28.12.20

Livros sobre música que vale a pena ler - Cromo #84: Vítor Rua - "Eu Só Queria Dizer O Seguinte..."


autor: Vítor Rua
título: eu só queria dizer o seguinte...
editora: asoka miau house
nº de páginas: 214
isbn: 978-989-20-4310-4
data: 2013






Vítor Rua - eu só queria dizer o seguinte..."

texto: Vítor Rua
Ilustrações: Ilda Teresa Castro
edição de 100 exemplares [livro feito à mão]
este é o #011 - autografado e numerado pelo autor.
uma edição asoka miau house
© 2013 Vítor Rua & Ilda Teresa Castro
ISBN: 978-989-20-4310-4

prefácio e resumo biográfico dos autores, por António Duarte, on demand.



71. 45 & 33 rotações

… uma vez, pouco depois do 25 de Abril, o Jorge Lima Barreto, foi convidado a participar num colóquio sobre Jazz; estavam lá todos os do Jazz: o José Duarte, o Jorge Curvelo, o Raúl Bernardo, etc.; O Jorge queria falar de Free Jazz e das novas tendências do Jazz; enquanto os outros ainda estavam todos no BeBop; a determinada altura, eles começam todos a dizer ao Jorge que o Free Jazz não era música; e o Jorge diz-lhes: “Então ouçam isto e digam-me o que pensam”; e mete um disco a tocar; no final, começam todos a dizer que aquilo é só gritos, e barulheira e que, portanto se comprovava que o Free Jazz era “ruído”; então, o Jorge pega no disco que meteu a tocar, mostra-o ao público e diz: “A obra que eles estão a criticar e a dizer mal, é um disco do Thelonious Monk, só que o meti em 45 rotações quando é um LP de 33 rotações; ora, estes imbecis, nem sequer foram capazes de reparar nisso. Nem distinguiram que os instrumentos estavam a ser tocados a uma velocidade diferente; agora, querem continuar este colóquio comigo, ou com estes tipos?”; e o público em uníssono disse o nome do Jorge e os outros tiveram de abandonar a sala…

 

92. chocolate & chocolate

… uma vez eu e o Jorge Lima Barreto, fomos a Londres para dar um concerto Telectu; encontramos os nossos amigos Gonçalo Falcão e a Inês W Carmo; e andamos a passear por Londres os quatro; eu e a Inês fomos a uma gelataria assim para o chic; sentámo-nos e veio um empregado; era preto; eu peço um “ice cream” e ele pergunta “What flavour?”, e eu digo em português “chocolate”; e ele “Sorry?”; e eu “chocolate” e o gajo “I don’t understand”; até que eu, já nervoso, aponto para a cara dele, e digo-lhe “Chocolat… Chocolat”; aí ele entendeu. Depois, estávamos no metro, nas escadas rolantes, e o Jorge em vez de se meter do lado direito, estava no lado esquerdo; ora, isso fazia com que as pessoas passassem a todo o gás por ele, e dissessem “Please Sir” ou “Sorry Sir”; e o Jorge parado, olhava com estranheza, pensando porque estariam aquelas pessoas a andar numa escada rolante; até que, passa, um muito irritado com ele e diz-lhe “Go to your right”, e vira-se o Jorge para ele, em português: “Estás com muita pressa, tu… Até parece que vais apanhar o metro”…

 

5. Telectu na china

#01 – “o subsídio de cachet”

… fomos à China através do nosso amigo António Duarte; fomos lá tocar; tocámos, por exemplo, no maior clube de jazz de hong kong; tocámos num show multimédia na Casa de Macau; mas o que o António Duarte nos arranjou foi uma outra coisa única; sermos os primeiros ocidentais a gravar na China Record Company. Mas era necessário dinheiro para as viagens de Macau para Pequim; então fomos falar com o presidente do Instituto Cultural de Macau; já não me recordo se falámos com o Monjardino ou com o João Amorim; o que importa é que, a determinada altura, o presidente diz: “Nós não temos cachet para os Telectu”, e o Jorge, olha para ele e diz: “Mas nós não vimos aqui pedir-lhe cachet nenhum!”, e o outro: “Então, o que pretendem?”, e o Jorge: “O que nós estamos a pedir não é um cachet, isso sabemos que vocês não podem dar, o que nós queremos é apenas um subsídio de cachet!”, o presidente do instituto olha para o Jorge e pergunta: “Um subsídio de cachet? O que é isso?”, e o Jorge: “O nosso cachet seriam uns mil contos, ora nós só lhe vamos pedir trezentos contos, logo, o que estamos a pedir-lhe é apenas um subsídio de cachet!” o gajo riu-se e deu-nos o subsídio de cachet!





21.12.20

Livros sobre música que vale a pena ler - Cromo #83: Boyd Rice - "No"


autor: Boyd Rice
título: No
editora: Edição de Autor
nº de páginas: 166
isbn: 978-1976-39277-1 / 9781976392771
data: 2017




Third Edition

Copyright © 2017 Boyd Rice

First and second editions originally published in limited edition format by Heartworm Press. This edition published independently by Boyd Rice and printed by CreateSpace.

Layout and additional editing for this version by Whale Song Partridge.

Thanks to Brian M. Clark for editing the Rebellion chapter, and to Rory Hinchy.

Special thanks to Karin Buchbinder

 

166 PÁGINAS

978-1976-39277-1

9781976392771

 

Prologue and Introduction à on demand.

 

ÍNDICE:

I – Prologue

II – Introduction

1. LIES

3. EQUALITY

7. INDIVIDUALITY

9. LIBERTY

11. PEACE

14. HARMONY

17. DIVERSITY

20. IMPERIALISM

24. CAPITALISM

28. CONSUMERISM

31. WORK

34. POVERTY

37. NO FREE LUNCH

40. TIPS

43. COMPETENCY

45. RIGHTS

46. POLITICS

53. DEMOCRACY (DIVIDED WE STAND)

56. RELATIONSHIPS

59. THE SEXES

64. HOPES AND DREAMS

70. COMPLAINTS

72. RESPECT

23. KEEPING IT REAL

74. IT’S ALL GOOD

75. OUTSIDE THE BOX

77. THE STATUS QUO

80. HYPOCRISY

83. IDEALISM

86. REBELLION

95. ACTIVISM

97. TRANSGRESSION

100. IN YOUR FACE

102. ANGER

105. BLAME

107. LAW AND ORDER

110. POLICE STATE

112. THOUGHT POLICE

114. THE NAZIS

118. CULTS OF PERSONALITY

121. FAME / SUCCESS

124. LAZINESS

127. THE WILL

129. PRIVACY

132. INFORMATION

136. INTELLIGENCE

139. COMMON WISDOM

140. CHOICE

142. DELUSION

144. MEANING

147. PHILOSOPHY

151. UTOPIA

153. THE APOCALYPSE

155. SOCIOPATHY

158. THE PERENNIAL DICHOTOMY

161. THE DICHOTOMOUS MIND

165. EPILOGUE

 

COMPLAINTS

“Never complain and never explain”

Benjamin Disraeli – 19th Century British Prime Minister and statesman

 

If you’re going to complain about something to someone, please don’t let it be me… It’s not that I don’t care, per se (I don’t), it’s because it is an exercise in futility to complain about something (to anyone) unless they’re in a position to rectify the situation. And in regard to complaints, this is rarely ever the case.

If, for example, you and I went out to breakfast and your eggs were over, or under, done, and you complained to me but proceeded to eat the unacceptable meal – who profits? Certainly not me. And I would have had to endure your whining first thing in the morning (not a pleasant eye-opener). And surely you wouldn’t have profited either. Your meal would still be bad, though venting about it may make you feel better somehow.

Guess what? Most folks find the “venting” of others much less tolerable than poorly cooked eggs. Guess what else? No one gives a fuck about your problems. If you really cared about dealing with your situation, you’d address your complaints to the waiter; the one person who could have your eggs returned and cooked properly. It’s that fuckin’ simple.

Of course, bad breakfasts are a small problem, perhaps the smallest. Bigger problems, however, require the use of the same tactics and strategies, and provoke the same attitude on my part. If I can’t fix it for you, I don’t want to know about it.

Your stepfather blew his brains out? Tough break. Your car caught on fire? That’s a shame. Life’s unfair? Welcome to the world.

Other people’s problems are like other people in general: they tax your consciousness and deplete your calm. Their problems, of course, will never be resolved, merely rehashed ad infinitum. That’s (I’m sure) as they’d wish it. At the end of the day, I care less about such problems being fixed, as I do they be discussed elsewhere.

A wise friend once advised me never to burden others with your problems, unless it was evident they wanted to help. Great advice, but unfortunately, the fellow stopped short of completing his thought. He never went on to explain that most “others” were incapable of helping. Why? Because life is sometimes unfair. Because bad things happen to good people. And because some folks seem to be nature-ordained losers. The latter are easy to spot – because they love to complain.



 

OUTSIDE THE BOX

People love the idea of, “thinking outside the box,” but don’t seem to care much for those who actually do so. Why? Because it involves venturing into realms beyond their comfort zone, which virtually no one desires (or relishes).

It’s fine when cutting edge thoughts or actions belong to those already dead. Such things pass into the arena of mere abstractions and cease to be realities. But iconoclastic ideas espoused byy the living seem to constitute conditions which need to be confronted and dealt with. Or at least the general public seems to feel so.

Oscar Wilde is a British national hero – a great poet and author. His statue today graces a public square and historical plaques adorn paces where he once lived. In his own way, he was imprisoned. Once free he was driven from his native land to be exiled in France, and died a broken man. But hey, all that’s in the past: let bygones be bygones.

The history of our world is a story of people who were pilloried, imprisoned, burnt at the stake, or made to drink poison for thinking outside the box. The list of their names could go on for pages…

So what’s changed? Certainly not the desire to embrace radically new and different modes of thought. Few want that and far less could accept it. Most people want business as usual; little more, little less.

What’s really changed are people’s ability (most people’s) to embrace whole-heartedly concepts and ideals that aren’t part and parcel of their true character. Perhaps, at the most fundamental level, they understand instinctively that they’ll never be called upon to adopt certain ideas so long as they possess the capacity to pay lip-service to them.

After all, it’s in no one’s interest to live out new and radical percepts while simply pretending to understand, or tolerate them, will do.

Ideas can be controlled, those who espouse them cannot. Ideas can be defined, redefined, and interpreted this way or that; perhaps even edited, censored, or nullified. They can even become the subject of college courses and academic study, but only as long as those who originally elucidated them no longer intervene.

Dead men have it easy, but the ideas they birth during life are like an infant child abandoned on the plains of the Serengeti.

 

REBELLION

Q: “What are you rebelling against?”

A: “What have you got?”

The Wild One (1953)

 

The notion of rebellion is bullshit. It’s been the dominant paradigm of the so-called counterculture for 50 years or so, yet hasn’t existed in any tangible manner for the lion’s share of the time. Nor, for the matter, has a counterculture. So-called manifestations of “underground” culture – art, music, movies, publications – are simply expressions of those categories which exhibit a far smaller degree of success than their mainstream counterparts. Commerce alone decrees whether something is mainstream or relegated to the underground.

In the late-Seventies, a well known punk rock singer made a name for himself with an ironic anti-capitalist song called, “Kill The Poor”, and walked the streets of San Francisco in an “Eat The Rich” t-shirt. Today he lives in a multimillion-dollar house in the city’s Noe Valley; a house paid for by the very anti-capitalists who wore his band’s t-shirts and sported their own “Eat The Rich” bumper stickers on their vehicles. Obviously, one can’t go broke in the U.S. of A. selling platitudes to those who want to believe in them. Even more obviously; however easy it is to reject capitalism, it remains far harder to reject the results of its clear-cut success. One’s bank book doesn’t lie. For now, the same singer/songwriter who ironically penned, “Kill The Poor”, assures himself that he remains steadfast in his anti-authoritarian stance by affixing a “Kill Your Television” bumper sticker to his large-screen plasma TV. But the day perhaps draws near when the more hardcore of his fans storm his multimillion-dollar sanctuary and turn him into the main course at a punk rock barbecue.

