título: Escritos de Viagem
nº de páginas: 180
isbn: 978-972-8938-14-7
data: 2006
1ª Edição
Pg. 3
CARLOS MARIA TRINDADE
Ilustrações LUÍS LÁZARO
“ESCRITOS DE VIAGEM”
À volta do mundo como músico dos MADREDEUS
Pg. 6
Edição Corda Seca, Edições de Arte, SA
Autor Carlos Maria Trindade
Ilustrações Luís Lázaro
Direcção de Arte Maria João Ribeiro
Design Bloodymary Design
Produção Renata Estevez, Filipa Colaço
Revisão Noélia Patrício
Impressão Gráfica Matadouro
ISBN 978-972-8938-14-7 Depósito Legal 251875/06
© 2006 Corda Seca © 2006 Carlos Maria Trindade
Pg. 7
Eu, Carlos Maria Trindade, quero aqui agradecer a toda a “tripulação” de corajosos viajantes, presente e futura, do “submarino” MADREDEUS, à data destes escritos.
António Cunha Manager
António Pinheiro da Silva Engº de Som
Fernando Júdice Músico
Fernando Marrucho Road Manager
Francisco Ribeiro Músico
Gabriel Gomes Músico
João Escada Técnico de Palco
Jorge Barata Engº de som
José Peixoto Músico
Luís Rodrigues Assistente de Produção
Nuno Salsinha Desenho de Luzes
Pedro Aires Magalhães Músico
Pedro Leston Desenho de Luzes
Teresa Salgueiro Cantora
Tiago Castro Técnico de Palco
Eu, Luís Lázaro, dedico a minha participação neste livro ao único anjo que conheço, à minha mãe Vitória. Agradeço, pelo amor e amizade incondicional, ao meu pai, ao meu irmão João, a Diana Miyake e família e a André Carrilho.
INTRODUÇÃO
Esta colectânea de textos não pretende ser o diário de viagem de um grupo no seu sentido quotidiano e descritivo, traduz sim uma visão pessoal do mundo enquanto “nómada de luxo” (utilizamos o avião em vez do camelo), ao longo de 8 anos de deambulações que tenho feito integrado na comitiva Madredeus, de 1994 até hoje.
Fui escrevendo anotações nos suportes mais variados, no filofax, no computador pessoal, em folhas soltas, em guardanapos de restaurante. Essas notas foram escritas pelo mundo fora, em situações e locais muito diversos: em aviões e aeroportos, ao som dos anúncios dos vôos que saem pelos altifalantes, em quartos de hotel e camarins de teatro ao som dos arpejos das guitarras e dos vocalisos da Teresa, em cafés e esplanadas, em jardins e autocarros. Algumas narram factos e episódios que sempre vão acontecendo, outras referem-se a reflexões e pensamentos pessoais sobre a nossa existência e o mundo tão variado em que vivemos, outras ainda tentam descrever sonhos e interesses despertos pela intensa actividade itinerante que a nossa profissão proporciona e que só a viagem poderia fazer vir ao de cima.
De notar que não existe a preocupação de um rigor cronológico absoluto na sequência destes escritos. Por outro lado, as datas assinaladas referem-se ao dia em que o texto tomou forma no papel (ou no monitor) e não à ocasião em que os acontecimentos tiveram lugar. Por vezes coincidem, outras vezes não.
Admito que, ao longo destas erráticas impressões, exista uma incidência em determinadas culturas, como por exemplo a japonesa ou a mexicana mas isso é um reflexo genuíno da experiência do viajante: o nomadismo não evita simpatias e, por vezes, um país que se revela impenetrável transforma-se num caso de amor à segunda ou à terceira visita. Tudo depende dos nossos anfitriões, da dose de acaso que a viagem sempre proporciona e, sobretudo, da força da nossa curiosidade.
A ideia de uma compilação chegou-me, partindo do princípio que , quem como nós viaja a um ritmo alucinante, pode contribuir para alimentar uma espécie de instinto cosmopolita que a fusão de vectores multiculturais vai tornando cada vez mais necessário e evidente desenvolver na raça humana. Desde que não se perca a essência de cada uma das culturas…
CMT
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