Parte 4 –
O Zeuhl À Volta Do Mundo
Nota: Como o Zeuhl é um conceito tão abstracto,
recomendamos vivamente que, antes de ler este artigo, leia os anteriores
(partes 1 a 3). Depois, então, pode ser que tudo faça mais sentido.
Nos três anteriores artigos você leu, sem dúvida, tudo o
que há para saber sobre o Zeuhl, e se este for um tema de interesse para si,
certamente que os leu com atenção redobrada.
No anterior vimos o legado do movimento e, reparámos,
entre muitas outras coisas, que o Zeuhl permeou também o RIO, para além de
outros movimentos.
Mas... e no mundo? Bem, você conseguirá encontrar
referências Zeuhl nos lugares mais improváveis, e existem inúmeras dedicatórias
bizarras ao espírito dos Magma, à linguagem Kobaia e ao Zeuhl em geral. Neste
artigo vamos tentar destilar o interessante e o curioso, numa qualquer forma de
viagem coerente, ao longo do globo.
Itália
Os Banco foram a primeira banda italiana a atacar algo
que se assemelhe ao Zeuhl, apesar de eu pensar que foi uma coincidência que os
seus álbuns instrumentais tenham uma utilização similar do estilo percussivo do
piano como Stravinsky e influências jazz e clássica, versão mais dark.
Aproximando-se mais tivemos os Nome, que apenas editaram um single (tanto
quanto sabemos) que era uma mistura bizarra de RIO, Zeuhl e prog operático.
A música Zeuhl mais notável oriunda de Itália apareceu
nos últimos 10 anos ou coisa do género. Os Stick & String Quartet pegaram
no lado de música de câmara do Zeuhl (territótio dos Art Zoyd e Juleverne) e
trabalharam-no de forma a tornarem-no uma estilo ágil original. Os Kraken In The
Maelstrom misturam todas as formas de influências e juntam-nas numa mistura
improvável e complexa de Zeuhl, Van Der Graaf Generator e prog italiano dos
anos 70. Os mais prolíficos foram os Runaway Totem, uma banda realmente
peculiar, tipo Magma em espírito, que mistura estilos hard-rock, jazz, e ópera
até! As suas vocalizações são um tipo de Kobaian zombeteiro, e não são
plagiadores, pois há muito mais influências a trabalhar na sua m+usica, como o
avant-rock italiano, RIO e clássica, parecendo-se por vezes com os Birdsongs of
The Mesozoic. Acalmaran-se um pouco com cada nova edição, mudando o foco como
os muito mais dark e estranhos Universal Totem Orchestra.
Kraken
In The Maelstrom – EMBRYOGENESIS (CD: Mellow MMP 165) 1993
Nome – Marte Alla Volta / Trine (7”: GN 001) 4+9/89 1990
Runaway
Totem – ZED (CD: Black Widow BWRCD 013-2) 1996
Runaway Totem – ANDROMEDA (CD: Musea FGBG 4299.AR) 199?
The
Stick & String Quartet – THE STICK & STRING QUARTET (CD: Kaliphonia KRC
005) 4/92+4/93 199?
Universal
Totem Orchestra – RITUALE ALIENO (CD: Black Widow BWRCD 022-2) 2000
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