9.10.13
Livros sobre música que vale a pena ler (e que eu tenho, lol) - Cromo #36: Jorge Lima Barreto - "Jazz-Off"
autor: Jorge Lima Barreto
título: Jazz-Off
editora: Paisagem Editora / Livraria Paisagem (colecção Vozes Livres - 6)
nº de páginas: 184
isbn: N/A
data: 1972 (ou 1973)
sinopse:
A cultura dominante impôs mundos separados, levou as artes à exaustão e continua explorando esse limite. O jazz pode garantir na sua semiosis (processo de ciração) uma rotura com este estado de coisas porque é proveniente duma cultura diferente e dominada. Conjunto de signos estético-culturais (uma arte) o jazz é síntese de várias semânticas musicais, é um folclore planetário. À crítica cabe fazer emergir esses aspectos transformadores, liberta então da ideologia capitalista. Esta crítica de jaz não é apenas uma crítica ao jazz é também uma crítica à crítica do jazz (entendida esta como divulgação paranóica de mercadoria e espectáculo). a verdadeira crítica de jazz começa numa permanente auto-crítica e culmina na revolução da qual o jazz é uma realidade implícita.
Jorge Lima Barreto
O Discurso existe antes da música.
O músico reconhece a figura, imagina-a.
A técnica repõe-a em substância.
A técnica procura a correspondência do enunciado mental com o discurso musical.
A repetição do acto técnico origina o estilo.
O estilo é uma singularidade de repetições e de diferenças entre a figura imaginada e o discurso real (música).
O fim do músico de Jazz está na homegeneização das figuras dentro da generalização do Discurso.
A técnica realizou a figura mas tornou-a indefinível na repetição do acto.
O músico reconstrói actos mecânicos, como escravo da técnica.
A invenção criadora é a diferença, a libertação das figuras repetitivas.
Inventar, criar, tocar o Jazz é superar constantemente as figuras típicas e reconhecer o Discurso originário.
Gesto semântico sem fim, até que o músico seja o próprio Discurso.
Jorge Lima Barreto
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