In the Fifties leather jackets became a symbol of rebellion. Why? Because rebellious behavior was synonymous with people who role motorcycles, and motorcycles wore black leather jackets. Marlon Brando became the archetype of the postwar rebel in The Wild One, and the image stuck. Flash forward too the late-Seventies. In the years that intervened between The Wild One and the inception of punk rock, the archetype of the rebel became more important than rebellion itself. Behavior and lifestyle took a back seat to pure symbolism. The Ramones sported black leather jackets, but had probably never mounted a bike in their lives. In their wake, a whole generation donned “motorcycle jackets” as a visible  signifier of their rebellion, their outward rejection of mainstream values. But if mainstream values equated leather jackets with rebellion, were they actually more an extension of those values than a denial of them? Buying a leather jacket on mom and dad’s dime while living in their house in the suburbs represents a rejection of nothing.

Across the pond, in England, the leather jackets became a symbol of even greater potency. Why? Because it was an American archetype, and America remains a mysterious abstraction to the Brits. In England, punk was purportedly about “working class values” and being poor in a land with little or no jobs prospects. Yet all these poor punks sported expensive, brand new leather jackets with slogans or band names painted on the back. How is this possible? Simple; the kids bought the jackets with money from their dole checks. They were purchased courtesy of the British government; the same government they wished to destroy. Meanwhile, these rebels lived in their parent’s homes, ate meals there and probably watched the weekly episodes of Coronation Street with mum and dad. Today, 30 years later, it’s doubtful much has changed. These ‘kids’ now have kids of their own, watch the same programs, and eat the same food. Only now there is an excess of the sort of mediocre jobs such folks so mourned the absence of in the late-Seventies. Members of the punk band Chelsea who demanded the “right to work” in 1978, no doubt got it in spades. Be careful what you wish for…

Hippies embraced peace and love as a means of transcending the unthinking consumerism of the Baby Boom Era. Punks embraced hate and violence as a means of transcending the hippie ethic, and as a rejection of the emerging yuppie ethic. Of course, long hair or short, hippies and punks were one and the same. Both became yuppies when and if commerce permitted.

Today, erstwhile Sex Pistols front man Johnny Rotten dwells in an expensive seaside home in Venice, California, a stone’s throw from the pier there. In his yard is a hot-tub. Does his worldly success render him a hypocrite? Of course not. But there is surely an abyss that separates his real life from the message which subsidizes the details of it. The youth which continue to purchase Sex Pistols albums make take seriously the message of anarchism; but in truth, John’s success is more a story of capitalism. Selling the notion of anarchy to hundreds of thousands of consumers is still, at the end of the day, more a manifestation of capitalism than anarchy. In words, Johnny is an anarchist; in deeds, a capitalist. One is an abstraction, the other a reality. To know what he is, observe what he does. In truth, of course, Johnny is little more than a singer/songwriter. An entertainer.

Those who fancy themselves rebels place the label of integrity at a premium. Integrity?! Really? The idea has been in the air since Rebel Without A Cause, or before that. The Fountainhead. You have the archetype of the lone, rugged individualist who’d rather sacrifice everything than betray their unique vision, or relinquish their integrity. But think a moment; how many people do you run across in the course of a day who you imagine possess any degree of integrity whatsoever? And how many people have you encountered in your entire life possessed of what might be deemed a unique vision? Most people’s daily lives are bereft of unique visions and lack the need for integrity. Characters in novels and films grapple with such issues – the common man and woman only imagine they do, or wish they could. Another common theme interwoven with the notion of rebellion is the steadfast desire to never sell out. Again, most people will never even be presented with the opportunity to sell out. They have nothing to sell and no one wants to buy. Yet the idea remains central to their identity somehow. Since many people live their lives and practice their rebellion vicariously through certain celebrities. It’s the celebs that may most suffer the downside of this archetypal abstraction. Faux bad boys are the saints of the New Church, but if their ersatz rebellion should sell too well or to widely they are quickly cast aside as “sell outs”. The people harshest in their judgment of such types are folks who have never done anything whatsoever and never will. They purchase the product of the self-proclaimed outsider, imagining they are participants in the lifestyle or worldview being promoted. They aren’t. Those most vehement in their opposition to selling out are largely those whose only options are futile attempts to buy in. They buy into abstractions and ideals. They do so by buying the products created by those who seem to embody the ideals and abstractions they want so desperately to believe in – to claim as their own.

The rebellion in America over the last half century is a media-driven masterpiece of marketing. Over-the-counter counterculture. Punk was an extension of the Hippie Movement, which appeared to be an extrapolation of the Beat Generation. But was it? If most assume the Maynard G. Krebs character from The Many Loves of the Beat ethos, then the thread connecting it all seems fairly clear-cut. But Jack Kerouac was not Maynard G. Krebs. Jack was an arch-conservative. He was a lapsed Catholic in search of God. He was less a rebel than a man who desired to get married and live happily ever after. He desired above all a bourgeois conservative life, but lacked the ability to achieve even that. In short, he was a fuck-up. A loser. He spent far more years living with his mother – subsidized by her – than ever did hitchhiking across the U.S. Those who’ve followed in his wake hit the mark insofar as being fuck-ups and losers, but lost the message of conservatism so central to his true vision.

Jack’s pal William Burroughs was a trust fund kid, heir to a fortune from the adding machine company which long bore his family’s name. His faggot-junkie lifestyle and trips to Morocco were subsidized by an inherent fortune, as was his literary career. Again, this doesn’t necessary render him a hypocrite or invalidate his literary works – but I’m just sayin’…

Neal Cassidy, the larger-than life protagonist of Kerouac’s On The Road, seems a figure destined for literature. But then so do mentally-unbalanced chicks. What seems romantic on the printed page or movie screen is often, in real life, little more than a royal pain in the ass. Neal Cassidy was obviously a professional bullshit artist and a sociopath; a marginal personality who managed to get through life on a combination of lies and charm. Great character for a novel, horrible guy to have in your life. Though it’s endearing to know he could quote Schopenhauer. It’s a shame that none of the Beat Generation took his lead. If they had, things might have turned out different…

By the time On The Road came out, it was already a period piece. It took six years to get published and many of the events discussed within it were then ten years old. The America that Kerouac had set out to discover no longer existed. By the time the book had generated an audience, interstate highways had all but rendered hitchhiking a thing of the past. If Kerouac had documented his post-Road life, it may well have been called On The Couch. He devoted his time mostly to drinking and watching TV in his mother’s living room while she worked at a shoe factory to pay the bills. Sound pathetic? Well, maybe.

Mind you, this was the Golden Age of Television. Gin and daytime TV may have actually been far more intense than smoking dope in Denver, Colorado.

At the end of the day, Jack and Neal had the great good fortune of simply having good genes: they were born good looking. Let’s face it. America requires its rebels to be photogenic. Outsiders are only interesting or compelling insofar as they’re handsome. On The Road would never have sold had it been written by a pudgy nebbish or a pencil-necked geek.

There is an ancient bronze bust of the Greek god Apollo which – though it is well over 2,000 year old – resembles precisely a young Elvis Presley. The eyes, lips, nose, and contours of the face are identical. Obviously, our sense of aesthetics hasn’t changed much in two millennia. Nor has our capacity to confuse imagery with ideology changed much either. How can it be that an image, a face, a countenance, can encapsulate and manifest ideals so seemingly intangible? And in a manner so seemingly real?

Why is a mere actor, 50 years after his death, still synonymous in the minds of so many with rebellion? The life of James Dean amounts to this: he only ever play-acted three roles in three movies. Actors are by their very nature inauthentic. They pretend to be what they are not. Their stock-in-trade is a falsehood. Pretense. Dean was a guy paid to wear a costume and mouth lines written by someone else. He was a guy working for paycheck – no more, no less. James Dean had the incredible luck to die young. He never choose to live fast and die young, he just fucked up. He wasn’t acting out a philosophy, just acting. It’s doubtful that he even had a philosophy.

The Beats, for all their faults, were at least well read. They could quote Nietzsche, Schopenhauer, Walt Whitman, Herman Melville, Dante, The Vedas; you name it. The Hippies read maybe Herman Hesse or Carlos Castaneda, but most of their information about the world of ideas was gleaned from Top 40 radio and long-playing records. In such a milieu, a literate figure like Jim Morrison seemed like a genius – the proverbial one-eyed man in the kingdom of the blind. Jim was so smart he could compare himself to Dionysus! Wow! To a generation raised on “Combat,” “Gunsmoke,” and “Ozzie and Harriett,” a guy who took a class in comparative mythology at U.C.L.A. must have looked the modern incarnation of The Oracle at Delphi.

Flash forward a decade or so… The audience is even less well-read with even fewer points of reference. They’ve never even heard of Melville, Whitman or The Vedas; or even Hesse or Castaneda. Enter a brilliant entrepreneur who witnessed the Paris Riots of May ’68 – or at least remembers it. Malcolm McLaren, who cut his teeth as manager of the New York Dolls (David Johansen called him their ‘haberdasher’), resurrects the hyperbole of Situationism to promote the emerging phenomenon of Punk Rock. Music critics bought into it hook, line and sinker. As did social critics. England was on the verge of collapse. Punk was a response to this collapse. McLaren had tied it all up with a bow and handed it to the Press.

The Paris Riots of May ’68 were, and still are, a wet dream to leftists. Student rebellions collapsed the government and youth took the reigns of power. Ten years later, tourists visiting the Sorbonne could still see the visible signs of the rebellion – where students had pried bricks from the pavement to throw at cops. One of the leading lights of Situationism was Guy Debord, who penned the movement’s manifesto, The Society Of The Spectacle. It maintained that in the modern world, very little was real anymore, that most of what transpires is pure spectacle – empty symbolism. Debord and his philosophy were obviously derided by those who “restored order” to Paris following the student uprisings. They conceded that the protesters were likely sincere, but following an “ill conceived,” “half-digested” philosophy that lacked any understanding of the world. Was it? Certainly it suffered from left-leaning idealism, but was the basic premise flawed? Are we not living in The Society Of The Spectacle? What Debord spoke of as a relative abstraction in 1968 is today a simple fact of life.

Malcolm McLaren took the Situationist images, slogans, et cetera, as his point of departure. Yet, he consciously knew he was marketing it all, that he was using The Society Of The Spectacle itself as a marketing tool. If Debord’s contention was correct, then so were McLaren’s actions. If society thrived on empty symbolism, he’d give it to them, explaining its meaning and collecting a check for so doing. And he did just that for a good long time. The critics ate it up. They loved it because it conformed to every falsehood and conceit they’d learned at university.

But at the end of the day The Pistols weren’t The Monkees, and McLaren was not Don Kirshner. Yet the similarities between the two were nonetheless eerie. As The Monkees proved uncontrollable, so did The Pistols. Neither group understood or appreciated the role played by their respective Svengalls. But were little more than studio musicians tossed together by producers. In the Sixties, The Monkees were treated as seriously as The Beatles, The Doors, or Hendrix. In the late-Seventies, The Sex Pistols were seen as the gold standard of the serious rock band. Why? Because of marketing, plain and simple.

But the marketing of The Pistols is precisely what renders them irrelevant. They were always intended to be a manifestation of The Society Of The Spectacle, never a refutation of it. Nor could they be. From the word go, they were empty symbolism; never a true threat. If four or five years on, you steal your haircut from David Bowie or your riffs from The Dolls, who’s threatened? In a better world, David Johansen might kick your ass, but I’m not holding my breath.

Empty symbolism is the intellectual equivalent of empty calories. Where yesterday there were meat and potatoes, today there’s an all-you-can-eat buffet of Twinkies, Ho Hos, and cotton candy; and the populace grows fat and satiated on a diet of meaninglessness. Sure, this smile sounds all together trite and corny. I wouldn’t even bother writing it, if it weren’t for the fact that it’s so fundamentally true. In terms of genuine rebellion, the meat and potatoes seem virtually nowhere to be found.

Bon Appetite!






18.12.20

Tickets de concertos: agora a lista do Tiago Carvalho - #1


 

#1    ---    

1989-11-24 Essa Entente, A Kausa, Critika, Capitão Fantasma, K4 Quadrado Azul, Censurados


# 2 ---------- 

1989-10-07 João Peste & o Acidoxibordel



#3 ------- 

1990-01-06 Mão Morta, Rua do Gin, Desperdícios Pós Apocalipse







As Melhores Músicas De Sempre (#6 e #7): Balla - "O Fim Da Luta" + Micro Audio Waves - "Down By Flow"


 Vá lá agora 2 portuguesas giraças para a mixtape:


Balla - "O Fim Da Luta"




Micro Audio Waves - "Down By Flow"





19.11.20

Memorabilia: Audion #44 (feat.) ZEUHL - PART IV


 

AUDION

explorations in sound and music…

issue #44

Spring 2001

Out Of Focus, Clearlight, Zeuhl part 4

Boheme, Electroshock, Empreintes Digitales, Endgame, Lars Hollmer, Multimood & other features, new releases, reissues, news, info, chat, etc.






