Parte 4 –
O Zeuhl À Volta Do Mundo
Nota: Como o Zeuhl é um conceito tão abstracto,
recomendamos vivamente que, antes de ler este artigo, leia os anteriores
(partes 1 a 3). Depois, então, pode ser que tudo faça mais sentido.
Nos três anteriores artigos você leu, sem dúvida, tudo o
que há para saber sobre o Zeuhl, e se este for um tema de interesse para si,
certamente que os leu com atenção redobrada.
No anterior vimos o legado do movimento e, reparámos,
entre muitas outras coisas, que o Zeuhl permeou também o RIO, para além de
outros movimentos.
Mas... e no mundo? Bem, você conseguirá encontrar
referências Zeuhl nos lugares mais improváveis, e existem inúmeras dedicatórias
bizarras ao espírito dos Magma, à linguagem Kobaia e ao Zeuhl em geral. Neste
artigo vamos tentar destilar o interessante e o curioso, numa qualquer forma de
viagem coerente, ao longo do globo.
Canadá
Devido à cultura Franco-Canadiana do Quebec, é óbvio que
alguma correlação na cena musical ocorreria, o que se verificou com uma versão
híbrida Canadiana dos ZAO, que emergiu a certa altura.
Os Línfonie eram, de certa forma, uma espécie de banda
paralela Canadiana dos Magma, como inovadores na mistura de culturas e estilos
tão diversos como o jazz, o psicadelismo e o avantgard. Também conseguiam ser
seriamente clássicos, e são famosos pela sua versão rock de In C, de Terry
Riley. Fans do Zeuhl, contudo, devem verificar o LP1 do seu duplo VOL. 333, que
captura um espírito muito próximo do som inicial dos Magma, mas numa longa
suite em LP. O seu vocalista, Raoul Duguay, tornou-se bastante famoso na cena
pop Canadiana.
A banfa Canadiana dos anos 70, os Maneige, que também
contavam com a colaboração de Raoul Duguay como convidado no seu segundo álbum,
LES PORCHES, e tinham uma boa dose de influência Zeuhl na su música. Tudo isso
está disponível no seu período clássico inicial, em LIVE MONTREAL 1974/1975 que
é mais um jazz/folk peculiar ao estilo dos Henry Cow de então. Herdeiros do
trono dos Maneige foram os Miriodor, formados por volta de 1980 na cidade do
Quebec, e que se mudaram para Montreal em 1985. Os seus primeiros álbuns eram
como que uma diferente progressão lógica dos Maneige, com elementos da e música
sistémica (Michael Nyman, Lost Jockey) e a música Zeuhl/neo-chamber (Art Zoyd,
Univers Zero), mas depois eles dispersaram-se por outros tipos musicais.
Miriodor – TOT OU TARD (MC: Rio 57) 3+5/84 & 12/86
1987
Miriodor
– MIRIDOR (LP: Cuneiform RUNE 14) 1/88 1988 (CD: Cuneiform RUNE 14) «+ 5 tracks
de TOT OU TARD» 1993
Miriodor
– 3RD WARNING (CD: Cuneiform RUNE 14) 3/91 1991
Miriodor
– JONGLERIES ÉLASTIQUES (CD: Cuneiform RUNE 78) 3/95 1996
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