
UD 023 Organum: Submission (CD)
UD 024 Guru Guru / Uli Trepte: Hot On Spot... (CD)
UD 025 NWW: Drunk With The Old Man...
UD 026 Robert Haigh: Valentine Out Of Season
UD 027 NWW: Alas The Madonna..., 12" EP
UD 028 Masstishaddhu: Shekinah (CD)
UD 029 Current 93: Earth Covers Earth (CD)
UD 030 NWW: Automating, Volume Two (CD)
UD 031CD NWW: Soresucker (deleted)
UD 032CD NWW: A Sucked Orange
UD 033CD Current 93: Crooked Crosses
UD 034CD NWW: Live At Bar Maldoror
UD 035CD NWW: Soliloquy For Lilith
UD 036CD NWW: Sugarfishdrink
UD 037CD Stapleton / Tibet: The Sadness Of Things
UD 038CD NWW: Large Ladies With Cake In Oven
UD 039CD Rock 'n' Roll Station
UD 040CD NWW: Thunder Perfect Mind
UD 041CD Chrystal Belle Scrodd: Beastings (deleted)
UD 042CD NWW: A Missing Sense
UD 043CD NWW: 2nd Pirate Sessions
UD 049CD NWW: Who Can I Turn To Stereo
UD 053CD NWW: Automating Volume 1 (re)
UD 055CD Volcano The Bear: The Inhazer Decline
UD 056CD NWW: An Awkward Pause
UD 059CD NWW: Crumbduck (w/ Stereolab)
UD 069CD NWW, etc: Swinging Reflective
UD 072CD NWW: Sylvie and Babs... (re)
UD 073CD NWW: Spiral Insana (re)
UD 081CD NWW: Alice The Goon (re)
UD 098CD NWW: Funeral Music For Perez Prado
UD 099CD NWW: Yagga Blues (deleted)
UD 100CD NWW: Acts of Senseless Beauty
UD 102CD NWW: Man With The Woman Face
UD 500CD NWW: Volcano The Bear: 500 Boy Piano

Nota: os itens a bold estão disponíveis na United Dairies em CD na altura em que fizemos esta compilação. Aqueles que têm a indicação (CD) no fim foram reeditados noutra editoras ou com números de catálogo diferentes. Como pode ver, o catálogo tem sentido, numericamente, até ao UD 43 (excepto do item UD 36 para a frente foram todos editados pela ordem errada), então saltámos para UD 49 e os número começaram a saltar. Isto pode significar 1 de 2 coisas, ou o Steve tinha montes de álbuns em preparação já com números alocados para eventual edição ou reedição com esses números, ou ele estava apenas a tentar fazer o catálogo parecer mais impressivo, especialmente com o UD 500!









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