 

CONTENTS

HELLO (editorial, etc.) - 3

DIVERSIONS (news, new releases, magazines, etc.) - 4

RESCUED RELICS (reissue reviews) - 8

BOHEME (label feature) -9

THE AVANT-GARDE SECTOR (reviews) - 10

IQ – Oakwood Centre, Rotherham, 16/12/00 - 11

ROEDELIUS & ALQUIMIA – York, 25/10/00 - 11

“MUSIC FOR THE 3rd MILLENNIUM – 14/10/00 - 11

CLEARLIGHT – The eternal symphony - 12

ENDGAME – “Catalyst” (review) - 15

THE SAMLA/ZAMLA/HOLLMER LEGACY (reviews) - 15

ELECTROSHOCK RECORDS (reviews) - 16

MULTIMOOD – (reviews) - 17

ZEUHL PART 4 – Zeuhl around the world - 18

OUT OF FOCUS (article & interview) - 21

KLAUS SCHULZE – “The Ultimate Edition” (review) - 28

“JAZZ-ROCK: A HISTORY” (book review) - 28

REVIEWS - 29

BORDERLAND (other news, short reviews, etc.) - 41

USEFUL CONTACT ADRESSES – 43

 

“Zeuhl”

part 4 – O Zeuhl em todo o Mundo

“Zeuhl”

parte 4 - Zeuhl pelo mundo

Importante - como o Zeuhl é um conceito abstrato, recomendamos fortemente que antes de ler este artigo leia os artigos anteriores sobre Zeuhl na Audion # 41, # 42 e # 43! Então, eventualmente, tudo fará sentido!

 Nos últimos três números da Audion, leu tudo sobre Zeuhl, e sendo do seu interesse, terá com certeza tem seguido a série de artigos com grande interesse, tendo lido na Audion # 43 acerca do legado francês deste campo único na nova música. De qualquer forma, também devem saber que o Zeuhl também permeou o campo RIO (verifique Audion # 30) e talvez você próprio conheça alguns outros cruzamentos, mas e o resto do mundo? Bem, você consegue encontrar referências de Zeuhl nos lugares mais improváveis, e há inúmeras dedicatórias bizarras ao espírito do Magma, à língua Kobaiana e ao Zeuhl em geral. Aqui, tentarei destilar o interessante e o curioso num tipo de viagem possível ao redor do globo.

BÉLGICA

As estrelas óbvias relacionadas com o Zeuhl na Bélgica são os Univers Zero e os Present  (ambos cobertos com alguns detalhes em nosso primeiro artigo RIO, na Audion # 30), ambas as bandas, inter-relacionadas, empurraram de forma contínua o modelo Zeuhl para formtos cada vez mais complexos, reescrevendo as suas regras à medida que iam avançando, ligando tudo, desde o rock pesado à música clássica.

Mas, talvez não conheça (os também relacionados) Cos. Começaram como Classroom (em 1966) tocando uma mistura de jazz e música clássica. O fundador Daniel Schell tinha a paixão pelas novas ideias na música, além de ser um grande fã de jazz. Uma “sala de aula” reformada, em 1970, apresentou o extremamente talentoso Pascal Son. Supostamente, a música dos Classroom mudou quando eles descobriram os Magma, tocando numa série de shows destes na Bélgica. Nessa época, os Classrooom incluíam Jean-Luc Manderlier, ex-Arkham (pré-Univers Zero) e mais tarde Magma. Demos da CBS dessa época foram incluídas no CD de estreia dos Cos, com uma mistura neoclássica e jazz-fusion, com um pé na psicadelia dos anos 60.

Mudando o nome para Cos, passaram a apoiar seus ex-amigos Magma ZAO em digressão, e em POSTAEOLIAN TRAIN ROBBERY combinaram muito mais do que elementos assimilados de Zeuhl, jazz, clássico e rock. A sua música intrincada combinou perfeitamente com as características de Zeuhl com os estilismos da cena Canterbury / RIO. Em VIVA BOMA, o caprichoso estilo de música de Pascale e o canto scat tornaram Cos instantaneamente reconhecíveis. Foi então que Monsieur "Aksak Maboul" Marc Hollander substituiu Charles Loos nos teclados (que formou então os Juleverne), deixando a música dos Cos tão confusa que às vezes parecia com que se os ZAO tivessem Phil Miller e Hugh Hopper nas suas fileiras, tudo encabeçado por uma música pop funky maluca! Tongue-in-cheek e mortalmente sério, era o paradoxo de Cos que mais tarde se tornou a causa da sua queda, mas com esses álbuns cada momento foi um sucesso.

Mais tarde, Daniel Schell formou outra banda, chamada Karo, explorando seu novo brinquedo, o Chapman Stick, com uma fusão instrumental que foi um retrocesso em relação aos primeiros Cos, sem tanta influência de Zeuhl. Juleverne de Charles Loos assumiu o lado sério da música de câmara dos Cos, praticando uma música que era mais Satie do que Zeuhl, mas ainda dentro do escopo do género. O seu segundo LP, A NEUF (“It’s new ”,em inglês) mergulhou o folk valão antigo num potpourri de fusão, semelhante aos Univers Zero mais suaves.

Mais recentemente, os Cro Magnon apareceram a tocar uma música que é uma mistura de todos os estilos e referências mencionadas acima, uma espécie de híbrido de camerística / clássico / RIO, e muito mais sério do que a sua imagem pode fazer transparecer. No essencial, o oposto de Cos, que projetavam uma imagem séria, mas eram totalmente excêntricos.


INGLATERRA

A primeira banda britânica a reconhecer os Magma como uma influência da sua música devem ter sido os Metabolist, embora eles se tenham inspirado também nos Can. Crescendo na esteira do movimento indie new-wave, os Metabolist nunca receberam a atenção que mereciam, e sua carreira foi perdida, fracassando antes que eles realmente revelassem todo o seu potencial. A mistura  dos Metabolist evoluiu através de muitas fases, duros cânticos do tipo Kobian, riffs de baixo brilhantes e bateria agitada, todos presentes em muitas de suas músicas. Um dia destes, gostaria de escrever um artigo sobre os Metabolist e também lançar uma coleção 2CD com toda a sua produção editada. Embora essenciais, os seus lançamentos estão ficando mais escassos à medida que o tempo corre. É uma pena que os Metabolist nunca tenham conseguido a atenção que os This Heat teve. Mas, em 1980, um híbrido Zeuhlian / Can não era a moda mais popular!

Tal é a importância da criação genérica única dos Magma que a mais improvável das bandas: Astralasia, lançou um EP de 12 "chamado" Univeria Zekt - uma oferta "(Magick Eye t11) em 1993, transformando samples dos Magma na sua própria música espacial-techno. Soleil d'Ork (do Udu Wudu dos Magma) é o loop fonte no repetitivo Kobian Love Chant, e em outras músicas os extratos menos identificáveis ​​de Magma fazem parte de loops usados pela banda. Os resultados são totalmente removidos de Zeuhl, mas é uma esquisitice curiosa!

A única outra relação de britânicos com o Zeuhl, que conheço, é uma banda chamada Groon (em homenagem à faixa dos King Crimson, e também conhecida como Grüne) que toca um híbrido ardente dos estilos King Crimson, Krautrock, Zeuhl e Canterbury, todos numa mistura instrumental . Apenas marginalmente Zeuhl, na verdade, e às vezes, como a Mahavishnu Orchestra, ficam mais impro-jazzística e não tanto Zeuhl.


ALEMANHA

Apesar do toque teutónico da língua kobiana, os Magma e a música Zeuhl não foram muito notadas na Alemanha. Havia uma banda da nova onda alemã que se autodenominava Mekanik Destruktiw Kommandoh, mas não eram nem um pouco Zeuhl!

O maior inovador neste campo foi Peter Frohmader. No início dos anos 80, inspirado pelo uso inovador do baixo, de Jannick Top, Peter gravou alguns clássicos instrumentais de Zeuhl no seu segundo LP, NEKROPOLIS 2. Também explorou outros caminhos que o levaram a esse género, mas mais na direção do Krautrock pesado, em NEKROPOLIS LIVE, deu um toque funky na fusão do estilo Magma com um toque de Miles Davis e Material em THE FORGOTTEN ENEMY, e depois para reinos mais abstratos com WINTER MUSIC e com as suas “sinfonias de baixo”. Não apenas interessado nos Magma, Peter também utilizou alguns maneirismos dos Art Zoyd e dos Univers Zero, movendo-se para uma música clássica dark que se assemelha aos Art Zoyd no álbum HOMUNCULUS.

O único outro artista alemão que encontrei neste campo é Uwe Ruediger, baterista e multi-instrumentista que lançou uma cassete chamada SHAPE ONE (1984) com influências new-wave e Zeuhl. Mais tarde tocou com Peter Frohmader na banda de free rock Peter Ström.


ITÁLIA

Os Banco foram a primeira banda italiana a atacar qualquer coisa parecida com Zeuhl, embora  ache que isso mais uma coincidência que consistiu no facto de os seus álbuns instrumentais possuírem um uso semelhante de piano percussivo, ao estilo Stravinsky, e influências clássicas dark e jazz. Mais perto estiveream os Nome, que só lançaram um single (que eu saiba) que era uma mistura bizarra de RIO, Zeuhl e prog operístico.

A maior parte da música Zeuhl italiana apareceu nos últimos 10 anos. Os Stick & String Quartet tiraram partido da música de câmara de Zeuhl (território dos Art Zoyd e dos Juleverne) e transformaram-na num estilo ágil próprio. Os Kraken In The Maelstrom misturaram todos os tipos de influências para uma mix complexa improvável de Zeuhl, Van der Graaf Generator e estilos italianos dos anos 70. Os mais prolíficos têm sido os Runaway Totem, uma banda bem peculiar, meio Magma no espírito, misturada com estilos de hard rock, jazz e ópera até! As suas vocalizações são um tipo de Kobian rock também, mas não são totalmente plagiadores, já que há muito mais em actividade na sua música, influências do vanguardista italiano, RIO e arestas clássicas, chegando a assemelharem-se aos Birdsongs Of The Mesozoic. Foram-se acalmando um pouco com cada disco que iam lançando ao longo dos tempos, mudando o foco para uma Universal Totem Orchestra muito mais sombria e estranha.

 

SUÉCIA

Penso que o ângulo sueco sobre o Zeuhl veio das actuações RIO tocadas em festivais no final dos anos 70 e 80. Não é assim tão surpreendente, julgo, que uma banda conectada com os Samla Mammas Manna funcionaria neste campo, embora os Ensemble Nimbus não sejam totalmente do estilo Magma, mas sim um toque moderno e animado de Zamla / RIO / Zeuhl tipo de som.

Uma série de actuações mais influenciados pelo Zeuhl envolvem pessoas da Bauta Records, como os Kultivator que tocaram uma fusão progressiva, Kinf de Hatfield's Meet Samla's com uma dose inebriante de Magma, e Myrbein que tocava uma fusão progressiva que misturava Zampla, Arbete e Fritid, Zeuhl, Henry Cow e muito mais! Vários projetos relacionados com Lars Jonsson (de Bauta, ou seja, Ur Kaos, J. Lachen, Na Margon, Songs Between, etc.) também actuaram um pouco neste campo, mas apenas de forma temporária.

Também relacionados com esta trupe está o principal explorador de Zeuhl da Suécia: Simon Steensland, que interpreta uma falsificação Zeuhl / RIO do mais alto calibre. O seu LONESOME COMBAT ENSEMBLE definiu o cenário com uma mistura sombria de estilos, do clássico ao rock, embora apenas parcialmente Zeuhl. THE ZOMBIE HUNTER possui uma riqueza de influências e texturas combinadas, e está cheio de motivos clássicos sombrios, texturas góticas, bombástica e energia furiosa tipo Zeuhl. Touches of When, J. Lachen, Art Zoyd, Shub Niggurath, o que quiserem, até mesmo o personagem do complexo esquizofrênico denominado King Crimson está lá. O mais recente LED CIRCUS é ainda mais bizarro, com alguns estranhos elementos operáticos e uma infinidade de novos ângulos atacados por toda lado. Simon também trabalhou com o vanguardista Sten Sandell, assim como Lars Jonsson; na verdade, todo o underground sueco recente parece estar interconectado!

