A Número foi uma revista editada, em papel brilhante, de óptima qualidade, em Portugal, entre os anos finais da década de 90 e os primeiros anos deste século, tanto quanto sei.
Tenho alguns números, que aqui postarei, começando pelo:
Número Magazine
NM 017+018 - Outono 2003 - 5€
A revista cobria todas as formas de arte, como podem comprovar pela capa acima, com especial ênfase para a música que, aliás, é o que interessa a este blog.
Todos os anos organizava um festival de música que cobria as novas tendências da altura, e que na época era uma utêntico maná, visto que os concertos com nomes importantes da música internacional não abundavam, ao contrário do que acontece hoje.
Aqui vos deixo com o resumo de alguns dos artigos constantes deste número da revista e que, por certo, juntamente com a capa, vos darão uma ideia muito precisa sobre os géneros musicais cobertos, bem como as individualidades e críticos que a habitavam, alguns dos quais ainda hoje presentes na imprensa e palcos nacionais. Serão ainda mencionados alguns dos artistas mais importantes que vieram até Lisboa para o festival Número desse ano de 2003
Para além disso, em cada post, como habitual, darei destaque ao artigo ou entrevista que mais tem a ver com a música coberta pelo nosso blog. Neste caso será um pequeno artigo sobre Karl Barthos. No seguinte, uma extensa entrevista com Rui Eduardo Paes.
Artigos
Stealing Orchestra - José Marmeleira
Animal Collective - Pedro Gomes
Artistas
Jim Jarmush + Open City Films
Karl Barthos
Senor Coconut
Laub
Alva Noto
Koji Asano
Pole
Vladislav Delay
Variz
Ultimate Architects
Lolly & The Brains
ópio ("suplemento" central da revista)
Artigos
Rock Em Português - Victor Junqueira
My Cup of Tea - Música Electrónica em Português - Nuno Moita
Karl Barthos
É muito tentador reduzir a trajectória de Karl Barthos ao período entre 1975 e 1991. Verdade se diga que muita gente daria tudo o que tem (e o que não tem) para ver a sua carreira reduzida a isto. Porquê? Porque foi nessa altura que integrou a formação que, mais do que nenhuma outra, definiu o que seria o futuro da música electrónica no seu cômputo geral. O nome? Kraftwerk.
Qualquer conhecedor da célebre banda alemã (e de música electrónica em geral) sabe que foi nessa fase que os Kraftwerk editaram muitas das suas obras mais importantes: Radio-Activity, Trans-Europe Express, Man-Machine e Computer World. Nesses discos, Barthos, enquanto co-autor, foi um dos principais cérebros de alguns dos temas mais memoráveis desses anos, nomeadamente "The Robots", "Computer Love", "Tour de France" ou "The Model".
No entanto, após a sua saída em 1991, Barthos tem estado tudo menos quieto. Trabalhos de produção, remistura e/ou colaboração para gente como os OMD, Electronic ou Anthony Rother e três álbuns a solo (incluindo oo recentemente editado Communication) são bem a prova disso mesmo. Nos seus próprios projectos, Barthos pouco se desvia da rota electro-pop traçada nos tempos dos Kraftwerk, não deixando, no entanto, de fazer as respectivas actualizações segundo as tendências que tão directamente ajudou a criar.
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