 

MÉXICO

Parece uma possibilidade improvável, mas existem algumas bandas do México que cujo som era baseado no Zeuhl. Os primeiros e mais inovadores foram os Decibel, que era realmente mais parecidos um Henry Cow improvisado, embora era mais eletrónicos, e tinham algumas texturas tipo Magma na sua música. Semelhante, mas com uma base mais folk / jazz, os Banda Elastica formaram um caldeirão bizarro em que eu nunca realmente consegui penetrar.

Os mais Zeuhl dos anos 80 foram Nazca, que estavam mais relacionados com o género ficcional dos Juleverne, Vortex, Art Zoyd  e da Música de Câmara do Século 21! Eram na verdade incríveis na sua destreza e inventividade, especialmente por se tratar de uma banda essencialmente acústica, mas conseguiam criar uma tempestade, com uma interação complexa através de uma mistura de violinos, viola, piano, fagote, oboé, baixo, violão e percussão. Alguns membros da banda reapareceram mais tarde na banda gótica / medieval Culto Sin Nombre.

 

CANADÁ

Com a cultura franco-canadiana quebequiana, é óbvio que ocorreria sempre uma correlação na cena musical, especialmente porque já existia uma versão híbrida canadense dos ZAO a uma dada altura.

Os L'Infonie foram, de certa forma, uma espécie canadiana paralela aos Magma, inovadora na mistura de culturas e estilos tão abrangentes como o jazz, psicadelia e vanguarda. Eles também podem ser considerados verdadeiramente clássicos e são famosos pela sua versão Zeuhl rock de In C. de Terry Riley. No entanto, devem dar uma olhadela no LP1 de seu VOL duplo. 333, que capta um espírito muito próximo ao som do início dos Magma, mas agora em LP. O seu cantor Raoul Duguay tornou-se famoso na cena pop canadiana.

A banda canadiana Maneige, dos anos 70, também contou com Raoul Duguay como convidado no seu segundo álbum, LES PORCHES, e apresentava um leve toque de Zeuhl na sua música. Tudo o que está disponível do seu período clássico inicial (na altura) é LIVE MONTREAL 1974/1975, que é mais parecida com uma mistura Henry Cow / jazz / folk peculiar na sua maioria. Os herdeiros do trono dos Maneige foram os Miriodor, formados por volta de 1980 na cidade de Quebec, mudando-se para Montreal em 1985. Os seus primeiros álbuns eram como uma progressão lógica, diferente dos Maneige, com elementos de música sistémica (Michael Nyman, Lost Jockey) e Zeuhl / nova música de câmara (Art Zoyd, Univers Zero), mas desde então mudaram-se para outros poisos.

 

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Na verdade, não existe realmente um Zeuhl EUA, embora várias bandas se tenham aproximado do género, nomeadamente os Birdsongs Of The Mesozoic dos seus primeiros tempos, com seu estilo único de fusão de rock vanguardista e de piano-percutido. Os Motor Totemist Guild (e por vezes os U Totem) aproximaram-se um pouco do lado mais sombrio dos Univers Zero, e um pouco de Zeuhl também se pode encontrar em alguns trabalhos dos Doctor Nerve, embora de forma um tanto efémera. Uma nova banda, os Yeti, são o que de mais próximo alguém, nos EUA, já conseguiu no que ao Zeuhl diz respeito, embora seu álbum THINGS TO COME deixe cair muitos dos movimentos clássicos do duo Vander-Top em favor de outros estilos progressivos franceses. Confira minha análise no Audion # 43.

 

JAPÃO

Todos nós sabemos que os japoneses adoram copiar e reinventar as coisas. Assim não é nenhuma surpresa que tenha havido muitas criações estranhas do tipo Zeuhl ao longo dos anos. Aqui está um resumo de alguns que encontrámos ao longo dos anos ...

Entre os primeiros exploradores: Os Il Berlione eram uma espécie de fusão RIO étnica / de câmara com laivos de Univers Zero e Art Zoyd. Os Lacrymosa também se encaixavam no mesmo lugar, embora seu álbum BUGBEAR tivesse um toque oriental muito mais forte.

Na ruidosa armada noise japonesa encontramos várias bandas inspiradas no Zeuhl. Os mais conhecidos (por terem sido apadrinhados por John Zorn e Derek Bailey) são os Ruins. Tocam uma fusão frenética que alterna entre o Zeuhl e o free-jazz, e quase tudo o mais que eles se lembrem de acrescentar, e que é muito. Os Koenji estão ligados aos Ruins e aplicam a ética “Japanoise” a uma fusão inspirada nos Magma. Ouvir o seu álbum HUNDRED SIGHTS OF KOENJI é como ser espancado, sobrepondo-se depois uns gritinhos furiosos ao estilo Magma, uma espécie de KOHNTARKOSZ e UDU WUDU híbrido, coberto com vocais selvagens. Imagine os Fushitsusha interpretando as músicas dos Shub Niggurath mais selvagens! Os Bondage Fruit pegaram num monte de estilos folk europeu e jazz-fusion, e adicionaram-lhe uma ponta maníaca de Magma, usando com multi-vocalizações femininas e apresentando um baixo dominante, juntando tudo isso com tudo o que possa imaginar, menos a pia da cozinha! Às vezes fazem lembrar os Eskaton com uma ponta de metal brilhante! Lançamentos posteriores lembram os Nekropolis e os King Crimson, e, mais tarde os Mahavishnu de rock / riff livre, ficando, é bom de ver, cada vez menos Zeuhl.

Os Happy Family são, sem dúvida, as estrelas da tradição japonesa RIO / Zeuhl, uma banda que se incorporou neste género complexo, mas criando seu próprio estilo furiosamente excessivo. Enquanto os  Bondage Fruit e os Koenji tendem a não manter um equilíbrio artístico, os Happy Family parecem ter tudo na proporção certa. Uma parte RIO (Henry Cow, Univers Zero, Present, The Muffins), uma parte Zeuhl (Weidorje, UDU WUDU era Magma), adicionando o tecnicismo japonês e uma pontinha de rock mais forte (um pouco daquele desenho animado, canto de pássaros do tipo mesozóico de estilo moderno), e teremos uma Família Feliz! Zeuhl liderado pela guitarra, uma música cheia de solos e furiosa complexidade. A sua primeira cassete ao vivo foi recebida com espanto, e o seu CD homónimo ainda mais. Em TOSCCO levaram seu estilo de fusão para um novo território, ainda mais complexo, ao estilo do rock progressivo, levando a questionar-me que caminho percorrerão em seguida.

 

 

DISCOGRAFIA

Banda Elastica – Banda Elastica (LP: Tiradero BE 1001) © 1986

Banda Elastica – Banda Elastica 2 (CD: Tiradero CDDP 1102) 1990 © 1991

Il Berlione – 3 tracks on: LOST YEARS IN LABYRINTH (CD: Belle Antique BELLE 9119) 4-5/90+5/91 ©1991

Il Berlione – IL BERLIONE (CD: Belle Antique BELLE 9229) ©1992

Il Berlione – IN 453 MINUTES INFERNAL COOKING (CD: Belle Antique BELLE 9483) ©1994

Bi Kyo Ran – GO-UN (CD: Belle Antique BELLE 95149) 9/95 © 1995

Birdsongs of the Mesozoic – Birdsongs of the Mesozoic (12” EP: Ace of Hearts AHS 1008) 8/81-12/82 © 1983

Birdsongs of the Mesozoic – MAGNETIC FLIP (LP: Ace of Hearts AHS 10018) 10/83-1/84 © 1984

Birdsongs of the Mesozoic – Beat Of The Mesozoic (12” EP: Ace of Hearts AHS 1018) 3-8/85 © 1985

Birdsongs of the Mesozoic – FAULTLINE (LP/CD: Cuneiform RUNE 19) © 1989

Birdsongs of the Mesozoic – PYROCLASTICS (CD: Cuneiform RUNE 35) 12/89-6/91 © 1992

Birdsongs of the Mesozoic – THE FOSSIL RECORD 1980-1987 (CD: Cuneiform RUNE 55) 5/80-8/87 © 1993

Birdsongs of the Mesozoic – DANCING ON A’A (CD: Cuneiform RUNE 69) © 1995

Birdsongs of the Mesozoic – PETROPHONICS (CD: Cuneiform RUNE 137) © 2000

Bondage Fruit – Bondage Fruit (CD: Isis ISI-0111) © 1994

Bondage Fruit – II (CD: Maboroshi No Sekai MABO-006) © 1996

Bondage Fruit – III – RÉCIT (CD: Maboroshi No Sekai MABO-009) © 1997

Cos – POSTAEOLIAN TRAIN ROBBERY (LP: IBC 4C 054-97.146) 8/74 © 1975 (CD: Musea FGBG 4028.AR) «plus 4 bonus tracks» © 1990

Cos – VIVA BOMA (LP: IBC 48 062-23.605) 7/76 © 1976 (CD: Musea FGBG 4159.AR) «plus 4 bouns tracks» © 1997

Cos – BABEL (LP: IBC 4C 058-23.794) © 1979

Cos – SWISS CHALET (LP: IBC 4C 064-23.902) © 1980

Cos – PASSIONES (LP: Boots 08 1804 or Lark INL 3539) © 1983

Cos – Hotel Atlantic (12” EP: GeeBeeDee 60-1815) © 1984

Cro Magnon – ZAPP! (CD: Het Verkeerde Been 9201) © 1992

Cro Magnon – BULL? (CD: Lowlands LOW 008) © 1996

Culto Sin Nombre – HALLAZGOZ NERICOSOS (CD: Eibon) © 19??

Decibel – EL POETA DEL RUIDO (LP: Orfeón LP-12-1113) 7-8/79 © 1980

Decibel – CONTRANATURA (CD: Momia 03) 1977-92 © 1992

Derek & The Ruins – SAISORO (CD: Tzadik TZ 7202) © 199?

Doctor Nerve – SKIN (CD: Cuneiform RUNE 70) © 1995

Ensemble Nimbus – KEY FIGURES (CD: APM 9403 AT) 1993-94 © 1994

Ensemble Nimbus – SCAPEGOAT (CD: Record Heaven RHCD12) ©1998

Peter Frohmader – NEKROPOLIS: MUSIK AUS DEM SCHATTENREICH (LP: Nekropolis RP 10122) © 1981 (CD: Ohrwaschl OW OW042) «plus 4 bonus tracks» © 1998

Peter Frohmader – NEKROPOLIS 2 (LP: Hasch Platten KIF 002) © 1982

Peter Frohmader – NEKROPOLIS LIVE (LP: Schneeball 1037) 25-27/7/83 © 1983 (CD: Ohrwaschl OW033) «plus 2 bonus tracks (14/1/83» © 1995

Peter Frohmader – THE FORGOTTEN ENEMY (MLP: Hasch Platten KIF 008) 1983-84 © 1984

Peter Frohmader – WINTERMUSIC (MLP: Multimood MRC-006) 1984 © 1987

Peter Frohmader – STRINGED WORKS (CD: Multimood MRC-006) 1982-84 © 1994 «WINTERMUSIC plus 2 unreleased works»

Peter Frohmader – THE AWAKENING: NEKROPOLIS LIVE ’79 (CD: Ohrwaschl OW035) © 1997

Groon – REFUSAL TO COMPLY (CD: Progressive Interntional PRO 050/Dissenter DIS 002) © 1994

Happy Family – FLYING SPIRIT DANCE (MC: Rotter’s Paper RPT001) 16/4/94 © 1994

Happy Family – HAPPY FAMILY (CD: Cuneiform RUNE 73) 1994 © 1995

Happy Family – TOSCCO (CD: Cuneiform Rune 93) © 1997

Julverne – COULONNEUX (LP: EMI 4B 58-99069) © 19??

Julverne – A NEUF (LP: Crammed CRA 274) © 1981

Julverne – EMBALLADE (LP: Igloo IGL 037) © 1983

Julverne – NE PARLONS PAS DE MAHLEUR (LP: Igloo IGL 042) © 1986

Julverne – LE RETOUR DU CAPTAIN NEMO (CD: Igloo IGL 089) © 1994

Koenji – HUNDRED SIGHTS OF KOENJI (CD: Good Mountain 2.800) © 199?

Kraken In The Maelstrom – EMBRYOGENESIS (CD: Mellow MMP 165) © 1993

Kultivator – BARNODENS STAGAR (LP: Bauta BAR 8101) 1980 © 1981 (CD: APM 9201) «plus 2 bonus tracks (9/6/79 + 1992)» © 1992

Lacrymosa – BUGBEAR (LP: ?) 8-10/84 © 1984 (CD: SSE-8201) «plus “Flash Back” single & 5 bonus tracks (6-8/83)» © 1993

Lacrymosa – Flash Back / Metamorphosis / Lacrymosa (7”: LLE-3004) 7+9/85 © 1985

Lacrymosa – JOY OF THE WRECKED SHIP (CD: SSE-4033) 10-12/93 © 1994

Metabolist – Drömm/Slaves/Eulam´s Beat (7” EP: Drömm DRO 1) © 1979

Metabolist – HANSTEN KLORK (LP: Drömm DRO 2) © 1980

Metabolist – Identify/Tiz Oz Nam (7”: Drömm DRO 3) © ?

Metabolist – GOATMANAUT (MC: Drömm) © ?

Metabolist – STAGMANAUT (MC: ?) © ?

Metabolist – Le Grand Prique (7”: Bain Total ?) © ? «B-side is by Die Form»

Miriodor – RENCONTRES (LP: Rio 43) 3/84-7/85 © 1986 (CD: Cuneiform RUNE 108) «plus 4 tracks from TÔT OU TARD» © 1998

Miriodor – TÔT OU TARD (MC: Rio 57) 3+5/84 & 12/86 © 1987

Miriodor – MIRIODOR (LP: Cuneiform RUNE 14) 1/88 © 1988 (CD: Cuneiform RUNE 14) «plus 5 tracks from TÔT OU TARD» © 1993

Miriodor – 3RD WARNING (CD: Cuneiform RUNE 32) 3/91 © 1991

Miriodor – JONGLERIES ÉLASTIQUES (CD: Cuneiform RUNE 78) 3/95 © 1996

Myrbein – MYRORNAS KRIG (LP: ?) 1980-81 © ? (CD: APM 9302) «plus 2 bonus tracks» © 1993

Na Margon – Death’s Angel (CDS: Bauta BAR 9302) © 1993

Nazca – NAZCA (LP: Naja NN 1001) © 1983

Nazca – ESTACIÓN DE SOMBRA (LP: Naja NN 1002) 7/86 © 1986

Nome – Marte Alla Volta/Trine (7”: GN 001) 4+9/89 © 1990

Uwe Ruediger – SHAPE ONE (MC: U.R.) 1984 © 1992

Ruins – STONEHENGE (CD: Shimmy Disc 037) © 199?

Ruins – HYDEROMASTGRONIGEM (CD: Tzadik TZ 7202) © 199?

Runaway Totem – TRIMEGISTO (CD: Black Widow BWRCD 004-2) © 1995

Runaway Totem – ZED (CD: Black Widow BWRCD 013-2) © 1996

Runaway Totem – ANDROMEDA (CD: Musea FGBG 4299.AR) © 1999?

Daniel Schell & Karo – IF WINDOWS THEY HAVE (LP/CD: Made To Measure MTM 13) © 1986/1988

Daniel Schell & Karo – THE SECRET OF BWLCH (CD: Made To Measure MTM 27) © 1992

Daniel Schell & Karo – GIRA GIRASOLE (CD: Materiali Sonori MASOCD 90057) © 1993

Songs Between – Cities & Waterholes (CDS: Bauta BAR 9303) 4/92 © 1993

Simon Steensland – THE SIMON LONESOME COMBAT ENSEMBLE (CD: Musea MP 3013.AR) © 1993

Simon Steensland – THE ZOMBIE HUNTER (CD: APM 9509 AT) 12/94-3/95 © 1995

Simon Steensland – LED CIRCUS (CD: Ultimae Audio Entertainment UAE DISC 11)) 1997-98 © 1999

The Stick & String Quartet – THE STICK & STRING QUARTET (CD: Kaliphonia KRC 005) 4/92+4/93 © 199?

Tipographica – TIPOGRAPHICA (CD: God Mountain GMED 005) © 199?

Tipographica – MAN WHO DOES NOT NOD (CD: Pony Canyon) © 199?

Tipographica – GOD SAYS I CAN’T DANCE (CD: Pony Canyon PCCR-00204) © 199?

Tipographica – FLOATING OPERA (CD: Sistema Records SICD-1) © 1997

Universal Totem Orchestra – RITUALE ALIENO (CD: Black Widow BWRCD 022-2) © 2000

Ur Kaos – A TERRIBLE BEAUTY IS BORN (LP: Bauta BAR 9002) © 1990

Yeti – THINGS TO COME… (CD: Two Ohm Bop 008CD) 10/99-2/00 © 2000

Zypressen – 2 tracks on: LOST YEARS IN LABYRINTH (CD: Belle Antique BELLE 9119) 4-5/90+5/91 © 1991

Zypressen – ZYPRESSEN (CD: Belle Antique BELLE 96195) © 1996





28.10.20

As Melhores Músicas De Sempre (#4 e #5): Pulp - "Babies" + Martha And The Muffins - "Echo Beach"


 + 2 para a tal ilha deserta






30.9.20

Livros sobre música que vale a pena ler - Cromo #82: Vários - "Musonautas Visões & Avarias 1960-2010 5 Décadas De Inquietação Musical No Porto"


autor: Vários
título: Musonautas Visões & Avarias 1960-2010 5 Décadas De Inquietação Musical No Porto
editora: Galeria Municipal do Porto
nº de páginas: 336
isbn: N/A
data: 2020
(a exposição que deu origem ao livro foi em 2018)
Tem CD Extra









Este livro foi publicado a partir da exposição Musonautas, Visões & Avarias comissariada pela Galeria Municipal do Porto e que decorreu de 7 de setembro a 18 de novembro de 2018.

 

Índice

Rui Moreira – “… E Os Nómadas Tocam” – 14

Guilherme Blanc – Banana Split Lady (Uma curta memória caleidoscópica nos magníficos dias atlânticos) – 16

Paulo Vinhas – Das Tripas Coração – 20

Viriato Teles – Um Homem Do Mundo (Da Canção E Da Liberdade): Entrevista A Avelino Tavares – 24

José Luís Borges Coelho – Visão? Avaria? Visão & Avaria: Tudo Junto! – 40

José Carlos Callixto – What’s Going On: Breve Retrato Do Rock No Porto (1960-1979) – 68

Rui Pereira – O Porto E A Música Popular Portuguesa: Cortando O “Silêncio De Cristal” – os casos Sérgio e Zé Mário – 84

José Manuel Lopes Cordeiro – A Imprensa Musical E A Sua Importância Como Alavanca Dos Movimentos Musicais Do Porto – 98

Regina Guimarães – Cuidado: Entrada De Veículos Leves E Pesados - 110

Rui Reininho – Os Quatro (S)ismos – 120

Luís Freixo – 1980-1989: Da Inquietação Musical À Aclamação De Uma Década Única – 126

Ricardo Alexandre – Porto Em Fim E As Vozes Da Liberdade – 138

Pedro Quintela E Paula Guerra – A Arte Portuense De Ser Marginal – Punk, pós-punk e cultura alternativa no Porto circa 1980-90 – 146

Anselmo Canha – Esconsos E Fachadas: Ora Venha Lá Um Honoris Causa Para O Stop – 156

Inês Nadais – Da Tensão Pré-Milénio Ao Grande Apagão (inclui fogo-de-artifício ao intervalo e uma luz ao fundo do túnel) – 164

Marco Ferreira 8Keso) – A História Do Hip Hop Do Porto – 178

Aida Castro – Espaços De Metal, Vidro, Reflexos – 188

Rodrigo Affreixo – Aumentem O Volume! – Boîtes, pubs, bares, discotecas, clubes, festas e todas as celebrações – 198

CRONOLOGIA FONOGRÁFICA – 224

VISTAS DA EXPOSIÇÃO – 272

ENGLISH VERSION – 289

ÍNDICE REMISSIVO - 326

 

1960-2010                           CRONOLOGIA FONOGRÁFICA

1960

Conjunto Heinz Horner

Anda Comigo

EP

Orfeu

1960

Conjunto Heinz Horner

Mas Sou Fadista

EP

Orfeu

1960

Conjunto Heinz Horner

Agarradinho

EP

Orfeu

1960

Conjunto Ligeiro Académico

Cha Cha Cha del Transito

EP

Orfeu

1960

Francisco Serrano c/ Walter Behrend e o seu Conjunto

Saudades da Bahia

EP

Orfeu

1960

Francisco Serrano c/ Walter Behrend e o seu Conjunto

Ouça

EP

Orfeu

1960

Walter Behrend e o seu Conjunto

Marina

EP

Alvorada

1960

Walter Behrend e o seu Conjunto

Mulheres Perigosas

EP

Orfeu

1960

Pedro Osório e o seu Conjunto

Namorico da Rita

EP

Alvorada

1960

Pedro Osório e o seu Conjunto

A Noite do Meu Bem

EP

Orfeu

1960

Pedro Osório e o seu Conjunto

Greenfields

EP

Orfeu

1960

Pedro Osório e o seu Conjunto

Velha Carcaça

EP

Orfeu

1960

Walter Behrend e o seu Conjunto

Carinha de Bebé

EP

Orfeu

1960

Toni Hernandez e o seu Conjunto

Toni Hernandez e o eu Conjunto

EP

Alvorada

1960

Walter Behrend e o seu Conjunto

Dance com Walter Behrend e o seu Conjunto 2

EP

Alvorada

1960

Toni Hernandez e o seu Conjunto

Dona do Fado

EP

Alvorada

1960

Pedro Osório e o seu Conjunto

Namorico da Rita

EP

Alvorada

1960

Walter Behrend e o seu Conjunto

Escrito No Céu

EP

Orfeu

1960

Toni Hernandez e o seu Conjunto

Manuela

EP

Alvorada

1960

Toni Hernandez e o seu Conjunto

De Novo com Toni Hernandez

EP

Alvorada

1961

Pedro Osório e o seu Conjunto

Twist Twist

EP

Orfeu

1961

Fernando Corrêa de Oliveira

O Ratinho Ra.Tu-Di, Op. 8

EP

Parnaso

1962

Walter Behrend e o seu Conjunto

Em Tempo de Twist

EP

Orfeu

1962

Sousa Pinto e o seu Conjunto

Charriot

EP

Orfeu

1962

Walter Behrend e o seu Conjunto

Bossa Nova

EP

Orfeu

1962

Sousa Pinto e o seu Conjunto

If I Had A Hammer

EP

Orfeu

1962

Fernando Corrêa de Oliveira

Três Sonetos Líricos, Op. 16

10”

Parnaso

1962

Fernando Corrêa de Oliveira Trio

Trio para Violino, Violoncelo e Piano, Op. 17

10”

Parnaso

1963

Os Titãs

Tema para Titãs

EP

Orfeu

1963

Os Titãs

Vira da Nazaré

EP

Orfeu

1964

Conjunto José Nóvoa

The House of the Rising Sun

EP

Orfeu

1964

Os Galãs

Poema

EP

Orfeu

1964

Os Tártaros

Encanto dos teus Olhos

EP

Rapsódia

1965

Fernando Corrêa de Oliveira

8 Peças Progressivas, Op. 21

10”

Parnaso

1965

Fernando Corrêa de Oliveira

50 Peças para os 5 Dedos, Op. 7

10”

Parnaso

1965

Fernando Corrêa de Oliveira

O Cábula – Ópera Infantil

10”

Parnaso

1965

Conjunto Sousa Pinto

A Festa da Bolinha

EP

Ofir

1965

Sousa Pinto e o seu Conjunto

Fado Batido em Surf

EP

Orfeu

1965

Conjunto José Nóvoa

Wolle Lotta Shakin’ Goin’ On

EP

Orfeu

1965

Os Morgans

Os Morgans

EP

Rapsódia

1965

Os Morgans

Uma Casa Portuguesa

EP

Rapsódia

1965

Sousa Pinto e o seu Conjunto

Sol de Inverno

EP

Orfeu

1966

Blusões Negros

Blusões Negros

EP

Rapsódia

1966

Conjunto Académico Ruy Manuel

Fuga

EP

Rapsódia

1966

Conjunto Sousa Pinto

Sunny

EP

Ofir

1966

Os Cinco Bambinos

Eu Chamo Por Ti

EP

Rapsódia

1966

Os Espaciais

Silêncio

EP

Rapsódia

1966

Os Tártaros

Pistoleiro

EP

Rapsódia

1966

Conjunto Pedro Osório

Novo

EP

Orfeu

1967

Conjunto Walter Behrend

Boneco

EP

Alvorada

1967

Os Espaciais

Espero

EP

Rapsódia

1968

Os Tártaros

Magic Moment

EP

Rapsódia

1968

Grupo 5

Ballad of Bonnie and Clyde

EP

A Voz Do Dono

1968

Os Titãs

One Way Love

EP

Clave

1968

Pop Five Music Incorporated

Those Were The Days

EP

Orfeu

1968

Os Nómadas

Wha’D I Say

7”

Molaflex

1969

Grupo 5

Estrada do Nada

7”

A Voz Do Dono

1969

José Mário Branco

Ronda do Soldadinho

7”

Edição de Autor

1969

José Mário Branco

Seis Cantigas de Amigo

7”

Arquivos Sonoros Portugueses

1969

Jotta Herre

Penina

EP

Philips

1969

Pop Five Music Incorporated

A Peça

LP

Orfeu

1969

Pop Five Music Incorporated

Ob-La-Di- Ob-La-Da

EP

Orfeu

1970

Grupo 5

Wight Is Wight

EP

A Voz Do Dono

1970

Pop Five Music Incorporated

Menina

7”

Orfeu

1970

Pop Five Music Incorporated

Page One

7”

Orfeu

1971

Aníbal Miranda

I’ve Got My Problems

EP

Roda

1971

José Mário Branco

Mudam-se os Tempos Mudam-se as Vontades

LP

Guilda da Música

1971

Mini-Pop

Certos Senhores Crescidos

EP

Fama

1971

Pop Five Music Incorporated

Orange

7”

Orfeu

1971

Pop Five Music Incorporated

Stand By

7”

Orfeu

1971

José Mário Branco / Patrick Morelli

La Comune de Paris

7”

Groupe Organon

1971

Sérgio Godinho

Romance de um Dia na Estrada

7”

Guilda da Música

1972

Mini-Pop

Delta Queen

7”

Movieplay

1972

José Mário Branco

Margem de Certa Maneira

LP

Guilda da Música

1972

Mini-Pop

Já Não Queremos Histórias

7”

Fama

1972

Pop Five Music Incorporated

No Time to Live

7”

Orfeu

1972

Pop Five Music Incorporated

Take Me To The Sun

7”

Orfeu

1972

Sérgio Godinho

Os Sobreviventes

LP

Sassetti

1973

António Macedo

Só Te Peço Que Não Pares

7”

Parlophone

1973

José Mário Branco / S. Godinho / J. Jorge Letria

José Mário Branco / S. Godinho / J. Jorge Letria

LP

Guilda da Música

1973

Mini-Pop

Menina de Luto

7”

Movieplay

1973

Mini-Pop

My Holyday Girl

7”

Movieplay

1973

Sérgio Godinho

Pré-Histórias

LP

Guilda da Música

1973

Smoog

Smoogin’

7”

Orfeu

1974

António Macedo

Canta Canta Amigo Canta

7”

Polydor

1974

Mini-Pop

Days Of Summer Sun

7”

Movieplay

1974

Sérgio Godinho

À Queima Roupa

LP

Guilda da Música

1975

Carlos Cavalheiro

A Boca do Lobo

7”

Guilda da Música

1975

Grupo de Acção Cultural

Alerta!

7”

Vozes Na Luta

1975

Grupo de Acção Cultural

Aos Soldados e Marinheiros

7”

Vozes Na Luta

1975

Grupo de Acção Cultural

A Cantiga É Uma Arma

7”

Vozes Na Luta

1975

Grupo de Acção Cultural

A Luta do “Jornal do Comércio”

7”

Vozes Na Luta

1975

Grupo de Acção Cultural

Até à Vitória Final

7”

Vozes Na Luta

1975

Grupo de Acção Cultural

Marchas Populares

7”

Vozes Na Luta

1975

Grupo de Acção Cultural

O Poder, Aos Operários E Camponeses

7”

Vozes Na Luta

1975

Grupo de Acção Cultural

Soldados Ao Lado Do Povo

7”

Vozes Na Luta

1975

Sérgio Godinho / Sheila / Fausto / Vitorino

Cantigas de Ida e Volta 1

EP

Orfeu

1975

Sérgio Godinho / Fausto / Vitorino

Cantigas de Ida e Volta 2

EP

Orfeu

1975

Sérgio Godinho / Fausto / Vitorino

Cantigas de Ida e Volta 3

EP

Orfeu

1976

Sérgio Godinho

Aos Amores

LP

EMI

1976

Sérgio Godinho

De Pequenino Se Torce O Destino

LP

Guilda da Música

1977

António Macedo

Por Isso

7”

No Label

1977

Arte & Ofício

Festival

7”

Orfeu

1977

Arte & Ofício

The Little Story Of Little Jimmy

7”

Orfeu

1977

José Mário Branco / Sophia de Mello Breyner

Contra a Repressão no Brasil

7”

Vozes Na Luta

1977

Pesquisa

Dude’s Serenade

7”

Search

1977

Anar Band

Anar Band

LP

Alvorada

1977

Sérgio Godinho

Nós Por Cá Todos Bem

7”

Diapasão

1978

Arte & Ofício

Come Hear The Band

12”

Orfeu

1978

José Mário Branco

A Mãe

LP

Comuna

1978

Sérgio Godinho

Pano Cru

LP

Orfeu

1978

José Mário Branco

Gente do Norte

7”

Diapasão

1978

José Mário Branco / Grupo Teatro Roda Viva

Marchas Populares

7”

Comuna

1978

José Mário Branco / S. Godinho / Fausto

A Confederação

LP

Diapasão

1978

Psico

Al’s

7”

Alvorada

1979

Arte & Ofício

Faces

LP

Orfeu

1979

Jorge Lima Barreto / Saheb Sarbib

Encounters

LP

Alvorada

1979

José Mário Branco

O Ladrão do Pão

7”

Diapasão

1979

Sérgio Godinho

Campolide

LP

Orfeu

1980

Aníbal Miranda

Don’t Shoot

7”

Polygram

1980

Arte & Ofício

Marijuana

7”

Gira

1980

Rui Veloso e a Banda Sonora

Ar de Rock

LP

Valentim de Carvalho

1980

Jafu’mega

Estamos Aí

LP

Metro-Som

1980

Roxigénio

Roxigénio

LP

GAF

1980

Rui Veloso e a Banda Sonora

Chico Fininho

7”

Valentim de Carvalho

1980

Trabalhadores do Comércio

Lima 5

7”

RPE Editores

1980

Filipe Pires

Canto Ecuménico

LP

Imavox

1980

Trabalhadores do Comércio

Trabalhadores do Comércio

7”

Gira

1981

Arte & Ofício

Danza

LP

Polygram

1981

GNR

Portugal na CEE

7”

Valentim de Carvalho

1981

GNR

Sê Um GNR

7”

Valentim de Carvalho

1981

Jafu’mega

Running Out

7”

Metro-Som

1981

King Fisher’s Band

Roda na Roda

LP

Roda

1981

Roxigénio

Do You Wanna Be Tied Above The Clouds?

7”

Roda

1981

Roxigénio

Song At Middle Voice

7”

Orfeu

1981

Rui Veloso e a Banda Sonora

A Rapariguinha do Shopping

7”

Valentim de Carvalho

1981

Rui Veloso e a Banda Sonora

Um Café e um Bagaço

7”

Valentim de Carvalho

1981

Sérgio Godinho

Kilas o Mau da Fita

LP

Polygram

1981

Taxi

Chiclete

7”

Polydor

1981

Taxi

Taxi

LP

Polydor

1981

Trabalhadores do Comércio

Chamem a Polícia

7”

Polydor

1981

Jafu’mega

Dá-me Lume / Ribeira

7”

Metro-Som

1981

Trabalhadores do Comércio

Trip’s à Moda do Porto

LP

Polydor

1982

Aníbal Miranda

Mini-Saia

7”

Philips

1982

Bando dos Gambozinos

Berlinde Azul – Nº 1

7”

Polydor

1982

Bando dos Gambozinos

Berlinde Azul – Nº 2

7”

Polydor

1982

António Garcez, Filipe Mendes e Transatlântico

Onde é que está o Capital?

7”

Vadeca

1982

João Lóio

Máscara

LP

Orfeu

1982

GNR

Hardcore (1º Escalão)

7”

Valentim de Carvalho

1982

GNR

Independança

LP

Valentim de Carvalho

1982

Jáfu’mega

Jáfu’mega

LP

Polygram

1982

Jáfu’mega

There You Are

7”

Metro-Som

1982

José Mário Branco

FMI

12”

Edisom

1982

José Mário Branco

Ser Solidário

LP

Edisom

1982

Roxigénio

2

LP

Vadeca

1982

Rui Veloso e a Banda Sonora

Fora de Moda

LP

Valentim de Carvalho

1982

Sérgio Godinho

Canto da Boca

LP

Philips

1982

Taxi

Cairo

LP

Polydor

1982

Telectu

Ctu Telectu

LP

Valentim de Carvalho

1982

Trabalhadores do Comércio

Nabraza

LP

Polygram

1983

António Pinho Vargas

Outros Lugares

LP

Vertigo

1983

Bananas

Identidade

7”

EMI-VC

1983

GNR

Twistarte

12”

EMI-VC

1983

Jáfu’mega

Recados

LP

Polydor

1983

Roxigénio

Rock’n’roll Men

LP

Vadeca

1983

Rui Júnior

O Ó Que Som Tem

LP

Diapasão

1983

Sérgio Godinho

Coincidências

LP

Philips

1983

Taxi

Salutz

LP

Polydor

1983

Telectu

Belzebu

LP

Cliché Música

1984

BAN

Alma Dorida

EP

EMI-VC

1984

GNR

Defeitos Especiais

LP

EMI-VC

1984

Poke

Digitalmente Afectivo

12”

Schiu!

1984

Stick

Como um Herói

7”

EMI

1984

Stick

Olhos nos Olhos

7”

EMI

1984

João Lóio

Tai – Teatro Amador de Intervenção, Joaõ Lóio – Uma História de Amor

7”

GAF

1984

Sérgio Godinho

Salão de Festas

LP

Philips

1984

Telectu

Off-Off

2LP

3 Macacos

1984

Vários Artistas

Ao Vivo no Rock Rendez-Vous em 1984

LP

Dansa do Som

1985

António Pinho Vargas

Cores e Aromas

LP

EMI

1985

GNR

Dunas

7”

EMI-VC

1985

GNR

Os Homens Não Se Querem Bonitos

LP

EMI-VC

1985

José Mário Branco

A Noite

LP

UPAV

1985

Vários Artistas

Música Moderna Portuguesa 1º Volume

LP

Dansa do Som

1985

Telectu

Halley

LP

Centro Nacional Cultura

1985

Telectu

Performance IV Bienal de Cerveira

LP

3Macacos

1985

Telectu

Telefone (Live Moscovo – XII Festival 85)

LP

3Macacos

1986

BAN

Santa

12”

EMI-VC

1986

GNR

Psicopátria

LP

EMI-VC

1986

Sérgio Godinho

Na Vida Real

LP

Polygram

1986

Filipe Pires

Canções do Mar

LP

Portugalsom

1986

Telectu

Rosa-Cruz

LP

Edição de Autor

1986

Trabalhadores do Comércio

Mais Um Membro P’ra Europa

MLP

Tigres de Bengala

1986

Trabalhadores do Comércio

Os Tigres de Bengala s.f.r.

7”

Transmédia

1986

Vários Artistas

Divergências

2LP

AmaRomanta

1987

António Pinho Vargas

As Folhas Novas Mudam de Cor

LP

EMI

1987

Bramassaji

Princípios

12”

Dansa do Som

1987

Cães Vadios

Cães Vadios

7”

Ama Romanta

1987

Entes Queridos

Desta Vez Para Sempre

CASSETE

K7 Xunga

1987

Bando dos Gambozinos

O Beco dos Gambozinos

LP

Discantus

1987

Tarantula

Tarantula

LP

Transmédia

1988

BAN

Encontro Com Mr. Hyde

12”

EMI-VC

1988

BAN

Irreal Social

12”

EMI-VC

1988

BAN

Surrealizar

LP

EMI-VC

1988

GNR

Vídeo Maria

12”

EMI-VC

1988

PSP

Pipocas

LP

Ama Romanta

1988

Johnny Johnny

Johnny Johynny

LP

EMI

1988

Alexandre Soares

Um Projecto Global

LP

Polygram

1988

Sérgio Godinho

Canta Com os Amigos do Gaspar

LP

Philips

1988

Telectu

Camerata Electronica

2LP

Ama Romanta

1989

António Pinho Vargas

Os Jogos do Mundo

LP

EMI

1989

BAN

Música Concreta

LP

EMI-VC

1989

Horácio

Aventura no Sol e na Lua

LP

Solo

1989

Hospital Psiquiátrico

1º Electrochoque

CASSETE

Facadas na Noite / Tragic Figures

1989

Hospital Psiquiátrico

3º Electrochoque

CASSETE

Bestattungsinstitut

1989

Tel Avive

Nuances

LP

Polydor

1989

Vários Artistas

Registos – 5º Concurso de Música Moderna Portuguesa

LP

Dansa do Som

1989

GNR

Valsa dos Detectives

LP

EMI

1989

Vítor Rua

Clássicos GNR

LP

Anónima

1990

José Mário Branco

Correspondências

LP

UPAV

1990

Vai de Roda

Terreiro das Bruxas

LP

UPAV

1990

Bramassaji

Dança na Arena

12”

Mundo da Canção

1990

BAN

Mundo de Aventuras

LP

EMI-VC

1990

Rui Azul

Pressões Digitais

CD

Registos Autónomos

1990

Telectu

Live At The Knitting Factory

LP

Mundo da Canção

1990

Tarantula

Kingdom of Lusitania

LP

Polygram

1990

Telectu

Digital Buíça

LP

Tragic Figures

1990

Telectu / Jean Sarbib

Encounters II / Labirinto 7.8.

LP

Mundo da Canção

1990

The Monument Project

The Monument Project

LP

Edição de Autor

1990

Trabalhadores do Comércio

Sermões a Todo o Rebanho

LP

Polydor

1991

António Pinho Vargas

Selos e Borboletas

LP

EMI

1991

Bramassaji

Um Outro Olhar

LP

Mundo da Canção

1991

Entes Queridos

Folhas Caídas

LP

MTM

1991

Pós-GNR

Mimi Tão Pequenina e Tão Suja

LP

Polygram

1991

Repórter Estrábico

Uno Dos

LP

Polygram

1991

Terra Mar

Não Me Sigas Na Calçada

LP

MTM

1991

Vítor Rua

Vidya

LP

Potlacht

1992

Cosmic City Blues

Light

LP

Bla Bla Edições

1992

Mute Life Dept.

Mute … Life Soundtrack

CD

Galeria Atlântica

1992

Repórter Estrábico

John Wayne (Remix)

12”

Polygram

1992

Vários Artistas

Distroção Caleidocópica

LP

MTM

1992

Vários Artistas

Corrosão Cerebral

CASSETE

K7 Pirata

1992

W.C. Noise

Loud & Mad

LP

MTM

1992

Zero

Mil Polaroyds

12”

Columbia

1992

Zero

Safiras

12”

Columbia

1992

Zero

Tudo ou Nada

12”

Columbia

1992

Cândido Lima

Sand Automata – Legends of Neptune – Oceans

CD

Portugalsom

1992

Telectu

Evil Metal

CD

Área Total

1992

Zero

Zero

LP

Columbia

1993

Alucina Eugénio

Mushrooms EP 93

CD

Música Alternativa

1993

Gangrena

Promo-Tape 1993

CASSETE

Edição de Autor

1993

GNR

Homem Mau

12”

EMI

1993

Sérgio Godinho

A Face Acessível

12”

EMI

1993

Sérgio Godinho

Tinta Permanente

LP

EMI

1993

Tarantula

III

CD

Numérica

1993

Três Tristes Tigres

Partes Sensíveis

CD

EMI

1994

Gangrena

Infected Ideologies

CD

MTM

1994

Pedro Abrunhosa e os Bandemónio

Não Posso +

12”

Polydor

1994

Pedro Abrunhosa e os Bandemónio

Viagens

CD

Polydor

1994

Repórter Estrábico

1 Bigo

CD

Numérica

1994

Genocide

Genocide

CD

Música Alternativa

1994

Telectu

Biombos

CD

China Records

1994

W.C. Noise

Reality Asylum

CD

MTM

1995

Alex FX

Expander

12”

Warning Inc.

1995

Blind Zero

Trigger

CD

Nortesul

1995

Bramma

Mais Perto

CD

Numérica

1995

Cosmic City Blues

Sugar Mountain

CD

Numérica

1995

D.R. Sax

Dance Rhythm & Sax

CD

BMG

1995

Mind da Gap

Mind da Gap

MCD

Norte Sul

1995

No Creative Solution

Slow Lovers in Ice Cubes

CASSETE

Edição de Autor

1995

Pedro Abrunhosa e os Bandemónio

F

CDS

Polydor

1995

Repórter Estrábico Versus Alex FX

SMLXL

12”

Warning Inc.

1995

Telectu / Louis Sclavis / Jac Berrocal

Jazz Off Multimedia

CD

Ananana

1995

Telectu / Cutler / Berrocal

Telectu / Cutler / Berrocal

CD

Fábrica de Sons

1995

Renegados de Boliqueime

Troco Deus Por Uma Cerveja !!!

CASSETE

Kontra-Diction Produ-Actions

1995

Repórter Estrábico

Disco de Prata

CD

Numérica

1995

Tarantula

Freedom’s Call

CD

Numérica

1995

Vários Artistas

Ritual Rock I

CD

Numérica

1995

Vítor Rua & Os Ressoadores

Scratch

CD

Ananana

1996

Alex FX

Drums of Kenya

12”

Warning Inc.

1996

Blind Zero

Transradio

CD/CD-ROM

Norte Sul

1996

Blind Zero & Mind da Gap

Flexogravity

CD EP

Norte Sul

1996

Clã

Luso Qualquer Coisa

CD

EMI

1996

Dealema

Expresso do Submundo

CASSETE

Edição de Autor

1996

Telectu / Berrocal

À Lagárdère

CD

Numérica

1996

Telectu

Leonardo Internet

CD

Strauss

1996

Telectu

Mimesis

CD

Strauss

1996

Três Tristes Tigres

Guia Espiritual

CD

EMI

1996

Heavenwood

Diva

CD

Massacre Records

1996

Repórter Estrábico

Single de Prata

CD EP

Numérica

1996

Vários Artistas

Música Portuguesa Séc. XX

2CD

Numérica

1996

Vítor Rua

Stress / Relax

CD

Farol Música

1997

Alex FX vs Kult of Krameria

War Crimes

12”

Warning Inc.

1997

Blind Zero

Redcoast

CD

Nortesul

1997

Clã

Kazoo

CD

EMI

1997

Mind da Gap

Sem Cerimónias

CD

Norte Sul

1997

Ornatos Violeta

Cão!

CD

Polydor

1997

Alex FX

Underdub: A Soundtrack by Alex FX

CD

Warning Inc

1997

João Lóio

Encontros

CD

Memórias

1998

Alex FX

Clever Box

12”

Warning Inc.

1998

Boiar

Boiar 113

CD

Edisco

1998

D.R. Sax

Homem Objecto

CD

BMG

1998

Ohmalone

Ao Vivo No Festival X

CDR

Edição de Autor

1998

Mr. Spock

By Request Nº 2

12”

Kami Khazz

1998

Mr. Spock

First Mission

12”

Kami Khazz

1998

Mute Life Dept.

Still

CD

Galeria Canvas & Companhia

1998

Mute Life Dept. / Flight 2000

The Sonic Abuse

12”

Kami Khazz

1998

Repórter Estrábico

Kit Máquina

CDS

Norte Sul

1998

Três Trsites Tigres

Comum

CD

EMI

1998

Zen

The Privilege Of Making The Wrong Choice

CD

Revolver Records

1998

D.R. Sax

Não É Pior

CDS

BMG

1998

Heavenwood

Swallow

CD

Massacre Records

1998

Renegados de Boliqueime

Ao Vivo No Hard Club

CDR

Alfinete Records

1998

Sequencer

Patterns

12”

Kami Khazz

1998

Zzzzzzzzzzzzzzzzzzp!

Ficta 003

CD

Ananana

1999

Dis Nasti Dog

Dis Nasti Dog

CD

Audeo

1999

Ornatos Violeta

O Monstro Precisa de Amigos

CD

Polydor

1999

Genocide

Breaking Point

CD

Plutonium Records

1999

Repórter Estrábico

Mouse Music

CD

Norte Sul

1999

Sequoia

Fruit And Songs

CD

Norte Sul

1999

Vários Artistas

Home Listening

CD

Kami Khazz

1999

Dokstranja

Realidade Paralela

CDR

Edição de Autor

1999

7AM

… À Última da Hora

CDR

Edição de Autor

2000

Alexandre Soares

Vooum

CD

Áudeo

2000

Blind Zero

One Silent Accident

CD

Norte Sul

2000

Clã

Lustro

CD

EMI

2000

Mind da Gap

A Verdade

CD

Norte Sul

2000

Stealing Orchestra

Stereogamy

CD

Norte Sul

2000

Telectu

Solos

2CD

Baucau Records

2000

Carlos Azevedo Ensemble

Lenda

CD

Culturporto

2000

DJ Cruz fader

Ressureição Vol. 1

CD

Encruzilhada Records

2000

João Lóio

Primeiro Acto

CD

Edição de Autor

2000

Zen

Hard Club, 7 de Dezembro de 1999

CD

El Tatu

2001

@C

+

CD

Variz

2001

Boiar

The Adventures of Godo n Earth

CD

Edisco

2001

Clã + Sérgio Godinho

Afinidades

CD

EMI

2001

Vários Artistas

Portuguese Electr(O)Domestic Tracks 1.0

CD

Variz

2001

António Garcez

Rio Abaixo

CD

Numérica

2001

Cândido Lima

Vozes à Luz – Aquiris – Memorabilis

CD

Numérica

2001

Fuse

Informação ao Núcleo

CD

2º Piso Produções

2001

Isabel Soveral

Heart – Inscriptions sur une peinture

CD

Capella

2001

Matozoo

Pa’tràsto play no teu Melão

CDR

Edição de Autor

2001

Speedtrack

Eu Sou Aquele

CDR

Edição de Autor

2001

Terrorismo Sónico

1º Assalto

CD

2º Piso Produções

2001

Zzzzzzzzzzzzzzzzzzp!

FB56 / Urbanlab

CD

Ananana

2002

Mind da Gap

Suspeitos do Costume

CD

Norte Sul

2002

Mr. Spock

Words and Poets

12”

Nylon Discographics

2002

Old Jerusalem & Alla Polacca

Old & Alla

CDR

Bor Land

2002

Telectu

Quartetos

3CD

Clean Feed

2002

Albrecht Loops

Coiso

CD

TNSJ

2002

Berna

Refloxologia

CD

2º Piso Produções

2002

João Lóio

Canções de amor e guerra

CD

Fortes & Rangel

2002

Tenaz

Nem Sempre Andamos Para a Frente

CD

Edição de Autor

2002

Vários Artistas

Roka Forte

CD

2º Piso Produções / Banzé

2003

@C

Hard Disk

CD

Crónica Electrónica

2003

Alla Polacca

Not The White P?

CD EP

Bor Land

2003

Alla Polacca & Stowaways

We Have Made Thousands Of People Happy

2CD

Bor Land

2003

Autodigest

A Compressed History Of Everything Ever Recorded Vol. 1

CD

Crónica Electrónica

2003

Blind Zero

A Way To Bleed Your Lover

Cd

Universal

2003

Dealema

Dealema

CD

Norte Sul

2003

Fidbek

Erro Musical

CD

Matarroa

2003

Jorge Lima Barreto

Neo Neon

CD

Plancton Music

2003

Matozoo

Funk Mataroês

CD

Matarroa

2003

Mesa

Mesa

CD

Zona Música

2003

Old Jerusalem

April

CD

Bor Land

2003

Pedro Tudela

Là Oú Je Dors

CD

Crónica Electrónica

2003

Stealing Orchestra

The Incredible Shrinking Band

CD

Zounds

2003

Ace

Intensamente

CD

Norte Sul

2003

Fat Freddy

Fanfarras de Ópio

CD

Banzé

2003

Mécanosphére

Mécanosphére

CD

Loop:Off

2003

Fuse

Sintoniza…

CD

Loop:Recordings

2003

KSXaval

Raios Te Partam

CD

Edição de Autor

2003

Vários Artistas

Matarroêses

CD

Matarroa

2003

Vítor Rua

Works I

CD

Baucau Records

2003

Vítor Rua / Daniel Kientzy

Sax Works

CD

Nova Música

2004

@C

V3

CD

Crónica Electrónica

2004

@C / Marc Behrens / Paulo Raposo

Product 04

10”

Crónica Electrónica

2004

Autodigest

A Compressed History Of Everything Ever Recorded Vol. 2

CD

Crónica Electrónica

2004

Clã

Rosa Carne

CD

EMI

2004

Dep

Esquece Tudo O Que Aprendeste

CD

Emarcy

2004

Pedro Tudela

Sobre

CD

Fundação de Serralves

2004

Pluto

Bom Dia

CD

Polydor

2004

Pplectro

Running Themes

CD

Meifumado

2004

Sloppy Joe

Flic Flac Circus

CD

Independent Records

2004

X-Wife

Feeding The Machine

LP

Norte Sul

2004

Bildmeister

Here Alona

CD EP

Bor Land

2004

Mécanosphére

Bailarina

CD

Independent Records

2004

Rui Azul

À Bolina

CD

Registos Autónomos

2004

The Zany Dislexic Band

Meifumado

CD

Meifumado

2004

U-Clic

U-Clic

CD

Edição de Autor

2004

Vários Artistas

Antologia da Música Electrónica Portuguesa

CD

Tomlab / Plancton

2004

Zen

Rules, Jewels, Fools

CD

Metro Discos

2005

@C

48

CDR

Ristretto

2005

@C

Folio, Re-Compiled Compositions 2003 & 4

CDR

Fuga Discos

2005

Ana

Bip! Um Tigre Ás

CDR

Ástato

2005

Blind Zero

Thenightbeforeandanewday

CD

Universal

2005

Dopo

Last Blues, To Be Read Someday

CD

Test Tube

2005

Mesa

Vitamina

CD

EMI

2005

Old Jerusalem

Twice The Humbling Sun

CD

Bor Land

2005

Pluto

A Vida dos Outros

CDS

Universal

2005

PZ

Anticorpos

CD

Meifumado

2005

United Scum Sounclash

United Scum Soundclash

CD

Soopa

2005

Crewcial

Ombuto

CD

Matarroa

2005

Klank Ensemble

Minorities & Oddities

CDR

Let´s Go To War

2005

OCP

Sleeping Aid

CDR

Edição de Autor

2005

Serial

Brilhantes Diamantes

CD

Norte Sul

2005

Stabs

Stabs

CDR

Let´s Go To War

2005

Vários Artistas

No Noise in Porto – Vol. 1

CD

Let´s Go To War

2005

Vários Artistas

No Noise in Porto – Vol. 2

CD

Let´s Go To War

2005

VEC

Hi! Love To Dance

CDR

Ástato

2005

Vários Artistas

Outono Records Sample 1

CD

Outono Records

2006

@C

Study

CD

Grain of Sound

2006

Acid da Semana

Acid da Semana

CDR

Marvellous Tone

2006

Alexandre Soares & Jorge Coelho

Cães Aos Círculos

7”

Bor Land

2006

Bezegol

Roots of Evil

7”

Gumalaka

2006

Calhau!

Alive At Batalha

CDR

Calhau Records

2006

Calhau!

Echo

CDR

Calhau Records

2006

D.R. Sax

10 Anos Depois

CD

Som Livre

2006

Insert Coin

Insert Coin

CD

Bor Land

2006

Lost Gorbachevs

From Neoliberalism to Totalitarian Capitalism

CDR

Let´s Go To War

2006

Osso / Branches / Sapien Sapiens

Seiva

CD

Searching Records

2006

Marçal dos Campos

Nova Emoção

CD

Ástato

2006

Mind da Gap

Edição Limitada

CD

Nortesul

2006

Most People Have Been Trained To Be Bored

Success in Cheap Prices

CDR

Bor Land / Soopa

2006

Nuno Prata

Todos os Dias Fossem Estes

CDR

Turbina

2006

Tropa Macaca + Fish & Sheep

Para o Inferno Com Eles

CDR

Lovers & Lollypops

2006

Último

EFM Makes You Cry

CD

Ástato

2006

Vários Artistas

Drop Show

CD

Ástato

2006

Expeão

Máscara

CD

Banzé

2006

Fat Freddy

Untitled

CD

Cobra Discos

2006

Mécanophére

Limb Shop

CD

Soopa

2006

Mosh

The Damage Done

CDR

Edição de Autor

2006

Mundo Segundo

Sólida Oportunidade de Mudança

CDR

Banzé

2006

OCP

A to J

CD

Edição de Autor

2006

Red Albinos

Table of Mutations and Polymorphysms

CDR

Let´s Go To War

2006

Sindicato Sonoro

Tempo de Antena

CD

Sindicato Sonoro

2006

Society Has Tape Recorders (And Also Copyrigt Laws)

Untitled

CDR

Let´s Go To War

2006

TAM

TAM

CD

Variz

2006

Vários Artistas

Kix Shake Vol. 1

CDR

Marvellous Tone

2006

X-Wife

Side Effects

CD

Norte Sul

2007

@C + Vítor Joaquim

De-Tour

CD

Feld

2007

Bezegol

Rude Bwoy Stand

CD

Matarroa

2007

Blind Zero

Time Machine (Memories Undone)

CD

Universal

2007

Calhau!

Banha Sonora

CDR

Calhau Records

2007

Calhau!

Meinsamakikosamameines

CDR

Calhau Records

2007

Calhau!

Pomes

CDR

Calhau Records

2007

Clã

Cintura

CD

EMI

2007

Dopo

Crossing Birds

CD

Foxglove

2007

O Projecto É Grave

Benjamim

CD

Banzé

2007

Dopo

For Entrance Of The Sun

CD

Lovers & Lollypops

2007

Fanfarra Recreativa Improvisada Colher de Sopa

Abraço Vivo

CDR

Soopa

2007

Mind da Gap

Matéria Prima

CDS

Norte Sul

2007

Old Jerusalem

The Temple Bell

CD

Bor Land

2007

Sektor 304

Primary Interface

CDR

Edição de Autor

2007

Tropa Macaca

Marfim

LP

Ruby Red

2007

Children For Breakfast

Untitled

CDR

Let´s Go To War

2007

Coex

Moving

CDR

Marvellous Tone

2007

Maze

Homem Em Missão

CD

Edição de Autor

2007

Motornoise

Motor noise

CD

Let´s Go To War

2007

OCD

K To T

CDR

Edição de Autor

2007

Pleghmatic Plump

Plutocrat

CDR

Let´s Go To War

2007

Tropa Macaca

Peça Má

CASSETE

Silver Ghosts

2007

U-Clic

Console Pupils

CD

Norte Sul

2007

Último

Notebook

CDR

Marvellous Tone

2007

Vários Artistas

Marvellous Tone Sampler

CD

Marvellous Tone

2008

:Papercutz

Lylac

CD

Apegenine

2008

@C

Up, Down, Charm, Strange, Top Bottom

CD

Crónica Electrónica

2008

Alla Polacca

We’re Metal And Fire in The Pliers Of Time

CD

Bor Land

2008

Dealema

V Império

CD

Banzé

2008

Foge Foge Bandido

O Amor Dá-me Tesão / Nãio Fui Eu Que Estraguei

2CD + LIVRO

Turbina

2008

Jorge Lima Barreto

Zul Zelub

CD

Clean Feed

2008

Jorge Lima Barreto / Carlos Zíngaro

Kits 2

CD

Numérica

2008

Mesa

Para Todo O Mal

CD

Sony

2008

Most People Have Been Trained To Be Bored

A Perfect Observer In Random Wounds

7”

Bor Land / Soopa

2008

Sektor 304

Transmissions

CDR

Edição de Autor

2008

Sektor 304

Transmissions

CDR

Edição de Autor

2008

Tropa Macaca

Fiteiras Suadas

LP

Qbico

2008

Marçal dos Campos

25 de Abril em Paris

CDS

Edição de Autor

2008

Social Disco Club

Clap Pat Clap Slap

12”

Mindless Boogie

2008

X-Wife

Are You Ready For Blackout?

CD

Norte Sul

2008

Álvaro Salazar

Fugit Irreparable

CD

Atelier de Composição

2008

Hot Pink Abuse

Nowadays

CD

Banzé

2008

Marçal dos Campos

Hinos Para a Europa dos 27 – 1ª Parte

CD

Edição de Autor

2008

Mundo Segundo

Mixtape Vol. 1

CD

Banzé

2008

OCP

U to Z

CDR

Edição de Autor

2008

Profan

Shamanic Invokations

CASSETE

Perpetuam

2008

Profan

Tales From The Sabbath of Equilibrium

CASSETE

Perpetuam

2008

Rudolfo

Grandes Êxitos

CDR

Rude Puke Records

2008

Rui Reininho

Companhia das Índias

CD

Sony

2008

Sparagmos

III

CDR

Enough Records

2008

Sturgen

Piranha

CD

Kvitnu

2008

Sub Verso

Dá-me um Sinal

CD

Edição de Autor

2008

Virtus

Introversos

CD EP

6º Sentido

2008

X-Wife

On The Radio

7”

Rastilho

2009

Ghuna X

Rockscape

CDR

Marvellous Tone

2009

Tropa Macaca

Sensação de Princípio

LP

Siltbreeze

2009

João Filipe

João Filipe

CDR

Edição de Autor

2009

Rui Maia

Mirror People

CD

Optimus Discos

2009

Os Tornados

Twist do Contrabando

CD

Arthouse

2009

Paco Hunter

No. 1 in Acapulco

CD

Meifumado

2009

Aquaparque

É Isso Aí

CD

Aquaboogie

2009

Rui Maia

Cantoneses Man

12”

Untracked

2009

Sektor 304

Soul Cleaning

CD

Malignant Records

2009

Social Disco Club & Rui Maia

The Way You Move

12”

Bear Funk

2009

The Bombazines

That Monkey On Your Back Is Virtually Impossible To Get Rid Of

CD

Optimus Discos

2009

André Cepeda, Rodrigo Amado, DJ Ride

River

LP

Edição de Autor

2009

Marçal dos Campos

One Man One Reason

4CDR

Edição de Autor

2009

Berna

O Quebrar do Gelo

CD

2º Piso Produções / Banzé

2009

Dopo

Blue Lands

CDR

Edição de Autor

2009

Ex+eão

Maskhara (Reconstructed Versions)

CD

Faca Monstro

2009

Activasom

À Semelhança Do Quê?

CD EP

6º Sentido

2009

Ghosts of Port Royal

Ghosts of Port Royal

CDR

Edição de Autor

2009

Marçal dos Campos

Três Anos de Pop Sintético Ultra Melódico

CD

Edição de Autor

2009

Mosh

Bastard

CD

Recital

2009

Profan

The Bestial Awakening

CD

Bubonic Doom

2009

Rudolfo

Vídeojogos São Para Falhados

CDR

Rude Puke Records

2009

Sizo

Got To Love People Who Set Themselves Up For Disaster

2CD

Edição de Autor

2009

Start!

The Kingdoms Of Elgaland-Vargaland National Anthem #6

7”

Ash International

2009

Tropa Macaca

Fazer Chuva Fazer Sol

7”

Rafflesia

2010

HHY & Macumbas

Legba

7”

Soopa

2010

@C

Music For Empty Spaces

CD

Baskaru

2010

Autodigest

A Compressed History of Every Bootleg Ever Recorded

CASSETE

Tapeworm

2010

Pedro Magina

Nazca Lines

CDR

Synth Series

2010

Mind da Gap

A Essência

CD

Norte Sul

2010

Nuno Prata

Deve Haver

CD

Arthouse

2010

Black Bombaim

Saturdays and Space Travels

LP

Lovers & Lollypops

2010

:Papercutz

Do Outro Lado do Espelho

CD

Audiobulb

2010

Branches

Alto Astral

CASSETE

Edição de Autor

2010

Ana

Estilo

CDR

Bravo

2010

Filigranas Negras

Filigrana Tripas e Sangue

2CDR

Let´s Go To War / Latrin do Chifrudo

2010

Lost Gorbachevs

Rolling Stones Live Tape

CASSETE

Murder Records

2010

Zelig

Joyce Alive!

CD

Turbina

2010

@C

0° - 100°

CD

Monochrome Vision

2010

Besta Bode

Hexacoioiexecontahexafibia

7”

Soopa

2010

Ana

Profunda Mudança

CDR

Bravo

2010

OCP

Mismatched Negativity

CDR

Amp Bit If Go Recordings

2010

Coiso!

How To Steal And Get Away With It

CDR

Edição de Autor

2010

Ghuna X

A Grande Explosão

CDR

Marvellous Tone

2010

Marçal dos Campos

Morengos

CD EP

Edição de Autor

2010

Jonathan Uliel Saldanha

The Earth As A Floating Egg

CD

Soopa

 











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